Sinto as lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto. No meio de tantas dúvidas e problemas, eu acho que precisava ouvir que eu estava fazendo um bom trabalho.
Às vezes é bom que alguém te lembre o quanto você é importante.
- Eu estou tão confusa, pai. - Confesso, chorando como uma criança. - Parece que eu virei minha vida de ponta cabeça e não sei desvirar!
- Estar de ponta cabeça não quer dizer que esteja no lado errado. Não precisa desvirar, apenas se estabilize do outro lado.
O meu telefone começa a vibrar e mesmo estando extremamente confortável nos braços do meu pai, eu precisei olhar o visor.
Número desconhecido, mas de certa forma eu já imaginava quem era. Amanhã seria à noite de Natal, o tempo da Eliza havia se esgotado.
- É ele? - Meu pai perguntou. Afirmo com a cabeça - Vai atender?
- Eu devo?
- Você é uma mulher adulta, sabe o que faz com a vida do seu filho e a tua. Estarei com você em qualquer decisão que tomar.
- E se ele ferir o coração do Henry, papai?
- E se não? - Beijou a minha testa e se levantou, deixando eu sozinha com o celular tocando pela segunda vez.
- Alô. - Minha voz sai baixa e amedrontada. Henry me encheria de xingamentos e perguntas.
- Amélia? - Suspirou aliviado - É...Não sei por onde começar, não sei nem o que dizer. - Ouço ele fungar e sei que ele está chorando. - Eu posso? Posso conhecê-lo? Por favor.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Procura-se um pai