- Está bem, eu acho. - Arfou triste - Brigamos feio, sabe? Foi muita informação.
- Eu sei. Imagino que pra ela também tenha sido difícil.
- Hum. Talvez.
- Ela vai conhecê-lo?
- Os médicos não acharam bom ela viajar, pode acontecer algo... - Seu olhar ficou distante, e percebo que o algo significava uma coisa grave.
- Você pode levá-lo quando voltarmos. - Sugeri, tentando anima-lo.
- Nós, não é? - Arcou as sobrancelhas grossas ao me olhar.
- Nós? - Questionei confusa. Henry nunca usou nós na mesma frase quando se tratava do Pedro.
- Amélia. - Aproximou-se. Me sentei e ficamos frente a frente - Eu fui um idiota, e não quero ser de novo. Quero estar o mais perto de vocês possível. Quero te conhecer, sair com você e saber das suas histórias. Você aguentou tanta coisa, eu te admiro muito.
Fico sem palavras, os azuis me encaram. O rosto bonito do Henry merece ser emoldurado, mas de alguma forma o Marco me vem à cabeça.
O desejo infla por ele, e supera todo tipo de atração que senti pelo Henry desde ontem. Algo dentro de mim esperneia pedindo que eu me desaproxime do pai do meu filho.
- Acho que podemos nos conhecer...- Digo e ele afirma com a cabeça. - E o seu casamento?
- Ah! - Ele olha pra cima com um sorriso irônico e bonito. Volta a me olhar - Era loucura da minha mãe, uma entre tantas. A menina estava apaixonada por outro, então falei pra eles fugirem e assim eu também estaria livre. Bom, pelo que sei eles casaram na Grécia.
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