- Amiga - Gabi entra no quarto - Posso saber se você por um milagre maravilhoso trouxe aquela sua blusa maravilhosa? - Colocou as mãos na cintura preocupada. - Aquela que eu tanto amo.
- Está no guarda roupa - Aviso tranquilizando a minha amiga, ela sempre surtava com roupas. Termino de colocar a fralda no bebe enquanto Henry observa atentamente.
- Já disse que você é a minha melhor amiga? - Balançou a blusa.
- Sim, mas pode dizer novamente.
- Não abusa! - Apontou brincalhona e deu um leve tapinha na cabeça do Henry, fraco o suficiente para apenas mexer seus cabelos - Tá babando, mané?
- Cadê seu namorado Gabriela? - Ele vira os olhos, mas era tudo parte da falsa intriga dos dois.
Gabi não conseguia assumir que gostava do Henry, então sempre que podia o provocava, e ele sendo um bom mentiroso, fazia o mesmo. Porém era nítido que eles haviam se dado bem.
- Está no quarto, ainda não se acostumou com o Natal em casa. Digamos que ele gosta de natureza...
Enquanto eles embalam em uma conversa sobre o Natal passado do casal, Marco novamente me vem à cabeça e a lembrança do nosso quase beijo nessa mesma cama faz com que parte de mim chore com saudade. Sinto uma falta imensa daquele Natal e da nossa proximidade, da forma como nós nos dávamos bem.
Encaro a Gabi e seu semblante de sorridente muda. Ela recua os lábios e pelo olhar me dizia que me entendia. Henry beija o rosto do filho e não vê a nossa troca de olhares triste.
**
O pai do meu filho desce as escadas vestindo uma camisa social azul marinho e calça jeans clara, Henry exalava riqueza e charme, até seu jeito de andar demonstrava que ele foi criado em berço de ouro.
Ele beija o alto da minha cabeça e deixa com que seu perfume fixe no meu ombro. Senta ao lado do Pedrinho, que fica no nosso meio.
- Bom. - Meu pai começa - Queria agradecer por esta refeição e pela mulher incrível que é a minha esposa por nos proporcionar tudo isso. Claro, junto com as suas elfas domésticas - Aponta pra mim e para a minha amiga. - Bem-vindo à família Henry, espero que seja tão bom pra eles o quanto demonstrou ser.
- Obrigado Hugo. - Ele levanta a taça de vinho e todos fazemos o mesmo. Menos eu, levantando meu suco de uva.
A janta estava uma delícia sem sombra de dúvidas, na sobremesa o Eduardo quase comeu toda a torta, sorte que a minha mãe fez duas. Não sei como ele comia insetos com todo esse apetite.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Procura-se um pai