Pela manhã caminhei até a cozinha com os pés descalços, sentindo o geladinho do chão de mármore. No calor que fazia hoje, era exatamente o que eu precisava.
Vejo meu pai com o jornal aberto, e a xícara de café a sua frente na mesa. As fumacinhas dançavam no ar e deixava um aroma maravilhoso.
- Bom dia, princesa. - Falou quando abaixou o jornal e dobrou em duas partes. - Dormiram bem?
Lembrei-me do Marco dormindo no pequeno sofá cama do quarto, com o rosto relaxado e as costas nua sendo iluminada pelo Sol. Engoli seco com a vontade de toca-la.
- Sim, papai. - Beijei o alto da sua cabeça e ele sorriu. - O que temos para hoje?
- Claro que você sabia que sua mãe faria uma tour pela cidade, não é? - Deu uma risada gostosa.
- Sem dúvidas. - Respondi olhando pela janela acima da pia enquanto pegava um copo.
Céu azul, brisa boa e o típico maravilhoso dia de verão. Aquela cidade era o paraíso.
- Bom dia. - Escuto a voz rouca e minhas costas endurece.
A atração que eu estava sentindo por ele parecia intensificar toda vez que ele se mostrava prestativo.
Talvez eu esteja acreditando na minha própria mentira e achando que a vida pode ser um contos de fadas.
Virei com o copo na mão e o segurei firme para não derrubar. Marco está sem camisa e vestindo apenas uma calça de moletom preta.
Suas entradas são bem marcadas na ponta da calça, seu abdômen definido e o peitoral desenhado. Seu braço abaixa após coçar os cabelos negros bagunçados e me dá um sorriso preguiçoso.
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