Melhor do que poder beijar novamente o homem que tanto ama, é sentir que ele retribuía àquele gesto de mesmo modo e intensidade. Richard estava envolvido demais com aquela mulher a ponto de não conseguir rejeitá-la de perto de si, mesmo sabendo que era aquilo que devia fazer naquele momento.
Ele pensou em tudo o que poderia ter vivido com ela desde que se conheceram e lamentou por romperem as coisas de um modo tão brusco. Mesmo ficando longe de Alice, sabe que os seus sentimentos nunca mudaram e tinha certeza de que ela era a mulher de sua vida, embora não pudesse ficar com ela.
— Onde é o seu quarto? — ele questiona, pegando-a no colo.
— Durmo no mesmo quarto que a Lily — Alice responde, explicando que eles não podem ir para lá.
Mesmo com aquele empecilho, não se deixa abater, levando-a para o sofá da sala. Lentamente, Richard começa a descer a alça da blusa de Alice e, quando vê o ombro desnudo dela, deixa rastro de beijos em seu pescoço.
— Quero você, Richard — Alice diz, sussurrando em seu ouvido.
Mas o barulho da maçaneta da porta da sala se abrindo assusta os dois, que param imediatamente o que estão fazendo. Alice conserta a alça da blusa e pula para o sofá vazio, enquanto Richard tenta se recompor, ajeitando a camisa e colocando uma almofada em seu colo.
A porta se abre e dela entra George Taylor, que se surpreende quando ver Richard ali naquela sala àquele horário.
— Não sabia estar com visitas nesse horário — George diz, dirigindo a palavra à filha.
— Pai, esse é o Richard Carter, creio que vocês já tenham se falado, mas nunca se viram pessoalmente — anuncia ao pai, que olha para Richard com mais atenção dessa vez.
— Boa noite, senhor Carter — George estende a mão para saudá-lo.
— Boa noite, senhor Taylor — Richard se levanta para cumprimentar o homem, sem soltar a almofada. — É um prazer conhecê-lo pessoalmente — responde constrangido.
— Desculpa vir esse horário, querida, fiquei o dia todo fora, então vim ver se tudo estava bem — George explica, sentando-se ao lado da filha.
— Está, sim, eu estava conversando com o Richard algumas coisas referentes à Lily e a nossa mudança para os Estados Unidos — comunica.
George tira a atenção da filha e encara Richard, que está começando a ficar mais calmo.
— Fico feliz que o encontrei aqui senhor Carter, eu queria muito conversar com você pessoalmente.
— Claro, podemos falar do que o senhor quiser — Richard comenta.
— Confesso que me surpreendi quando a minha me contou que você era o pai da Lily, porque me lembro que vocês conviveram pouquíssimo tempo juntos.
— Isso é verdade senhor, mas o tempo que passamos juntos foi bem agradável para ser sincero.
— Também sei não haver mais nada entre vocês, mas espero do fundo do meu coração que convivam em harmonia, pelo bem da Lily, que não tem culpa de nada do que aconteceu.
— Não se preocupe com isso, tudo que faremos de agora em diante é pensando no bem maior da criança.

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