Quando abriu os olhos pela manhã, Richard percebeu que Madeline estava com a cabeça apoiada em seu peito. Ela dormia tranquilamente, como se estivesse em sono profundo. Enquanto a observa ali, começa a pensar nos problemas em que havia se envolvido.
Ele se sente culpado pela droga de vida em que estava metido, pois mesmo que não amasse Madeline, sentia que estava enganando-a.
Também pensou em Alice e percebeu que deveria evitar ficar a sós com ela a todo o custo, pois sabia que estava enganando-a, se deixando levar pelo desejo e não contava a sua verdadeira realidade.
Suavemente, Richard afasta Madeline e se levanta. Ele vai até o banheiro e toma um banho rápido, pois queria resolver toda aquela situação o mais rápido possível. Quando retorna ao quarto, vai até o telefone e pede que sirvam o café da manhã ali mesmo, para não correr o risco de que Madeline e Alice se esbarrem, caso Alice decida aparecer ali.
Quando termina de fazer o pedido, se aproxima da cama onde a noiva está deitada e a chama.
— Madeline, acorda, já são seis da manhã. — Lentamente, a moça vai abrindo os seus olhos, se lembrando de onde está.
— Bom dia, Richard — o cumprimenta com um largo sorriso no rosto. — É tão bom ver você pela manhã.
— Se levante logo e se arrume, após o café, irei levá-la ao aeroporto.
— Mas ainda é tão cedo — declama.
— Eu disse a você que era para ir embora assim que amanhecesse, não disse? — questiona, tentando se controlar.
— Sim, você disse, mas do jeito que está agindo, parece até que está me colocando para fora do seu quarto.
— Não estou, só tenho que sair daqui a pouco para resolver algumas coisas. Se tudo der certo, retornarei para os EUA ainda essa semana.
— Tudo bem — responde, não querendo contrariá-lo. — Madeline se levanta e vai para o banheiro.
Richard se sente aliviado por ver que ela não o contrariou. Ele se senta na cama, pega o celular e manda uma mensagem para Alice, combinando de se encontrarem no local onde tirariam as fotos do passaporte de Lily. Após isso, o café da manhã chega e os dois comem no quarto. Enquanto Richard comia, Madeline o observava minuciosamente, querendo entender o que ele estava aprontando naquele país.
— Tive um pesadelo horrível, sonhei que você me abandonou nas vésperas do nosso noivado. Fiquei tão deprimida, mas quando acordei percebi estar ao seu lado.
Aquela revelação o deixa incomodado, pois não sabe o que fazer para não magoá-la.
— Não devia ter viajado às pressas, está tão cansada que sonha essas coisas — declama.
— Não foi por isso que sonhei essas coisas e sim porque a nossa situação me preocupa.
— Não se preocupe com nada, quando retornarmos aos EUA teremos muito tempo para conversarmos.
— Você não terminará comigo, terminará? Se for fazer isso, faça de uma vez, porque já fico por aqui mesmo. Eu jamais teria coragem de voltar para casa e ser questionada por todos que duvidam até hoje do nosso relacionamento. Eu não aguentaria essa vergonha, Richard.
— Não sabia que falava tanta besteira pela manhã — diz, incomodado com aquela conversa.
— Não é besteira, é medo de que a sua indiferença seja o prelúdio de algo ruim.
— Vamos falar sobre outra coisa? — pede inquieto. — Vai ao Vaticano ainda ou mudou de ideia.
— Eu não mudei — responde. — Por mais que para você isso possa parecer uma coisa antiquada, eu levo a sério sobre a minha vontade de querer que o nosso casamento seja abençoado.
— Não acho que é antiquando, você sabe que sempre respeitei as suas escolhas — responde, deixando claro que não se incomoda com as coisas que ela acredita.
— Sei que respeita, tanto que decidiu se casar comigo, mesmo não me amando — confessa, com um sorriso sem graça. — Richard, se eu te pedir para ser sincero comigo, você seria? — Madeline deixa a comida de lado e o encara, querendo muito ser compreendida pelo noivo.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Querido CEO, seu bebê quer te conhecer!