Pela manhã, lá estava Alice se despedindo dos pais no aeroporto. Silvia e George choram com a neta no colo, sabendo que só a veriam nas férias.
— Vai ser tão ruim voltar para casa e não encontrar coisas de criança espalhada pelo chão — Silvia diz, enchendo a neta de beijos.
— Olhe pelo lado bom, poderá voltar a sua rotina normal — Alice sugere, pegando a filha no colo.
— Por favor filha, mande sempre notícias de tudo o que está acontecendo. Não deixe de nos dizer como está lidando com tudo por lá. — George diz, abraçando a filha.
— Não se preocupe, pai, eu vou ligar sempre para contar sobre todas as coisas que me acontecerem por lá até me estabilizar.
Enquanto conversam, Richard Carter se aproxima saudando a todos, ele olha para Alice, mas percebe que ela evita contato visual.
— Bom dia a todos — diz Richard. — O avião está pronto, é melhor embarcarmos.
Todos se despedem ali. Alice está carregando a filha e uma bolsa na mão. Quando nota isso, Richard se oferece para carregar a bolsa, mas Alice rejeita bruscamente.
Percebendo que ela continua chateada, resolve pegar a filha no colo, porque sabia que aquilo Alice não iria rejeitar. Ele caminha com a bebê em direção ao avião. Alice segue o caminho até um jato. Pensava que iriam voar num avião comercial, mas se surpreende ao ver que irão voar num avião particular.
Ao ver que Richard se senta na poltrona da frente com Lily, ela faz questão de se sentar na poltrona do fundo, assim evitaria qualquer tipo de conversa com ele.
Tudo que Alice queria era chegar a Nova York e conhecer o seu novo apartamento, mas sabia que teria que passar pela Califórnia e conhecer a família de Richard por livre e espontânea pressão.
Aquela ideia a deixa desconfortável, porque não sabia como a família dele iria reagir à sua presença e nem ela sabia como deveria reagir. Queria muito comentar sobre as suas dúvidas com Richard, mas não faria aquilo. Havia colocado em sua mente que só dirigia a palavra a Richard quando o necessário.
Enquanto isso, no banco da frente, Richard brinca com a filha, que sorri por ele estar passando a sua barba no pescoço dela. Lily havia se acostumado a ficar com Richard, mas só ficava à vontade quando a mãe estava por perto. Se Lily percebesse que Alice não estava em seu campo de visão, abria o bocão chorando.
Seria uma viagem um pouco longa, ainda mais para a bebê que nunca havia voado na vida, mas Richard fez questão de não desgrudar de sua pequena, por quem estava completamente apaixonado.
Para ele, Lily foi a melhor surpresa de sua vida e queria muito que ela sentisse o quanto era amada.
Alice observa a interação entre pai e filha e se alegra em ver que pelo menos uma coisa boa saiu daquela história toda. Com essa ideia, acaba pegando no sono, pois não havia dormido a noite toda, com ansiedade por conta da viagem.
Quando o avião pousa em São Francisco, Alice sente uma enorme confusão por conta do fuso horário. Um carro os esperava para levá-los a mansão Carter.
No carro, não teve como se sentar afastada de Richard, mesmo assim, continuou evitando qualquer tipo de contato e conversa.
— Reservei um hotel para você e a Lily ficarem, pois imagino que não ficarão à vontade na minha casa — ele anuncia, mas percebe que Alice o ignora. — Meus pais ficarão um pouco surpresos e devem te perguntar algumas coisas, então se sentir pressionada demais, pode me avisar que irei pedir que te levem para o hotel, tudo bem?


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Os comentários dos leitores sobre o romance: Querido CEO, seu bebê quer te conhecer!