Richard fica tão inquieto com aquela conversa que o seu humor muda rapidamente. Se não estivesse com a filha no colo, começaria a falar umas poucas e boas com Madeline.
— Eu não farei isso — diz ele, tentando manter a calma.
— Então eu não vou romper o nosso noivado — anuncia.
— Você não entende? Não há o que romper, se digo que não vou mais me casar com você, eu não me casarei. Só aceitei os seus termos por respeito as coisas que você acredita.
— Acha mesmo que pode sair assim, tão fácil? Eu não deixarei você e nem a mãe dessa criança serem felizes, se não fazer o que eu te pedi.
— Pelo amor de Deus, Madeline, você havia me prometido estarmos combinados.
— E você havia me prometido que se casaria comigo! — grita, chamando a atenção de Lily que começa a chorar assustada.
— Viu o que você fez? — adverte-a, tentando acalmar a filha.
Lily chora inconsolavelmente, o que acaba chamando a atenção de Meredite, que entra na sala onde estão conversando.
— O que houve? — Meredite pergunta, se aproximando dos três.
— Pode levar a Lily para a Alice, mãe? Preciso conversar com a Madeline.
— Tudo bem — responde, pegando a bebê e saindo dali.
Quando ficam sozinhos, Madeline olha para Richard com um olhar indecifrável.
— Você contou para a sua mãe também? — questiona.
— Não, eu não disse nada a ela.
— Tem certeza? Porque a sua mãe acaba de me ver e nem olhou para a minha cara — protesta.
— Foi o momento, Madeline, você não viu como a Lily estava?
— E isso é motivo dela não falar comigo? — grita, começando a ficar histérica.
Richard sente que a sua paciência está indo embora e sua vontade é fazer Madeline sumir da face da Terra.
— Você devia parar com essas coisas.
— Como posso parar, se você me trata como uma qualquer? Eu não gosto da ideia dessa mulher estar aqui, Richard. Você usou a desculpas de que ela ficaria aqui por conta da sua filha, mas estava aproveitando a oportunidade para ficar com ela também. Desde antes você me traiu e eu não aceitarei sair com tantas perdas assim. Faça o que eu te pedi, não aja como se fosse ruim ficar comigo, eu sei que você me deseja também, Richard!
— Vai embora! — ordena, já com grosseria, pois não suporta o que está ouvindo.
— Não, eu não vou! — protesta, batendo o pé, firme no chão.
— Faz o que estou mandando ou eu não responderei por mim — insiste.
— Por acaso pensa em me bater? — questiona, se aproximando mais dele.
— Eu não seria louco de sujar as minhas mãos por tão pouco — menciona, se afastando e saindo dali.
A forma com que Richard a rejeita a deixa mais alterada.
— Não saia desse jeito, Richard, estou falando com você — protesta, andando atrás dele. — Eu já disse o que deve fazer para que eu o deixe em paz, então cumpra o meu desejo e pare com esse orgulho.
Richard continua caminhando, enquanto escuta Madeline atrás, gritando e falando aqueles absurdos. Foi a primeira vez em sua vida que sentiu vontade de apertar um pescoço de uma mulher e, por aquele desejo estar crescendo em sua mente, é que resolve sair dali, para não fazer uma besteira que com certeza se arrependeria.
Se Madeline fosse um homem, Richard já tinha quebrado a cara dele, mas como era uma mulher, ainda tinha um pouco de respeito.
Ele caminha para o quintal da mansão na esperança de que, quando ela visse outras pessoas, conseguiria se controlar. E foi o que realmente aconteceu.
Madeline se recompõe, quando avista os sogros, a cunhada, Alice e as crianças. Embora todos tenham ouvido vozes alteradas lá dentro, não tenham conseguido discernir o que estavam conversando.

VERIFYCAPTCHA_LABEL
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Querido CEO, seu bebê quer te conhecer!