Madeline cresceu sozinha, desde pequena vivia reclusa em casa por conta de os pais serem muito conservadores. Só podia receber amigas em casa, nunca poderia ir à casa de alguma delas. Não conseguia manter as amizades por um longo período, já que todos estranhavam como os pais dela lidavam com a sua criação. Como fazer amizade com uma pessoa que não podia sair com amigos? As pessoas também pegavam muito no seu pé, como o modo como ela se vestia, sempre recatado e modesto.
Ela já havia desistido de tudo, até que conheceu Richard, num dia em que estava voltando do colégio. Ele era comunicativo e alegre, brincava com os animais e não a achava estranha na forma como se vestia, apesar de as suas roupas serem consideradas antiquadas e fora de moda.
O jeito com que ele a tratava a fez querer todos os dias retornar da escola em sua companhia.
— Por que não vai até a minha casa brincar um pouco? — Richard a convidou. — Minha casa tem um jardim enorme, talvez você se encante com ele, já que gosta de plantas.
— Não posso ir à casa de amigos, meus pais não deixam — explica.
— Então vou à sua — se autoconvida.
— Não pode ir à minha casa, meus pais não aceitariam que eu fizesse amizade com um menino.
— Vou pedir que meus pais falem com eles, assim perceberão que eu não sou um menino mal.
Aquilo a faz cair na risada, mas se sente triste, pois mesmo que Richard consiga ir até a sua casa, ele com certeza achará estranho o modo como vive.
Num dia de sábado, estava brincando no jardim de sua casa sozinha, quando Richard chegou com os seus pais e sua irmã. Richard pediu para que os seus pais o auxiliassem a se tornar amigos que pudessem conviver fora da escola. Ao contrário do que acreditou, Madeline percebeu que a sua família havia gostado da família Carter e, com isso, surgiu a amizade deles. Com o tempo, Richard teve autorização para visitar a casa de Madeline e os dois podiam brincar com a supervisão de um adulto. Algum tempo depois, Madeline começou a frequentar a casa dele e assim se tornaram melhores amigos. Richard respeitava a sua religião e nunca a questionou por ser tão recatada, ao contrário, sempre a defendia quando alguém queria zombar de seu jeito de vestir ou se comportar. Os dois cresceram e, com a ajuda de Richard, ela conseguiu cultivar amizades. O apelido “santinha” que havia ganhado na infância foi esquecido e tudo foi deixado no passado graças a Richard.
Para ela, ele sempre foi mais que um amigo, e sim um super-herói que a resgatou de um mundo solitário, lhe trazendo para o meio da sociedade. E esse foi o seu erro. Por superestimá-lo demais, começou a criar sentimentos por ele, que ao longo do tempo foi percebendo que não seria correspondida. Entretanto, só por tê-lo por perto já se contentava. Mesmo não se tornando a sua namorada, sabia que havia se tornado a sua melhor amiga e isso era o suficiente. Bem, até o dia em que soube que Richard havia prometido ao pai que, se não arrumasse uma pessoa até os trinta anos, se casaria com ela. Aquilo a fez criar tantas expectativas, que todos os dias ficava mais de uma hora ajoelhada na cama, fazendo preces para que Richard não conhecesse ninguém.
Mas ele conheceu alguém e então Madeline percebeu que o perderia para sempre se não fizesse nada. Depois de uma tentativa falha, não podia deixar que ele saísse feliz de tudo aquilo, sendo que o seu coração estava despedaçado.
[…]
Madeline apenas deixava que Adrian possuísse o seu corpo, não pensando em mais nada a não ser arrumar um jeito de manchar toda a boa reputação que Richard obtinha.
— Madeline, eu sempre sonhei com isso — Adrian sussurra em seu ouvido, enquanto se prepara para penetrá-la.
Ela fecha os olhos e tenta se esquecer da dor que está sentindo. Não era aquilo que planejava para a sua primeira vez, mas agradeceu ao menos por ser com uma pessoa que ela conhecia.
Adrian era de boa aparência e bem dedicado ao trabalho. Ela já havia notado que ele sempre a olhava de um modo diferente, porém não de um modo pervertido, mas sim de modo romântico. Madeline sabia que Adrian tinha sentimentos por ela e por isso o escolheu. Mesmo que não o amasse, sabia que estava se entregando para uma pessoa que ao menos tinha sentimentos.
Após a dor passar, começa a se sentir confortável e de repente o seu corpo começa a relaxar, sentindo sensações estranhas que nunca sentiu na vida.


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Os comentários dos leitores sobre o romance: Querido CEO, seu bebê quer te conhecer!