Alice se levanta rapidamente de sua mesa, pegando sua bolsa com pressa.
— Cole, preciso sair agora. Algo urgente aconteceu — avisa enquanto sai da sala, sem esperar resposta.
Ela caminha apressada em direção ao elevador, pega o celular e liga para o marido. Richard atende no primeiro toque.
— Sentiu minha falta e decidiu me procurar? — Richard brinca, com a voz suave.
— Amor, aconteceu algo terrível — diz Alice, com a voz trêmula e prestes a chorar.
— O que houve? — ele pergunta, já se levantando de sua cadeira e pegando o paletó.
— Meu pai foi gravemente ferido e está no hospital — responde ela, com a voz vacilante. — Pode conseguir um voo para mim agora mesmo? Vou passar em casa apenas para arrumar algumas coisas minhas e da Lily — revela, enquanto aperta freneticamente o botão do elevador, que parece demorar uma eternidade para fechar.
— Vou providenciar o avião agora mesmo. Espere-me no estacionamento, eu te levo para casa — declara Richard, com determinação.
Alice encerra a ligação, sentindo as mãos trêmulas.
— Meu Deus, por favor, proteja meu pai — murmura, enquanto caminha em direção ao carro do marido. Minutos depois, Richard aparece, abraçando-a e tentando acalmá-la. Eles chegam ao apartamento e encontram as malas já prontas, graças à eficiência de Vivian e Arminda, que atenderam ao pedido de Alice por mensagem.
Com Lily nos braços, os três embarcam para a Inglaterra. Durante o voo, Alice não consegue pensar em outra coisa além do que pode estar acontecendo com seu pai.
Eles chegam à Inglaterra de madrugada. Alice deixa que Richard leve Lily para o apartamento de seus pais, por possuir uma chave extra, mesmo não estando morando lá, e segue direto para o hospital, onde Silvia está acompanhando George. Ao chegar, pede informações sobre seu pai e descobre que ele está passando por uma cirurgia para remover uma bala alojada no peito. Ela encontra a mãe, e as duas se abraçam fortemente.
— Mãe, vim assim que me ligou. Como está o papai? — pergunta, chorando.
— Ele continua na cirurgia, Alice. Estou com tanto medo de perder seu pai — diz Silvia, visivelmente abalada. — Ele é meu companheiro há mais de vinte e cinco anos, não posso perdê-lo, especialmente agora que você se casou e se mudou para outro país.
— Mãe, tenha fé. Papai ficará bem. Sei que os médicos estão fazendo o melhor, e acredito que Deus está ao nosso lado — diz Alice, tentando confortá-la.
— Deus te ouça, minha filha, Deus te ouça — Silvia responde, chorando nos braços da filha.
— Como isso aconteceu, mãe?
— Ele estava entrando no carro quando um motociclista passou e atirou nele. Não conseguiram pegar o atirador. Parecia que ele sabia exatamente o horário em que seu pai saía do trabalho e onde ele estacionava.
— E as câmeras? Alguma coisa deve ter sido gravada.
— A polícia está buscando gravações, mas agora só consigo pensar no seu pai.
— Você tem razão, mas precisamos encontrar esse louco que tentou tirar a vida do papai — declara Alice, determinada.
As duas ficam em pé em frente à sala de cirurgia, aguardando notícias. Pouco depois, o médico sai da sala de cirurgia e se aproxima delas, com uma expressão séria, mas tranquilizadora.

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