Enquanto está deitada no sofá da casa da mãe, Alice desperta com uma dor aguda no canto da barriga. Incomodada, ela se levanta, mas logo sente um líquido escorrendo pela perna. Silvia, que está na cozinha preparando um lanche para a neta, ouve o grito da filha e corre para ver o que aconteceu.
— O que houve, filha? — pergunta, alarmada.
— Minha bolsa rompeu — revela Alice, olhando para o líquido espalhado pelo chão.
— Calma, eu vou acordar seu pai — declara Silvia, indo rapidamente em direção ao quarto onde George está descansando.
Tentando manter a serenidade, Alice pega seu celular na bolsa e liga para Richard, que atende o telefone quase instantaneamente.
— Amor, acho que os bebês estão vindo — diz Alice, cuja voz trêmula mistura emoção e ansiedade.
Sem precisar de mais explicações, ela sabe que Richard chegará em instantes.
George e Silvia retornam à sala, encontrando Alice com uma expressão de preocupação.
— Calma, filha, nós vamos te levar ao hospital — comenta George, tentando tranquilizá-la.
— Não precisa, pai, vou esperar pelo Richard. Ele já está a caminho — responde Alice, tentando manter a calma.
— Mas…
— Deixe-a, George — Silvia o interrompe. — Ela quer que o marido esteja ao lado dela durante todo o processo desta vez — comenta, antes de pedir ao marido que cuide da neta. — Vamos para o banho, querida — Silvia sugere, apoiando-se no braço da filha e a conduzindo até o banheiro.
— Mamãe, pode ir até meu apartamento buscar minhas coisas? A Arminda sabe onde elas estão — solicita Alice, enquanto tira a roupa molhada.
— Claro, vou agora mesmo. Espere aqui — responde Silvia, antes de sair rapidamente do apartamento em direção ao apartamento da filha.
Quando retorna ao apartamento, ela encontra Richard, visivelmente nervoso.
— Onde está minha esposa? Como ela está? — pergunta Richard, com voz carregada de preocupação.
— Ela está no banho, não se preocupe — responde Silvia, entrando no elevador com ele.
— No banho? Sozinha? E se os meninos nascerem agora?
— Tenha paciência, querido. Estamos na realidade, e as coisas não acontecem como nos filmes, onde as mulheres sentem dor e logo dão à luz — explica Silvia, com a voz calma, ciente de que é a primeira vez que o genro passa por essa experiência.
— Como posso ficar calmo? Sinta como meu coração está disparado — Richard diz, pegando a mão da sogra e colocando-a sobre seu peito, para que ela sinta as batidas aceleradas.
— Vai dar tudo certo, não se preocupe — tranquiliza Silvia.
Quando chegam ao apartamento, Silvia coloca as bolsas no sofá e leva a roupa para a filha, que espera no banheiro. Richard a acompanha e, ao ver Alice, se surpreende com a calma da esposa.
— Como está se sentindo? — pergunta, ajudando-a a vestir a roupa.
— Estou bem. Acho que as primeiras contrações estão começando — responde Alice, com um sorriso contido.
— Vou avisar à equipe médica que estamos a caminho. Precisa de mais alguma coisa? — pergunta, com ternura, acariciando o rosto da esposa.

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