Nunca uma noite foi tão longa quanto aquela, pois Richard não conseguiu pregar os olhos um minuto sequer, por pensar na presença de Alice ali. Por mais que quisesse tirá-la de sua mente, seu corpo o fazia lembrar de cada detalhe como se aquela fosse a primeira vez que haviam feito aquilo.
Como estava começando a ficar agitado, levantou-se da cama e resolveu tomar um banho gelado, na intenção de tentar tirar um pouco daquela tensão. Ele a queria novamente, mais e mais, entretanto, sabia que não seria possível. Após terminar o banho, pediu que trouxessem o seu café no quarto. Ele esperaria a resposta de Alice até as dez. Por mais que não quisesse, estava tenso com aquilo. Queria muito que ela aceitasse, pois assim não precisariam brigar pela guarda de Lily.
Richard sentou-se na cama e resolveu ligar o celular, sabia que receberia uma enxurrada de mensagens de Madeline, não só pedindo desculpas por toda a situação que causou na última noite que se viram, mas também por querer saber o motivo dele não aparecer para se despedir dela.
Enquanto deixava o celular atualizar as mensagens, ele olha para o relógio e vê que já são nove da manhã. Faltava apenas uma hora para que Alice lhe desse uma resposta. O fato de pensar que ela apareceria ali em seu quarto pessoalmente lhe causou expectativas. Mesmo que a sua consciência dissesse para tirar todas aquelas coisas da cabeça, seu subconsciente o dizia para aproveitar o tempo que podia ter com ela ali, já que quando retornasse para os Estados Unidos as coisas seriam bem diferentes entre os dois.
Não havia se passado nem cinco minutos que o celular estava ligado, quando ele vê o nome de Madeline na tela, o ligando. Mesmo que não quisesse ouvir a voz dela, sabia que não poderia ignorá-la para sempre.
— Alô — Richard atende o celular.
— Richard, bom dia, como você está? — Ela pergunta com voz suave, demonstrando estar bem tranquila, embora não estivesse.
— Estou bem mais calmo — responde.
— Que bom, me senti muito culpada por tudo o que aconteceu e nem queria mais viajar, só para não ficar brigada com você.
— Ficar também não mudaria muita coisa, não acha? — replica, fazendo com que ela percebesse que fazer drama não mudaria nada.
— Eu sei, mesmo assim, confesso que esperei a sua presença no aeroporto ontem pela manhã, mas você não apareceu.
— Tive outros compromissos — responde.
— A sua mãe me disse que você saiu naquela mesma noite às pressas, aconteceu alguma coisa na empresa?
— Não, não aconteceu nada — revela. — Precisei resolver assuntos pessoais.
— O que aconteceu?
— Não quero falar sobre isso ainda — confessa, se sentindo um pouco impaciente, por ver que já estava dando nove e meia e Alice ainda não o havia contatado.
— Tudo bem. — diz. — Cheguei à Itália ontem à tarde e daqui a pouco farei compras com a mamãe.
— Que bom para vocês — diz, demonstrando não estar nem um pouco interessado no que ela iria fazer.
— Quer que eu te compre alguma coisa? — pergunta, tentando manter um clima amistoso naquela chamada.
— Não, não quero nada — Richard nega, com voz inquieta.
— O tom da sua voz está tão estranho, por acaso estou te atrapalhando em alguma coisa?
— Não, estou deitado e não tenho nada para fazer até às dez horas.

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