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Rejeitada: A Luna do Alfa supremo romance Capítulo 199

Alguns dias depois

O clima tinha mudado completamente.

O peso do luto ainda existia, era impossível não existir, mas agora conviviam com ele alegria, alívio e esperança. O que foi destruído havia sido reconstruído e desde a manhã os aliados que ajudaram na guerra e seus familiares e amigos próximos estavam chegando para a comemoração.

A alcateia estava enfeitada com lanternas de vidro, laços brancos e pequenas tochas que iluminavam o pátio inteiro. Alimentos de todos os tipos estavam dispostos em mesas longas. Raposas e lobos comiam lado a lado, bruxas dançavam entre eles com vestidos fluidos.

Era uma festa, finalmente uma festa sem medo. Desde o aniversário de Lua aquela era a primeira, e era irônico que as coisas começassem e terminassem com uma comemoração.

Lua e Caleb estavam próximos à fogueira principal. Ele girava ela pelos braços, e Lua ria como não ria desde a adolescência. Os olhos roxos brilhavam com amor enquanto Caleb, completamente apaixonado, olhava para ela como se a noite inteira existisse apenas para vê-la feliz.

— Você dança bem — Lua disse, provocando.

— Eu faço tudo bem — Caleb respondeu, puxando-a pela cintura e roubando-lhe um beijo cheio de carinho e fome reprimida.

Mais adiante, Tailon e Amber estavam lado a lado, rindo como duas crianças que sobreviveram ao fim do mundo. Tailon abraçava Amber pela cintura, e ela apoiava a cabeça no ombro dele.

— Finalmente acabou — ele murmurou.

Amber sorriu, os olhos âmbar brilhando.

— Finalmente.

Ele se inclinou para beijá-la e ela correspondeu sem hesitar, um beijo quente, doce, apaixonado. Tailon era tudo o que ela tinha pedido à deusa um dia, luz, conforto, segurança.

Mas o destino raramente era tão simples.

Do outro lado da festa, Lyra olhou discretamente para River.

Ele estava cansado, tão cansado, mas ali, olhando para ela… parecia o mesmo homem que um dia a chamou de Luna pela primeira vez ao lado de um lago escondido.

Ela tocou a mão dele.

— Vem comigo.

Ele arqueou uma sobrancelha, um sorriso lento surgindo.

— Para onde?

— Para casa — ela respondeu, puxando-o pela mão.

Os dois saíram devagar, sem que a maioria percebesse, atravessando o bosque iluminado por lanternas, até o mesmo lago onde tudo começou. A pequena queda d’água brilhava com o reflexo da lua.

River parou atrás dela, envolvendo sua cintura com os braços.

— Aqui… — ele murmurou — foi onde eu percebi que minha vida inteira faria sentido se você estivesse nela.

Lyra sorriu, lágrimas silenciosas escorrendo.

— E você ainda me deve uma declaração bonita. — Ela provocou, rindo baixinho.

River virou-a de frente para ele.

— Então deixa eu pagar essa dívida agora — sussurrou, segurando o rosto da sua companheira nas mãos. — Eu atravessei infernos achando que nunca mais veria você. Achei que nunca mais ouviria sua voz, nunca mais sentiria sua marca queimando junto da minha. Achei… — a voz falhou, por um segundo — …achei que você morreria pelas minhas mãos. E mesmo assim, você me chamou de volta, me trouxe de volta, sempre foi você. Sempre.

Os olhos prateados dela se encheram de lágrimas, mas River continuou, encostando o polegar na bochecha dela.

— Eu lutei contra tudo… até contra mim mesmo… porque a única coisa que eu me recusei a perder foi você. Você é o começo e o fim de todas as minhas guerras. Meu lar. Minha paz. Meu mundo inteiro. E se a deusa tivesse me deixado escolher, desde o primeiro dia, eu teria escolhido você. Sempre você.

Lyra soluçou, apertando os dedos na camisa dele.

— River…

Ele sorriu de um jeito suave, quase vulnerável, e então ele a beijou.

Foi um beijo que tinha tudo: a dor que sobreviveram, os anos que resistiram, a saudade acumulada, a promessa do que viria. Um beijo de reencontro, de renascimento, de pertencimento absoluto. O beijo de duas almas que se escolheram antes mesmo de nascerem.

Quando se afastaram apenas o suficiente para respirar, Lyra sussurrou contra os lábios dele:

— Nosso futuro… é nosso. Ninguém vai tirar isso da gente.

River encostou a testa na dela, os olhos vermelhos brilhando suaves, finalmente em paz.

— Nem a deusa ousaria.

Capítulo 199: Um final... Ou não? 1

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