Resumo de Capítulo 20 – Capítulo essencial de Sal, Pimenta e Amor(Completo) por Diana
O capítulo Capítulo 20 é um dos momentos mais intensos da obra Sal, Pimenta e Amor(Completo), escrita por Diana. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
– Sara, onde está minha bolsa? – Perguntou vovó raivosa enquanto andava de um lado para o outro na minha pequena sala. Suspirei. Já não bastava a noite mal dormida, no colchão duro, ainda havia vovó tentando me tirar do sério.
– Eu não sei vó! Onde você pôs da última vez? Na sala não está! Eu arrumei ontem a sala assim que cheguei. – Disse e vovó decidiu ir então para o quarto procurar. Suspirei.
Vovó, embora muito querida, não sabia onde devia colocar as coisas na minha casa. Em parte, meu toque tinha culpa nesse sentido. Assim, quando cheguei em casa, percebi uma sala mal organizada, com almofadas nos lugares errados, controles no lugar errado, e copos, que deveriam ter sido lavados, na mesinha de centro da sala. E, então, como eu ainda estava muito acordada, acordada até demais, eu decidi que faria essas coisas enquanto isso.
O que tinha acontecido entre mim e Alexander não aconteceria novamente. Era um trato e ele era um cafajeste, como Mara já tinha deixado bem claro. Eu tinha pensado, em algum momento, em quão tolas eram as meninas que tinham deixado ser levadas pelo libertino, mas, pensando bem agora, eu talvez fosse uma idiota também. Eu tinha me deixado levar pelo momento, pelo cafajeste idiota. O que dizer das outras então? Não, o problema era Alexander. A forma como ele enxergava as mulheres. E não. Eu não deixaria que ele viesse a me enxergar da mesma forma. Não mesmo. Se dependesse de mim, isso mudaria. Afinal, Alexander não mais tocaria um dedo em mim.
Alexander ainda fez o favor de me mandar uma mensagem, perguntando se eu não queria almoçar com ele. Descaradamente! Respirei fundo e disse que não, mas ele continuou mandando mensagem e me convenceu de que, já que não poderia me levar, que ele iria ao menos nos buscar e almoçar conosco, para fazer as aparências. Eu já estava odiando toda essa ideia de aparências e ainda estava com medo de encarar Ale depois de tudo o que tinha acontecido. Ainda assim, acabei sendo uma idiota e concordando.
– Vovó, o uber já está nos esperando, vovó! – E eu não tiraria Dobby com uma vovó histérica que odiava meu carro. Já bastava a viagem que iria fazer com o Dobby até nossa cidade. Não bastaria mais outra por aqui.
– Achei. – Disse vovó vindo ao meu encontro. Finalmente, então, pudemos descer. A cirurgia da vovó seria ali pela parte da manhã.
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– Por que você não me atende, Sara? – Perguntou Alexander depois da décima quinta vez que ele tinha me ligado. Revirei os olhos. Ainda que não estivesse a fim de falar com ele, sabia que precisava. Mas Alexander continua: – Ainda estamos no trato, não é mesmo? – Ele pergunta e eu só consigo revirar os olhos. Minha vontade era de dizer não, também, mas acabo decidindo parar um pouco com a birra que estava fazendo.
– Continuamos. E não atendo palermas, sabe? – Digo fazendo Alexander rir do outro lado, achando graça do que eu dizia.
– Ah, que ultraje! Vovó sabe como você trata seus namorados, chuchu? – Ele pergunta risonho, o que me faz tirar a cara de rabugenta que eu estava, enquanto sorria também e o respondia:
– Vovó está numa cirurgia. Ela entenderia que você merece um pouco de aperto. – E então ouço Alexander rir do outro lado, enquanto, mais uma vez, ele retoma as brincadeiras que são de praxe ele fazer:
– Hum, aperto, é? "To" afim de comprar umas amarras, o que você acha Sarinha? – Ele pergunta e eu só consigo corar do outro lado da ligação, agradecendo a Deus por ele não poder ver a forma como eu estou.
– Ale, seu idiota! – Digo e então reviro os olhos. – Quando vovó estiver apta a sair, eu te aviso. Até mais, Ale! – Digo e não dou a oportunidade de ele responder, desligando. Só Alexander para me fazer rir mesmo estando braba com ele.
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– Próxima parada, comer! – Disse Alexander enquanto passa o braço da minha avó pelo braço dele ajudando-a a seguir até o carro dele. Só consigo observar ao mesmo tempo que fico a tentar entender.
Por que Ale é assim? Por que ele é tão gentil com as pessoas? Seria apenas uma representação? Mas se ele é tão gentil assim pelo simples fato de ser, por que ele não se arruma de verdade com alguém? Quer dizer, porque ele não procura um relacionamento sério? Por que tantas? Não se sentiria vazio dessa forma?
Sentamos e Alexander fez os pedidos enquanto vovó reclamava sobre o quanto não estava enxergando direito. Alexander se fez de bom moço e começou a falar de coisas casuais. Rapidamente, o nosso almoço chegou e pudemos comer e eu agradeci por todos estarem com comida na boca ao ponto de não poderem ficar me deixando ainda mais vermelha do que fico quando estou com vergonha.
– Estive pensando em uma coisa, Alexander. – Diz minha vó enquanto estamos comendo. Não consigo deixar de revirar os olhos, pois sei que quando vovó pensa, ela sempre tem alguma coisa para dizer.
– O que pensas, vovó? – Pergunta Alexander e minha vó coloca mais uma garfada na boca, aumentando o tempo de angustia e dramaticidade antes de ela falar o que pensava.
Coloco uma colher de garfo na boca olhando de Alexander para vovó. Vai saber o que vovó vai falar. Alexander parece alheio a essa minha preocupação, esperando calmamente o que vovó tem a falar.
– Vocês vão noivar, não é mesmo? Então por que você ainda não deu um anel de noivado para a minha neta, se vocês, afinal, vão se casar? Está querendo fugir do compromisso, menino? – Pergunta minha vó séria, o que era engraçado, já que ela estava falando seriamente. Ela não estava falando só por brincar.
Quase engasgo com minha comida, corando violentamente diante de tal comentário! Minha vó não sabe ser discreta, não sabe que na cidade grande as coisas não funcionam tanto como é na cidade dela, tampouco o quanto não há necessidade dessas coisas...
– A senhora tem razão, vovó. – Alexander faz questão de concordar, para meu total desespero. Não consigo acreditar que ele está dizendo uma coisa dessas e acabo ficando boquiaberta enquanto o olho. Como sempre, Alexander sempre sabe o que falar e como falar. Ele pisca e fica a olhar fixamente para mim enquanto responde:
– Eu estou esperando o momento perfeito para dar o anel para a Sara. – E vovó balança a cabeça concordando. Ale ainda vira a cabeça na direção de vovó, continuando: – Eu não quero fugir de compromisso algum que envolva a Sara, vovó. Ela é perfeita. – E vovó abre um sorriso de orelha a orelha enquanto eu reviro os olhos. Ale é tão teatral as vezes que eu sinto medo de outrora acreditar em alguma coisa que seja que ele fale.
– Espero mesmo que seja uma ocasião perfeita, menino Ale. A Aninha, prima da Sara, está namorando um médico que comprou um anel lindo para ela! Você tinha que ver, Ale. – Diz vovó e a única vontade que eu tenho, enquanto mexo com o garfo na minha comida, é de ver a possibilidade de enfiar o meu rosto no prato e ver se é possível eu morrer engasgada de vez. Por que vovó me faz passar por cada situação...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sal, Pimenta e Amor(Completo)
Esse livro é certamente o melhor que eu ja li aqui no site,pelo titulo achei que ia ser picante mais fiquei feliz ao perceber que não teve sexo no contexto....