Resumo do capítulo Capítulo 23 do livro Sal, Pimenta e Amor(Completo) de Diana
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 23, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Sal, Pimenta e Amor(Completo). Com a escrita envolvente de Diana, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
– Como estou Mara? – Pergunto a Mara por vídeo. Ela está tentando me ajudar a parecer menos estranha e a saber me vestir razoavelmente bem para esse jantar que haverá na casa de Alexander. Estou insegura e não sei exatamente se estou parecendo adequada para isso. Ainda bem que Mara atendeu a ligação por vídeo. Assim ela pode me ajudar com essa tarefa ardilosa.
– Humm... Experimenta o vestido vermelho. – Diz Mara me fazendo revirar os olhos.
– Não quero ficar parecendo uma qualquer. – Faço Mara dessa vez revirar os olhos achando graça do que digo enquanto ela responde:
– Você é linda, Sara. Mas tudo bem. Vamos lá. Experimenta o vestido verde água. – E eu acabo suspirando enquanto concordo com Mara e faço o que ela pede. Coloco rapidamente o vestido, e volto para a câmera mostrando então para Mara que começa a dar pulinhos e bater palmas de felicidade.
– Você está linda, Sara. Linda! Magnífica! – E ela sorria enquanto me elogiava, o que me fez sorrir também, feliz pelo elogio.
– Obrigada, Mara. – Disse timidamente o que fez Mara continuar:
– Agora uma maquiagem perfeita e está ótimo! Com cabelo solto assim mesmo, Sara. – E eu concordei com Mara.
– Vou fazer a maquiagem e já vou então. Obrigada, Mara! – E Mara me mandou então um monte de beijos desligando por fim.
Alexander não poderia me buscar, pois estava tendo que ser obrigado a receber as pessoas junto da família. Não me importei em ir dirigindo o meu adorável Dobby. Eu não tinha nenhum problema com isso. Os outros que se encanassem. Ao menos eu tinha o meu próprio carro, que eu havia comprado com o meu próprio dinheiro, de forma que eu tinha algo para dirigir. E, mesmo Dobby me colocando em algumas encrencas, ali estava ele.
– Sara, não é mesmo? – Perguntou o porteiro. Aparentemente, agora ele já sabia quem eu era. Ele deu um sorriso de canto de lábios quando assenti. – Entre, seja bem vinda. – E ele pareceu dizer isso com muito escárnio, o que só me fez alargar o sorriso e respondê-lo:
– Muito obrigada, senhor Por-tei-ro. – Respondi. Não acho que ninguém deva se sentir melhor do que o outro por conta do que faz. Mas aquele porteiro já tinha mostrado não ser com a minha cara e isso me enfezava e muito.
Tive que estacionar longe da casa, pois havia muitos carros e carros chiques próximos da mansão dos pais de Alexander. A festa estava acontecendo ali: Uma casa que dizer que era gigante era pouco. Me fazia lembrar da casa da fazenda da vovó, mas a casa da vovó era no meio do mato e não num monte de conjuntos habitacionais chiques.
Desliguei o Dobby e sai do carro. Não estava me sentindo cem por cento bem com aquele vestido, mas eu confiava no gosto de Mara então estava ótimo. Dei de ombros seguindo em direção a mansão. A única coisa que queria era encontrar Alexander logo.
– Sara, querida, você veio! – Ouvi uma voz anasalada dizer e então percebi que era a mãe de Alexander que estava vindo ao meu encontro. Se eu não me engano o nome dela era Matilde, mas eu não tinha certeza.
– Pois é. – Disse de forma acanhada, pois não esperava tanto efusão vindo dela.
– Venha, venha, eu preciso te apresentar a uma pessoa. – E dito isso, Matilde sorriu e esperou que eu me aproximasse dela antes de retomar uma caminhada até a pessoa que ela queria que eu conhecesse.
Matilde estava usando o que parecia um terninho branco muito delicado e joias douradas. O cabelo estava preso num coque majestoso e ela andava como uma lady pelo quintal da sua casa. Percebi que aquilo sequer podia ser chamado de quintal.
Era um espaço que estava cheio de pessoas conversando e garçons servindo champanhe e outras coisas mais entre as pessoas. Havia uma piscina gigantesca, mas ninguém dentro dela. Havia também muitos casais e indivíduos majestosos, graciosos e lindos, todos finos, conversando baixo. Uma música de fundo – que eu jurava que era clássica – tocava como pano de fundo e a única coisa que se passava na minha cabeça era que eu precisava sair dali correndo, porque, certamente, ali não era o meu lugar.
Matilde me guiou em direção a uma dupla que estava ali. Era um homem e uma mulher. Observei eles de longe tentando perceber os traços deles. A mulher era loira e os cabelos escorridos eram tão lindos que davam até nervoso. Era também visivelmente siliconada, com seios gigantes quase a sair do vestido vermelho. O pior é que ela sabia que era bonita, e se aproveitava da magreza dela para usar vestidos colados e saltos gigantes. Ainda que eu diria que ela estava muito carregada na maquiagem, com quase cem quilos de maquiagem trancados no rosto.
O homem era normal. Tinha os cabelos loiros também, ainda que um loiro escuro, e os olhos azuis. Usava um terno e era até que alto, se comparado ao meu tamanho minúsculo. Sorria e, ao fazer, apareciam-lhe covinhas.
– Ellen, essa é a Sara. Que eu queria te apresentar, lembra? – Matilde soltou uma risadinha ácida. – Ela acha que você vai tomar o lugar dela de verdadeira noiva do Alexander. Bobinha. Você namorou com ele por três anos e ela, que está alguns dias, acha que consegue? – Disse Matilde como se eu não estivesse ali presente! Como se eu não existisse! A minha boca se escancarou ao perceber tamanha falta de educação. Era só o que faltava! Ser tratada assim! Mas não mesmo!
– Com licença, Senhora Matilde. Eu acho que em nenhum momento Alexander disse que você poderia decidir por ele. – Disse, o que fez Matilde voltar a atenção para mim, como se não tivesse percebido a minha presença até então. Aquilo era um desaforo sem igual. Ela tinha sorte que eu não me estressava com muita rapidez. Do contrário, eu já estaria dizendo umas poucas e boas para ela.
– É um prazer conhecê-la, Srta. Sara. Vai me desculpar, mas eu vou indo. Preciso procurar Alexander. Matilde, você pode vir comigo? – Matilde que estava ali concordou balançando a cabeça e começou a andar na frente de Ellen que ainda ficou ali a me olhar.
– Se você achar o Ale, diga que já cheguei, queridinha. Tenho certeza que ele gostaria de saber. – Digo fazendo Ellen dar um pequeno sorriso de canto de lábios com aquela boca extremamente vermelha. Ela me olhava de cima a baixo, como se estivesse avaliando a minha roupa. O que me dava mais do que raiva, me fazia odiar todo aquele mundo de riquinhos no qual Ale estava inserido.
Não sabia dizer se de fato era uma sala, já que parecia que quase todos os móveis tinham sumido para dar espaço para as pessoas caminharem, dançarem, fazerem o que quiserem. Havia um sofá branco, vazio, num canto da sala, e a luz estava desligada, com apenas um faixo de luz que parecia ser de alguma lâmpada de canto iluminando tudo, ou melhor, todos os que tinham se disposto a dançar.
Nos sentamos. Estava ainda a procurar Alexander, ainda que ouvir o que Murilo tinha dito só tivesse diminuído a minha vontade de procurá-lo. Na verdade, eu nem sabia muito bem como o encarar depois de ontem. A gente parecia estar melhor, não tão brigados, mas eu ainda tinha a sensação de que havia alguma coisa. Só não sabia dizer o que era.
– Alexander é um idiota. – Ouvi Murilo dizer e então voltei minha atenção a ele tentando compreender o que ele queria dizer com isso. Ele continuou:
– Como deixar uma mulher sozinha como você por aqui?
– Eu sei. Estou a estragar a festa. – Disse me levantando do sofá. Não precisava que mais ninguém me dissesse isso. Na verdade, estava apenas esperando a brecha. Esperando que alguém dissesse que era melhor eu ir embora.
– Não. – Disse Murilo e percebi depois de alguns segundos de debilidade mental, que ele havia pego a minha mão e estava a segurando. Voltei meu olhar para a minha mão, tentando compreender o que a mão dele estava fazendo ali. Ele continuou: – Digo, uma mulher tão bonita como você, Sara. – Concluiu Murilo corando levemente.
Não pude deixar de corar também com o elogio. Não costumava receber elogios a minha pessoa. Normalmente, já era difícil receber aos meus pratos. Fiquei um tempo parada ainda absorvendo tudo o que ele tinha dito, mas ele continuou:
– Cuidado Sara, Alexander é uma pessoa que faz de tudo para alcançar os seus objetivos. Só digo isso para você se blindar. Ele não mede esforços se for para alcançar o que quer. Acredito que ele consegue até mesmo fingir amor. – Abri a boca. Não estava acreditando no que Murilo estava me falando.
– Por que está me dizendo uma coisa dessas? – Perguntei ainda assustada. Não era normal alguém mal te conhecer e começar a falar mal da pessoa que teoricamente você conhece melhor. Além disso, o olhar de Murilo parecia carregado de algum negativismo, alguma coisa oculta e muito ruim, que eu não sabia identificar melhor.
– Por que acho que você tem que saber. Antes de escolher ficar com um homem desses pela vida toda. Tome cuidado, Sara. E espero que, no seu caso, Alexander não esteja agindo exatamente assim. Fazendo de tudo para conseguir o que quer. – Concluiu Murilo me fazendo arregalar os olhos enquanto pensava nisso. Engoli em seco.
Ele estava só me alertando, não é mesmo? Não é como se ele soubesse que eu realmente estou fazendo o que Alexander pediu. Afinal, pensando melhor agora, não sei ao certo porque Alexander me pediu uma coisa dessas. Eu simplesmente aceitei pelo que eu queria. Seria algo mais profundo do que mostrar uma coisa dessas para o pai?
– Falando no diabo... – Comenta Murilo no exato momento que viro o meu rosto encontrando Alexander passando pelas pessoas que estão dançando e vindo na minha direção. O seu olhar é implacável e ele parece um pouco... furioso?
– O que você está fazendo aqui com a minha noiva, seu jornalista patife? – Rosnou Alexander.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sal, Pimenta e Amor(Completo)
Esse livro é certamente o melhor que eu ja li aqui no site,pelo titulo achei que ia ser picante mais fiquei feliz ao perceber que não teve sexo no contexto....