Sal, Pimenta e Amor(Completo) romance Capítulo 25

Resumo de Capítulo 25: Sal, Pimenta e Amor(Completo)

Resumo de Capítulo 25 – Capítulo essencial de Sal, Pimenta e Amor(Completo) por Diana

O capítulo Capítulo 25 é um dos momentos mais intensos da obra Sal, Pimenta e Amor(Completo), escrita por Diana. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Agora eu já me sentia uma idiota pelo que eu tinha feito no outro dia, mas, de alguma forma, me sentia mais aliviada, pois tinha dito o que realmente achava para Alexander, de forma a fazê-lo perceber como ele vinha tratando as mulheres e o que ele poderia pensar em fazer para melhorar.

Vovó ainda reclamava que iríamos chegar tarde e ela realmente não queria chegar tarde. Também dizia que ainda havia algumas manchas vermelhas por conta da cirurgia no olho, mas que já estava melhor do que antes.

Alexander deixou o carro dele estacionado na minha vaga de garagem e então pegou as chaves do meu carro ainda bufando porque seria obrigado a dirigir ele. Colocamos as malas no carro e ele só faltava suspirar de tédio.

Quando ele ligou o carro pude ver o transtorno e a raiva dele por estar sendo obrigado a dirigir o Dobby. Quer dizer, eu não teria problema nenhum em ir dirigindo até lá, mas ele tinha insistido tanto que eu só aproveitei para ver como ele se sairia nessa.

– Céus, Sara! O que você tem? Braços de ferro? Como você consegue manobrar esse queixo duro? – Exasperou Alexander enquanto tentava contornar e virar para sair da garagem. Ri, pois só conseguia me divertir com o esforço que ele estava fazendo ali.

A Viagem seguiu tranquila. Em algum momento acabei dormindo e despertei apenas quando Alexander passou por um quebra-molas, o que representava que a gente estava passando por dentro de uma cidade. Antes de chegar onde minha família morava havia essa cidade, que precisávamos cortar por dentro, de modo que isso representava que já estávamos muito próximos.

– Dorminhoca, hein? – Brincou Alexander e me olhou de soslaio apenas para piscar. Vovó, por sua vez, aproveitou para resmungar lá atrás.

– É por isso que Sara não é dona de casa, menino. Não conseguiria nunca acordar cedo, aprontar as crianças, servir o seu café, arrumar as coisa antes de pegá no trampo de lavar a derradeira dos tantões de roupa. – E só ouvir minha vó falar dessas coisas a minha dor de cabeça parecia querer reviver, pois eu sabia que assim que chegasse na fazenda, não seria só vovó a falar uma coisa dessas. Não mesmo. Haveria todo um bando de tias e primas.

– Com todo respeito, vovó, a única coisa que me importa é se ela é capaz de me fazer feliz. – Disse Alexander e, pela primeira vez, pude agradecer a ele por salvar o meu barco. Sorri. Vovó, no entanto, tal como Alexander, sempre tinha também uma resposta na ponta da língua. Aquilo era briga de cachorro grande. E logo eu vi isso.

– Você diz ser boa de cama, ou te dar filhos, Alexander? – Perguntou vovó e a única coisa que consegui fazer foi soltar o ar com toda força que eu podia, com os olhos arregalados, enquanto Alexander parecia levar tudo numa boa, rindo e respondendo vovó.

– É bom ter filho, vovó, mas ser boa de cama... – E dito isso Alexander voltou o olhar para mim, me deixando encabulada e vermelha ao piscar. Dessa vez, não consegui deixar de corar e abaixar o rosto, sentindo que aquele era o momento que eu poderia virar um avestruz.

– Mas então alguma coisa a Sara puxou de mim. – Disse vovó rindo.

– Vovó! – Exclamei ainda sem acreditar que ela estava dizendo uma coisa dessas. Mas vovó parecia ter acordado como Alexander hoje, pois ela continuou:

– Então vocês dormem juntos já? – Perguntou. Eu não conseguia acreditar que Alexander tinha deixado a entender uma coisa dessas! Onde ele estava com a cabeça? Se nem nos beijar direito a gente vinha fazendo... Uma coisa dessas!

O pior que se tratando de morar junto, casar, ter relações, minha família conseguia ser bem liberal nesse ponto. E a dor de cabeça já estava voltando com tudo, pois Alexander estava conseguindo me fazer me meter numa encrenca gigante. Eu só conseguia pensar em como era melhor que ele não estivesse ali.

– Nã... – Comecei, mas Alexander me interrompeu, obviamente.

– Mas é claro vovó! – Fuzilei Alexander com o olhar. Ele estava, de propósito, olhando fixamente para a rua, pois sabia que se me olhasse receberia o meu olhar mortal. Só podia ser de propósito.

– Eu sabia. – Vovó riu. – Para conseguir marido rico, com essas ideias tontas de independência, só assim mesmo. – Concluiu vovó e a coisa que eu mais queria nesse momento era pular do Dobby.

Vovó era uma pessoa muito boa, de coração grande, mas se tratando do que ela acreditava, ela era péssima. Julgava facilmente qualquer mulher que não passasse pela condição de dona de casa, pela qual ela passou. E isso me entristecia muito. Pois vovó nunca me enxergaria como alguém valente, alguém que está conseguindo o que quer pelos seus próprios esforços, no entanto, pelo que pode dar a um homem.

A fachada é em branco e há grandes janelas, principalmente na frente, mas na parte de trás também. Alexander desligou então o carro e respiramos. O ar puro da fazenda era, de fato, incomparável. Na cidade, o cheiro era diferente. Ali, o mato, a natureza. Tudo parecia harmonioso. Alexander pareceu ler meus pensamentos quando disse:

– Tem um cheiro tão bom e puro aqui. – E eu concordei com ele balançando a cabeça.

Rapidamente saímos do carro e seguimos em direção a casa. Vovó passou a mostrar a casa para nós e logo o tio e o vô chegaram, cumprimentando Alexander que estendeu a mão para eles. Sorriram, se cumprimentaram e vovó disse que iria preparar alguma coisa rápida na cozinha. O tio então falou:

– Sua mãe "tava" ai agorinha pouco, Sarr. Ela disse que "vortar" mais tarde, "ca di" que tinha que "aguar" as plantas lá da casa dela. – Disse o tio e eu concordei balançando a cabeça.

– Vamos nos ajeitando aí então. Mamãe também vai ficar por aqui? – Perguntei e o tio negou com a cabeça.

– "Arguns" dos seus primo vão ter que ficar na casa da sua mãe, daí ela disse que era para você ficar na casa da vó, que lá é mar simples e o "cumpadi" aqui precisa do bom e do "mió". – Disse o tio e eu olhei Alexander, encontrando ele um pouco boquiaberto e reflexivo. No que ele estaria pensando enquanto encarava o meu tio?

– Tudo bem. – Respondi. – Vovó, qual quarto? – Perguntei e só ouvi vovó gritar:

– Pega o que tá do lado de lá, com vista para o rio, que desse lado, amanhã vai fazer muito barulho, pode acordar o Alexander com o pessoal chegando de carro. – Concordei enquanto me virava para Alexander. Sorri quando ele começou a sussurrar:

– Mas estou me sentindo completamente fora do ninho. – E eu balancei a cabeça, achando graça do que ele tinha dito enquanto começava a guia-lo por entre as escadas até onde teoricamente eu seria obrigada a dividir o quarto com Alexander. Ah, mas haveria divisão. Com certeza haveria sim. Eu faria a faixa de gaza com cobertas ou eu não me chamava Sara.

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