Sal, Pimenta e Amor(Completo) romance Capítulo 26

Resumo de Capítulo 26: Sal, Pimenta e Amor(Completo)

Resumo do capítulo Capítulo 26 de Sal, Pimenta e Amor(Completo)

Neste capítulo de destaque do romance Romance Sal, Pimenta e Amor(Completo), Diana apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

– Eu prefiro o lado esquerdo. E precisamos fazer uma faixa. Nada de encostar em mim, ouviu Alexander? – Perguntei enquanto colocava minha mala no canto do quarto. Alexander não me respondeu. Voltei então meu olhar em sua direção e logo descobri porquê. Ele estava olhando pela janela para o campo da fazenda.

Me aproximei dele lentamente, observando como a luz do sol adentrava a janela e batia sob os cabelos de Alexander dando um ar dourado aos mesmos. O nariz afilado parecia um ponto de escalada naquele brilho dourado e os olhos dele, esverdeados, pareciam duas bilhas cristalinas a receber a luz do sol convidativa. Era uma imagem e tanto de se olhar.

Voltei então minha atenção para o que Alexander via logo mais a frente. Também era uma imagem agradável e calma, como toda a fazenda. Dali de longe era apenas um pequeno rastro do rio que era observado. A outra parte adentrava a parte da floresta preservada, perdendo-se na beleza da mesma.

Havia algumas vacas, depois do rio, pastando calmamente e, lá ao longe, era possível observar uma casa no meio do nada, que eu sabia que servia para as galinhas quando dava a hora de dormir. Era um ambiente gigante e tranquilo. Eu sabia, também, que a leste havia outra casinha mais distante e algumas outras criações. Uma hortinha também se fazia abaixo da janela de onde víamos tudo isso e os olhos de Alexander logo brilharam ao perceber isso.

– Vocês tem uma horta. – Ele murmurou.

– Sim. Vovó cuida com muito empenho. – Disse, o que fez Alexander voltar sua atenção para mim, sorrindo.

– Isso é fantástico! Amanhã quero conhecer tudo isso! – Ele disse e eu sorri.

– Vai ter que acordar cedo. Está disposto a isso, Ale? – E os olhos brilhantes de Alexander, que olhavam todo o ambiente anterior, voltaram-se para mim.

– Mas é claro! Eu acordo cedo todos os dias, se você não sabe, Sara. – Balancei a cabeça negando.

– Não consigo acreditar nisso. – E era verdade. O senhor riquinho Alexander acordando cedo? Não podia ser verdade.

– Veremos então. – Disse Alexander e eu concordei. Esperaria para ver isso.

**

Dividir uma cama com Alexander até que não foi muito problema. Num primeiro momento fiquei assustada, pensando que ele poderia ultrapassar a faixa de gaza de cobertas que eu tinha feito, mas não foi o caso. Ele dormiu rapidamente e eu logo fiz o mesmo, dormindo na calmaria daquela noite.

Eu realmente não levava fé que Alexander iria acordar cedo, o que me fez resmungar quando senti alguém empurrando o meu ombro com força para ver se eu acordaria.

– Me deixa dormir. – Disse entre resmungos, o que fez Alexander rir e dizer:

– Vamos, eu quero explorar a fazenda, Sara! – E eu neguei virando-me na outra direção. Não fazia ideia de que horas eram, mas eu queria dormir. Isso era fato.

– Eu quero dormir. – Resmunguei novamente, mas Alexander continuava empurrando-me a fim de que eu acordasse. Abri os olhos levemente transtornada, encontrando os olhos de Alexander fixados em mim, esperando que eu me levantasse.

Com muito custo acabei me levantando e me tranquei na suíte do quarto. Alexander já estava pronto ao que parecia, mas nem o olhei direito para saber o que ele estava vestindo. Coloquei uma calça caqui e uma blusa xadrez com azul. Coloquei tênis, pois sabia que andar no mato sempre me fazia ter mosquitos a quererem o meu sangue. Prendi o cabelo num rabo de cavalo e então sai do banheiro a fim de então sair andando pela fazenda.

Olhei então para Alexander. Ele estava vestindo uma calça larguinha daquelas que usavam para fazer ginastica, preta. Também estava com uma blusa azul marinho larguinha de meia manga e tênis. Estava muito bonito por sinal, o que me fazia pensar quando Alexander não pareceria bonito.

– Vamos? – Perguntou um Alexander animado sorrindo bastante. Ele realmente parecia a fim de conhecer aquele mundo novo no qual estávamos.

– Vamos. – Respondi.

Tomamos um café reforçado, embora rápido, e seguimos então pela exploração daquilo tudo, desconhecido para Alexander. Ele parecia uma criança de sete anos, extremamente animada com tudo o que via. Vimos a horta e Alexander pegou uns ramos de cebolinha, sentindo o cheiro agradável da planta. Depois, foi mexer com a terra, visto que vovó estava plantando uns pés de alface. Ele acompanhou ela na tarefa metendo a mão na terra, ainda que uma cara diferente.

– A terra tem um aspecto tão úmido. Tão diferente. – Disse Alexander e vovó riu.

– O menino urbano não sabe nem como é a terra que se planta direito, acha? – Vovó gargalhou. – Você tem muito o que aprender aqui ainda, Alexander. – E ele concordou.

Ajudei Alexander a colocar o pé de alface sob a terra e ele sorriu para mim. Então, ainda falando sobre a horta, ele murmurou:

– É tudo orgânico, tão simples, mas tão cheiroso, Sara. Que sorte que sua família tem de ter ingredientes tão preciosos assim! – Disse Alexander e eu só consegui corar diante desse tipo de fala dele. Vovó concordou.

– Tudo que é plantado por nós mesmos, tem mais amor, menino. – E Alexander nada falou depois disso.

– Com certeza. E está uma delícia! – Ele murmurou entre garfadas. Sorri.

Eu podia ser um pouco deslocada da família, as pessoas normalmente nem se importavam se eu estava ou não gostando do que comia, realmente, uma esquecida se tratando da família toda, mas eu não me importava. Alexander estava se saindo muito bem ali. Melhor do que eu tinha me saído no meio daquele luxo todo e era bonito de ver o quão bem ele vinha se entrosando com a minha família e com a vida pacata. Aparentemente, Alexander nunca tinha experimentado isso de fato.

Depois de um café após o almoço, eu e Alexander seguimos para o sofá da sala para descansar um pouco da comida agradável. Alexander sentou no canto do sofá e achei graça quando ele esticou o pé até colocar na mesinha de centro. Depois disso ele pôs uma almofada no colo e bateu ali como a me chamar para deitar. Neguei com a cabeça, mas Alexander me puxou pelo braço até que eu deitasse a cabeça ali. Ri e acabei deitando. O que havia de mal em deitar a cabeça no meu suposto namorado de mentira? Dei de ombros enquanto deitava ali e ouvia Alexander respirando fundo enquanto falava:

– É tão agradável aqui, Sara. Me deu vontade até de ter uma casa no campo. – Disse e eu ri achando graça do que Alexander dizia.

– Passar umas férias de fato é agradável, Ale. Mas você veria facilmente que viver no campo não é a mesma coisa que viver no meio urbano. Alguns dias aqui não é viver para sempre. E eu posso dizer que é enfadonho viver para sempre. – Disse, o que fez Alexander suspirar diante das minhas palavras de profunda tristeza.

– Não sei, Sara. Há tanta coisa para se fazer num lugar desses… – Ele começou.

– Como também há num restaurante. – Completei, o que fez Alexander concordar meneando a cabeça.

O silêncio se instaurou durante alguns segundos. O único som era do relógio de cuco que vovó tinha no canto da parede da sala, fazendo o seu barulho sonoro de tac enquanto a nossa respiração também se fazia presente.

– Você não gosta daqui, Sara? – Ele perguntou depois de um tempo assim. Suspirei. Alexander me fazia uma pergunta um tanto pessoal, mas não achei ruim responde-lo:

– Eu gosto, Ale. Só não para viver, entende? Eu gosto da agitação da cidade. E gosto da calmaria do campo. Mas gosto ainda mais de ser independente, e esse lugar não me lembra tanto essa liberdade que gosto de ter. – Disse. Alexander concordou balançando a cabeça e mais nada disse.

Ficamos em silêncio novamente. O barulho do relógio parece ser sonoro como um calmante e eu sinto os meus olhos pesarem depois de uma refeição deliciosa e agora uma digestão completa. Não quero dormir, mas meus olhos estão muito pesados. Brigo contra o sono querendo ficar acordada, mas só consigo enxergar a vontade incessante de continuar dormindo e de embarcar no mundo idílico dos sonhos. É o que sinto vontade de fazer.

Alexander, para piorar meu estado de puro sono, toca na minha cabeça, mexendo no meu cabelo lentamente. Isso parece acentuar o meu sono que já não é pouco. O relógio continua sua tarefa calmante, os passarinhos cantam lá fora, num ritmo calmo e tranquilo. Não há barulhos. A julgar, todos devem estar também tirando sua sesta.

Meus olhos já estão fechados, agora luto para manter o mínimo de consciência possível. Não parece ser possível. Quero continuar acordada, mas não há possibilidade. Acabo perdendo a linha de pensamento e de raciocínio e, quando dou por mim, já estou caindo no adorável mundo do sono, de onde pretendo demorar a sair.

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