Sal, Pimenta e Amor(Completo) romance Capítulo 27

Quando acordo, ainda estou no sofá e Alexander está com a cabeça encostada no encosto do sofá, também dormindo. Não faço muito ideia de que horas são, mas o sol não parece mais forte como estava anteriormente. Olho para o relógio de cuco, encontrando como hora: 15: 37. Aparentemente, dormimos um pouco até demais.

Levanto minha cabeça do colo de Alexander, ainda meio zonza, acordando. Assustado, Alexander levanta a cabeça, parecendo ainda meio tonto e lesado, acordado subitamente do mundo dos sonhos. Aparenta ainda estar se localizando onde está e é até engraçado de ver quando ele consegue lembrar onde está.

– Precisamos ver algumas coisas mais, não? – Ele pergunta se espreguiçando. Concordo e me levanto. Alexander o faz logo em seguida.

– Sim. – Ele responde. – Vamos lá! – E eu concordo seguindo atrás de um Alexander animado novamente.

Seguimos então pelo mato. Ele observou a floresta preservada e perguntou se podíamos pescar no outro dia, o que acabei assentindo concordando.

Depois, seguimos até as galinhas, e Alexander ainda pegou um pintinho. Antes que eu pudesse dizer para ele tomar cuidado, a mãe do pintinho percebeu a astúcia de Alexander e veio fervorosa atrás dele, querendo o picar. Comecei a rir vendo que a galinha perseguia Alexander, quando a galinha me viu também e julgou que eu fosse cúmplice do que Alexander fazia, correndo e entrevoando atrás de mim. Dei um gritinho e sai correndo também enquanto falava:

– Solta esse pintinho Ale! Aaaa! Eu não quero ser bicada! Me espera! – E sai correndo de Alexander que parecia alheio ao fato de que ainda estava com o pintinho na mão e que era por isso que a galinha corria atrás dele.

Faltava alguns poucos metros para que eu alcançasse o idiota do Alexander e eu continuei me esgoelando para ver se ele compreendia que a culpa continuava sendo dele de haver uma galinha assassina atrás de nós!

– Larga o pintinho Ale! Largaaaa! – E ele continuava segurando o pintinho e correndo. Mas o que havia acontecido, Deus? Ele estava tão alarmado assim que nem mais ouvir ele estava?

Alcancei Alexander enquanto tirava o pintinho da mão dele. Infelizmente, o pintinho caiu desleixadamente no chão, mas a galinha parou de correr atrás de nós só para ver como seu filhote estava. Ainda assim, Alexander continuava correndo! E meu Deus, esse homem nem parecia sedentário como eu, correndo de um lado para o outro loucamente!

Aumentei o passo sentindo todas as células do meu corpo reclamarem e consegui alcançar Alexander. Sem pensar muito, puxei o braço de Alexander enquanto continuava a falar:

– Para Ale! – Mas ele se desvencilhou do meu braço e continuou correndo loucamente pelo campo aberto. Respirei fundo e voltei à minha terrível corrida, sentindo todo o oxigênio sumir do meu corpo. Ou Alexander nunca tinha visto uma galinha maluca correr atrás dele e estava em choque correndo agora, ou ele simplesmente tinha dado uma de louco e estava correndo apenas por correr mesmo. Eu preferia acreditar na primeira opção.

Com o pouco de energia que ainda me restava, alcancei ele novamente. No entanto, dessa vez, sem pensar duas vezes, pulei com tudo em cima dele, fazendo nós dois rolar pelo campo aberto com isso. Estava momentaneamente com falta de ar enquanto me embolava no mato com Alexander.

Acabamos os dois lado a lado no mato, respirando forçadamente. Dessa vez, Alexander tinha parado e, como eu, apenas respirava profundamente, tentando recuperar um pouco do ar que havia perdido com a corrida.

– Por que... – Respirei. – Tudo. – Respirei fundo novamente. – Isso? – Perguntei para Alexander que também respirava profundamente.

– Não sei... – Ele respondeu e eu olhei de soslaio o seu peito inflando e desinflando numa respiração que muito mexia comigo, afinal. Tentei não olhar para ele de maneira tão displicente jogada na grama e tentei me concentrar na minha própria respiração.

– Acho que só queria sentir isso. – Disse Alexander depois de um tempo. Ele virou-se de lado, olhando na minha direção. Arqueei a sobrancelha confusa, pois não entendia direito o que Alexander estava falando. Fiz o mesmo que ele me virando na direção dele. Ele ainda estava reflexivo e parte do corpo dele, abaixo do abdômen ainda estava iluminada pelo sol que já se punha.

– O que? – Perguntei ainda distraída com a imagem do deus na minha frente. Alexander deu de ombros.

– Sentir até o momento que me faltasse ar para respirar pelo simples fato de correr. Não é assim que dizem que as pessoas que amam ficam? Com palpitações, falta de ar, essas coisas? – Ele perguntou e eu só conseguir franzir o cenho refletindo sobre o que ele falava.

– Não faço ideia, Ale. – Disse sinceramente. – Mas porque você decidiu uma coisa dessas só agora? Enlouqueceu? – Brinquei tocando minha mão na testa de Alexander. Rapidamente o tirei. Não que ele estivesse quente, mas ele estava suando e o toque da minha pele com a dele só fez a minha mente relembrar toda a cena que eu já tinha tido com Ale.

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