Resumo de Capítulo 35 – Sal, Pimenta e Amor(Completo) por Diana
Em Capítulo 35, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Sal, Pimenta e Amor(Completo), escrito por Diana, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Sal, Pimenta e Amor(Completo).
O outro dia foi mais tranquilo. Consegui uma carona com Jorge, o noivo de Aninha e a própria Aninha. Só precisei aguentar algumas horas de tortura ouvindo ela falar somente dela enquanto Jorge continuava quieto, como se fosse mudo. Inclusive, fiquei até a pensar se ele não era surdo e mudo, pois ele realmente não disse um pio a viagem toda e Aninha continuou a disparar sua metralhadora a viagem inteira.
Queria estar em outro universo a ter que ouvir Aninha, mas era a minha carona para São Paulo e o que ajudei com o combustível nem se compararia ao preço que eu pagaria se tivesse pego um ônibus.
Fora esse problema, a viagem seguiu tranquilamente. Já tinha mandado umas três mensagens para Alexander, pedindo para ele me deixar informada, mas até o momento ele sequer havia visto a mensagem. Eu estava começando a ficar preocupada, sem notícias, mas concentrei tudo isso dentro de mim e fiquei a esperar. Uma hora Alexander lembraria de mim e me falaria algo, não é mesmo?
Cheguei em casa e a encontrei vazia, o que, de certo modo, era o que eu deveria esperar. Claro que ela ficava muito diferente sem mamãe e vovó ali, mas tudo bem. Eu me acostumava fácil a solidão. Desfiz minha mala e sentei na minha cama, ainda ruminando tudo o que tinha acontecido até então.
Fiquei a pensar. O silencio do meu apartamento favorecia que eu pudesse fazer isso. Já era hora do almoço, mas eu não sentia fome alguma. Eu só conseguia pensar em como deveria estar o Senhor Frederico e como Alexander deveria estar. Estava já ficando ansiosa por notícias. Peguei o meu celular e cliquei em Alexander novamente.
Para minha surpresa ele tinha observado a mensagem, mas não tinha dito nada. Aquilo se acendeu como um ponto de luz em mim e eu só consegui clicar para fazer uma ligação e deixar chamando esperando que Alexander me atendesse.
Mas como eu deveria imaginar, nada. Ele não atendia o telefone.
Suspirei e deitei na minha cama jogando o celular para o canto. O que diabos poderia estar acontecendo para ele não me atender? Será que era algo sério? A verdade é que eu odiava ficar no escuro e era exatamente essa sensação que eu tinha agora: De que eu estava no escuro. Respirei fundo e tentei pensar em outra coisa. Sem sucesso.
Peguei o celular novamente e me sentei na cama esperando que assim viesse uma luz divina que pudesse me dar outra ideia genial. E se eu ligasse para a Mara? Será que ela conseguiria ter alguma informação para me dar? Não custava tentar, pensei por fim.
O telefone dela, diferente do Ale, não precisou chamar muito e ela logo atendeu. Esbocei um sorriso tímido enquanto falava:
– Oi Mara, aqui é a Sara. – Disse.
– Eu sei que é você, docinho. – Disse Mara rindo. – Já está gravado no meu celular. – E eu fiquei pensando no quão patético deve ter sido tudo o que eu falei.
– É... Você sabe do Ale? Ele precisou sair rápido em virtude daquele problema que ele disse para eu não comentar, entende? Você está sabendo de alguma coisa? – Perguntei esperançosa de que Mara tivesse entendido o meu recado. Mara suspirou do outro lado da linha antes de falar:
– Sim, Sara. Eu sei do problema. Mas eu não sei muito do Ale. Depois que ele foi resolvê-lo, não tive muito contato com ele. Mas eu vou tentar ligá-lo e dizer que você precisa falar com ele, se eu conseguir falar com ele. Provavelmente ele está resolvendo algo sério, mas quando ele puder, ele deve ligar para você. – Respondeu Mara como se soubesse de alguma coisa. Pensar nisso só me fez ficar meio alarmada.
– Ele está resolvendo alguma coisa? – Perguntei e Mara bufou.
– Eu não sei, docinho. Só sei que o Senhor Frederico parece melhor, ainda que em observação. E eu não deveria estar falando uma coisa dessas por ligação. Olha, Sara. Eu vou ter que desligar, de verdade, mas faz o seguinte, espera, que assim que puder, Ale vai te falar algo. – Disse Mara meio seca e eu concordei, ainda que ela não pudesse ver, balançando a cabeça afirmativamente.
– Beleza. Vou ficar no aguardo então. – E então Mara desligou me deixando sozinha com os meus próprios medos.
Felizmente, como ela tinha dito, o Senhor Frederico parecia melhor, mas era a única notícia que eu tinha. E, de alguma forma, Mara deixou a entender que Ale está vivo e acredito que meu querido Dobby também esteja, o que é muito bom. Mas é só isso. Não tenho sequer mais nenhuma informação.
Volto minha atenção para o apartamento. O meu toque já está se acentuando, pensando em poeira, e eu decido que para afugentar toda a gama de pensamentos que me percorria, eu iria arrumar o meu apartamento. Assim, quem sabe, mergulhada na limpeza, eu pudesse esquecer um pouco de Ale, do restaurante e de tudo que envolvia esse homem cada vez mais misterioso.
– Vai sim. Antes do almoço ele vai vir pegar algumas papeladas. Pode vir. – Ela murmura e eu concordo. Não sei muito o que dizer então acabo me despedindo dela.
– Beleza então. Eu vou me ajeitar aqui. Tchau.
– Tchau, Sara. – Diz Mara.
Fico então a me olhar no espelho a procura de uma roupa decente. Quero ver Ale antes do almoço para que assim ele possa me contar melhor sobre o seu pai sem que muitas pessoas estejam ouvindo. Eu sei que a tendência dele é fazer como Mara e falar em códigos e eu odeio interpretar códigos.
Assim, eu já realizarei dois desejos meus: Conhecer o escritório onde Ale trabalha e entender melhor o que aconteceu com o pai dele.
Volto, então, minha atenção para aquele anel. É tão delicado e lindo que não consigo tirar do dedo. Ao mesmo tempo, só me faz, ao encará-lo, pensar no que seria verdadeiro da nossa relação. Não sei se tenho capacidade de já confrontar Ale com essas dúvidas. Não sei se deixo rolar por mais tempo.
Mas estou tão esperançosa de que seja verdade...
Vovó disse coisas que eu nunca pensei que Ale diria. E fico a pensar que talvez vovó esteja certa. Eu e Ale estamos nos amando, ainda que não saibamos direito que tudo isso significa amor. Ainda assim, eu estaria disposta a tentar isso. E Ale, depois de toda a surpresa que ele me fez, com Dobby, com o anel, com tudo mais, eu só consigo pensar que ele também, ele também parece disposto a tentar tudo isso. Ele não faria essas coisas por desperdício de energia.
E com esse pensamento ruminando em mente decido que vou deixar rolar. Se o momento surgir, eu vou contar a verdade dos meus sentimentos para Ale. Mesmo que isso me faça sair machucada, eu não vou deixar que tudo isso morra. Eu vou até o fim.
E com esse pensamento em mente pego um uber em direção ao escritório de Ale.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sal, Pimenta e Amor(Completo)
Esse livro é certamente o melhor que eu ja li aqui no site,pelo titulo achei que ia ser picante mais fiquei feliz ao perceber que não teve sexo no contexto....