Sal, Pimenta e Amor(Completo) romance Capítulo 41

Resumo de Capítulo 41: Sal, Pimenta e Amor(Completo)

Resumo do capítulo Capítulo 41 de Sal, Pimenta e Amor(Completo)

Neste capítulo de destaque do romance Romance Sal, Pimenta e Amor(Completo), Diana apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

– Um sanduíche saudável vegetariano de grão de bico, Sara! – Gritou Aninha e eu concordei enquanto colocava a “carne” para fritar e começava a montar o pedido. Estava muito atarefada, cheia de pedidos, mas isso era algo bom, ao menos para mim.

Representava que a inauguração de Dobby, o restaurante de eu e Aninha, em homenagem ao sacrifício de Dobby, tinha e estava dando super certo! Estávamos cheios e isso era algo maravilhoso!

De certa forma também era bom para mim, já que eu conseguia assim não ficar pensando em besteiras. Já fazia uma semana que eu tinha encontrado com Ale, mas toda a cena parecia ainda viva na minha memória, o olhar frio de Alexander tomando a minha mente de uma maneira que nunca imaginei igual. De qualquer forma, eu só conseguia pensar que precisava parar de pensar nele, do contrário, não conseguiria dar atenção ao trabalho.

Em pensar que eu nunca me imaginei trabalhando com Aninha. Como o mundo dá voltas! E como ele te faz entender que muita das vezes a gente julga uma pessoa sem dar uma chance verdadeira para ela se mostrar. Aninha poderia ser meio chatinha, mas ela estava se mostrando uma ótima companhia. E mesmo para mim, que achava que ela era fútil, poderia perceber que, na verdade, ela era muito corajosa. Ali estava ela, encarando com a cara e a coragem o desafio de ficar no caixa do nosso pequeno fast food saudável.

Mas ela era organizada e parecia se dar bem quando se tratava de dinheiro. Sabia calcular com facilidade o troco e era gentil com os clientes, provavelmente algo que adquiriu durante a carreira de modelo. Ademais, estava arrumada, o que era o contrário do que eu estava, e isso chamava a atenção de alguns caras que compravam a comida só para dizer alguma gracinha para ela, que ela aceitava com seu jeito inocente, com sorrisos e obrigada’s, enquanto já emendava um pedido ao outro para mim. Ela realmente tinha tato para lidar com o público. Eu estava assustada com a forma como era natural para ela.

Quando o fluxo pareceu ficar um pouco mais tranquilo, consegui ter tempo para elogiá-la. Afinal, Aninha merecia.

– Nossa, você se dá muito bem com o público e com o dinheiro, hein, prima? – Disse e ela sorriu para mim balançando os cabelos loiros.

– Você acha? – E eu balancei a cabeça concordando.

– Mas é claro! – Aninha deu uma risadinha.

– O dinheiro sempre foi fácil. Sou ótima para calcular um desconto, uma promoção, ou quanto tenho que pagar por alguma coisa! Anos disso me fizeram ser boa nesses cálculos. – Concluiu Aninha com um sorriso de orelha a orelha. Continuou: – Ah, e com o público.... Não sei.... Acho que ainda sou um pouco tímida. – Ela disse enrolando o dedo no cabelo, como se estivesse encabulada com o meu elogio. Ri, porque de tímida eu não achava nada de Aninha, mas eu entendi o que ela quis dizer. Muitas modelos eram muito atiradas e ela não. Ela era mais recatada, na medida do possível, claro. Ri.

– Bom, esse mexer aí com dinheiro te fez bem, hein? – E nós duas rimos, porque no fundo a gente estava se dando bem.

O primeiro dia foi um sucesso, o que me fez ficar torcendo para que os outros dias tivessem a mesma sorte do que o primeiro e que as pessoas pudessem gostar de comer coisas saudáveis, mesmo que rápidas.

*

Os dias passavam rapidamente enquanto estávamos mergulhadas no trabalho. Mas, de alguma forma, tudo estava dando perfeitamente bem. Eu e Aninha estávamos bem sincronizadas e a gente já tinha combinado com um senhor de um uber para ele passar todo dia ali, no mesmo horário, para nos buscar. Assim, ficávamos pouquíssimo tempo desprotegidas. Isso era bom.

Conforme o tempo passava, as coisas aumentavam e alguns queriam comer de frente ao pequenino restaurante. Eu e Aninha montamos algumas cadeiras de frente e passamos a ter alguns clientes que vinham quase todos os dias prestigiar um pouco da nossa comida enquanto a gente dava o nosso melhor. Fechávamos tarde, mas estávamos felizes.

Trabalhar num negócio só seu era só alegria.

– Vamos. – E me despedi rapidamente do Seu Arnaldo que mandou lembranças para a minha família, me desejando tudo de bom. Completou dizendo que um dia visitaria meu restaurante e eu agradeci de coração perguntando-me como ele sabia de algo assim. Aninha, no entanto, logo me respondeu:

– Vai ver já está famoso, prima! – E eu balancei a cabeça concordando, ainda que não tivesse muita certeza se essa era de fato a verdade por completo.

Chegando em casa Aninha foi direto para a água tomar um banho. Sentei no meu sofá absorvendo um pouco do silêncio que se fazia sempre que Aninha ia tomar um banho. Era um momento desolador para mim, pois as imagens da fazenda voltavam com tudo para a minha mente e, mesmo que eu quisesse me fazer de indiferente, a verdade é que eu não conseguia passar um dia sequer sem lembrar dessas memórias tão marcantes.

No entanto, naquele dia, uma imagem se formou diferente no meu cérebro. A imagem de quando Ale adentrou a minha porta pela primeira vez, de como ele fora simpático e de como eu fiquei maluca com tudo aquilo. Sorri enquanto olhava para a porta. Meu coração se apertando em uma dor constante. Depois, minha mente voltava-se sempre para a mesma imagem. De quando ele fez aquela surpresa para mim. De quando ele me pediu em noivado. De quando eu só conseguia pensar que talvez eu pudesse dar uma chance para tudo isso...

Fechei os olhos sentindo as lágrimas querendo descer pelo meu rosto. Era difícil para mim fingir que tudo estava bem. Era difícil desempenhar um papel na frente de Aninha de que eu não estava abalada. E as lágrimas, por sua vez, sempre vinham na hora que ela não podia perceber a fraca que eu era. A prima fraca que eu era e não queria transparecer. Além disso, Aninha parecia estar parando de chorar todas as noites por conta de Jorge só agora que a gente já estava há um mês trabalhando no nosso projeto Dobby. De qualquer forma, isso me mantinha sã. Por ela, eu me fazia de forte, para que ela também pudesse um dia ficar forte.

Ainda assim, meu coração doía. Talvez porque tivesse sido a primeira vez que eu poderia dizer que de fato amei alguém de verdade. Talvez porque eu nunca tivesse passado por uma desilusão amorosa tão forte como essa tinha sido. E isso só doía ainda mais, porque Ale tinha me despertado coisas nunca antes sentidas: Fosse o amor, algo bom, fosse a sensação de ilusão, algo ruim.

Ouvi o barulho da água desligando e enxuguei as lágrimas que tinham caído pelo meu rosto voltando a transparecer algo que eu não era: Forte. Aninha não precisava me ver chorando e foi o que eu pensei por fim quando balancei a cabeça concordando com o que pensava e deixava que todas as lembranças voltassem para o fundo da minha cabeça. De onde nunca deveriam ter saído. O local certo para elas: Na memória.

– Banho, uffa! – Disse quando Aninha saiu do banheiro e eu automaticamente me tranquei no mesmo. Era só questão de tempo até que meu coração em frangalhos se acostumasse com a dor de ter amado.

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