Só Minha! Volume 1 da Trilogia Doce Desejo romance Capítulo 13

Resumo de Capítulo 11: Só Minha! Volume 1 da Trilogia Doce Desejo

Resumo de Capítulo 11 – Uma virada em Só Minha! Volume 1 da Trilogia Doce Desejo de Yana Shadow

Capítulo 11 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Só Minha! Volume 1 da Trilogia Doce Desejo, escrito por Yana Shadow. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Alexander andava pelo enorme corredor do segundo andar à procura de Louise, bateu à porta de uma das suítes, todavia não obteve resposta. Pegou o telefone que vibrava no bolso da calça, acelerou os passos pelo corredor até chegar à escada, tocou na tela e atendeu.

― O que você quer, Josephiné?

― Allô, mon amour!

― Josephiné, não existe mais nada entre nós! Lembra?

― Oh, mon chéri! Você ainda está magoado? Esquece isso! Só liguei para saber como você está?

― Estou muito bem! Onde está a Marcelly?

Alexander descia as escadas com cautela e falava baixo ao telefone.

― Quero falar com ela!

― Marcelly está na casa dos meus pais. Como você viajou para o Brasil, eu tirei algumas semanas de férias, estou na Grécia com alguns amigos do escritório. Quando você voltar para casa, eu estarei te esperando.

― Josephiné, nós terminamos! O único motivo que me obriga a ter contato com você é a Marcelly. Só me ligue se o assunto for sobre a minha filha.

― Aposto que você já encontrou a tal da “Nicky”! ― Ela enfatizou com desdém.

― Isso não é do seu interesse!

― Ela estava com o marido? O filho dela deve ser tão fofo! ― falou, a voz sarcástica.

― Adeus, Josephiné! ― Tocou na tela e encerrou a ligação.

Ele andou pelos cômodos da casa à procura de Louise. Ao retornar à sala de estar, prosseguiu pelo corredor do primeiro andar até o escritório e encontrou um dos choferes saindo da Biblioteca.

― Oi! Daniel, boa noite! Você viu a minha mãe?

― Olá, doutor! A sua mãe está na biblioteca, acabei de falar com ela.

― Obrigado!

Alexander bateu e esperou. Da porta ouvia-se o som de uma missa fúnebre em ré menor. Ele abriu a porta devagar. A sala de leitura tinha um espaço grande com uma base arquitetônica clássica. Os arcos e as filigranas no teto branco, e alguns móveis de madeira maciça em tom verniz davam charme ao ambiente. Nos cantos havia duas enormes estantes com diversos livros organizados por assuntos e quatro pequenas estantes nos cantos, próximo à janela ao estilo colonial.

Louise estava sentada numa poltrona sofisticada com acabamento capitonê em estofado vermelho.

Ao fundo tocava *Réquiem, de Mozart. A boa música e a leitura do clássico *Assassinato no Expresso do Oriente a distraíram. Ela encerrou o último capítulo, fechou o livro e cerrou os olhos. Uma sensação de que alguém a observava a deixou inquieta. Abriu os olhos e jogou o livro para o alto ao vê-lo parado na porta.

― Que susto! ― Louise levou a mão ao peito.

― Desculpe! Bati à porta.

Alexander caminhou até a mãe. Esticou o braço para pegar o livro e examinou o título.

― Bom gosto!

― Adoro os livros da Agatha Christie.

Louise pegou o exemplar e colocou sobre a mesa de centro.

― Você já leu?

― Não! Falo da música clássica. ― Ele sentou no sofá de frente à Louise.

― Eu sempre apreciei Mozart. ― Tomou um gole do uísque escocês. ― O que o traz aqui? Desde que você voltou, não parou em casa.

― Quero saber o que aconteceu no dia do acidente da Nicky.

― Se quer falar sobre aquela mulher, então está perdendo o seu tempo. Devíamos falar sobre o seu casamento com Josephiné.

― Josephiné e eu terminamos.

― Lamento que o seu relacionamento com Josephiné não tenha dado certo. Gosto dela, acho que ela seria a mulher ideal para você.

Ele levantou e serviu-se com uma taça de Royal Salute.

― Não, ela não é! Josephiné sempre soube que eu não a amava, só insistia nesse relacionamento pela Marcelly.

Louise colocou a taça na mesa de centro em formato oval. Pousou as mãos sobre o joelho.

― O que aconteceu nesta casa no dia do acidente? ― Os olhos apertados a examinaram. ― A senhora e a Joanna viviam brigando com a Nicky. ― Engrossou o tom de voz. ― Dá para notar o quanto ela fica com medo de andar por esta casa.

Louise ficou de pé e caminhou até a janela, ajeitou a cortina que imprimia um aspecto sofisticado.

― Eu não empurrei a Nicky, se é isso que você quer saber. Eu sempre quis o melhor para você, mas não a ponto de machucar alguém, muito menos uma mulher grávida.

Faltavam alguns segundos para os ponteiros marcarem 11 da manhã, a mente de Louise estava presa ao passado. Despertou dos devaneios quando Alexander ficou em pé.

― Estou de cabeça quente, vou descansar um pouco. Amanhã verei o meu filho.

― Você realmente acredita que esse garoto é seu filho?

― Eu não tenho motivos para desconfiar.

― Faça como quiser. ― Louise seguiu até a porta. ― Já chega de conversa por hoje! Preciso me preparar para a aula de Pilates. ― Olhou para o relógio com pulseira de ouro e saiu da biblioteca.

Os mocassins pretos batiam no assoalho de madeira de um lado a outro, a ideia de que seu melhor amigo teria machucado Nicole ainda o incomodava.

O Jardim Botânico do Rio de Janeiro é um dos melhores lugares para fugir do sol e para estar no meio da natureza. Alex corria por um dos imensos corredores de palmeiras-imperiais cortados por uma linda fonte do século XIX.

Nicole admirava as palmeiras e sorria com aquele espetáculo da natureza. O flash da câmera capturava cada movimento dela. Alexander se aproveitava da distração de Nicole para registrar os momentos espontâneos.

Eles encontraram uma área com um parquinho, mesas e bancos. Nicole cobriu a mesa com a toalha de xadrez e organizou as bebidas refrescantes e os lanches. Aquele contato com diversos tipos diferentes de vegetação e animais era extremamente agradável. Durante toda a tarde Alex corria e brincava à vontade com o pai enquanto respirava o ar puro.

Os tons de violeta aos fins de tarde em contraste com o laranja anunciavam o pôr do sol. Nicole começou a recolher o restante da comida e dobrou a toalha de xadrez verde.

― Nós já vamos? ― Alexander se aproximou da mesa onde Nicole guardava os lanches.

― Sim, está ficando tarde! ― Nicole voltou o olhar para a cesta de piquenique.

― Pronto! ― Alex se aproximou e esticou a mão e entregou a câmera fotográfica.

― Meu anjo, pegue os seus brinquedos. ― ordenou a voz mansa de Nicole. ― Temos de voltar para casa e trabalhar no seu projeto para a feira de ciências.

― Não quero voltar para casa, mãe. Ficaremos mais um pouco, por favor!

O menino tirou os óculos de armação infantil e passou a mão nos olhos cheios de lágrimas.

― Já fiquei muito tempo longe do meu pai, não quero ficar sem ele. ― Agarrou-se à perna de Alexander.

― Hey, eu não vou a lugar algum! ― Tinha determinação na voz. Ele se abaixou na altura do filho. ― Lembra da nossa conversa no parquinho, eu cuidarei de você e da sua mãe. ― Enxugou a lágrima no rosto da criança e fez cócegas até Alex sorrir.

A paisagem perfeita era extremamente atrativa. Nicole resolveu ficar mais um pouco para animar o filho e, depois de muita insistência, aceitou passear pelas palmeiras imponentes próximo ao lago com algumas vitórias-régias que lembravam uma pintura.

Alexander se aproximou e cumprimentou Henry com um aperto de mão.

― Que bom que você chegou. ― Henry se afastou e olhou para Nicole. ― E quem é a bela mademoiselle?

― Essa é a Nicole! ― Alexander estranhou o galanteio de Henry, mas se conteve. ― E aquele ali é o meu filho.

― Prazer em conhecê-la, Nicole!

O homem de cabelos grisalhos ignorou Alexander por um instante.

― Seu rosto é familiar. Nós já nos conhecemos?

― Impossível, doutor Albuquerque! ― Nicole sentou-se no sofá. ― Eu conhecia seu filho, o Marcello.

Alexander sentou ao lado dela e tocou-lhe a mão.

― A que devo a sua ilustre visita? ― Cortou o assunto.

― Alexander, sua avó deixou uma tarefa para você e até agora você não assumiu o legado da sua família. Os acionistas estão me pressionando.

― Avise-os que em breve entrarei em contato para marcarmos uma reunião.

― Se apresse, filho! Sua avó sempre estava à frente da empresa e eu quase não tenho tempo para cuidar dos negócios. Estou me dedicando à Heloísa desde que ela foi diagnosticada com Alzheimer.

A tensão muscular da face se contraiu por todo o rosto ao ponto de lacrimejar. Henry passou o indicador no canto do olho e disfarçou.

― Marque a reunião quanto antes. ― Henry levantou. ― Foi bom rever vocês.

― Está cedo, meu amigo! ― Ricardo ficou em pé.

― Eu vou levar a Heloísa ao teatro para assistir uma daquelas peças de Shakespeare, ela adora Hamlet.

Henry trocou gentilezas e se despediu, o olhar enrugado estava fixo em Nicole. Havia algo familiar naquele rosto com maçãs salientes.

― Tenho certeza que eu te conheço de algum lugar.

― Eu acho que o senhor está me confundindo com alguém, doutor Albuquerque. ― Nicole deu um sorriso contido.

― Por favor, me chame de Henry!

Antes de sair, os braços com manchas senis abraçaram Nicole. Ele foi em direção ao hall de entrada na companhia de Alexander. Não demorou muito até que o motorista abrisse a porta do Land Rover prata e Henry se acomodasse no carro.

Alexander observou o carro se afastar da propriedade, estranhou a insistência de um homem idoso para com Nicole. Passou pelo corredor com uma escultura dourada de um homem montado a cavalo, hasteando uma bandeira.

― Acho que o Alexander arrumou um rival. ― Ricardo riu. ― Henry lembrou de algum flerte do passado.

Alexander retornou à sala de estar com as mãos no bolso da bermuda.

― Ele é um velho galanteador. ― Alexander respondeu com um sorriso irônico.

Nicole olhava em volta, sorriu para a governanta que recolhia as xícaras e retirava a bandeja da mesa de centro. Os dedos finos moviam o pingente do relicário de um lado a outro.

― Alex, vamos lá em cima. ― Ricardo pegou o neto no colo. ― Quero te mostrar a nova Alex's cave.

Copyright © 2.021 por Ana Paula P. Silva

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