Após o café, Marina sente o peso do cansaço acumulado e opta por não participar de todas as atividades planejadas. Em vez disso, decide observar os outros, relaxando enquanto aproveita a vista do lago cristalino. Entre brincadeiras e risadas dos colegas de Sávio, nota que Fernanda, a mulher que lhe lançava olhares estranhos no ônibus, se aproxima dele com frequência, rindo um pouco demais e sempre buscando uma desculpa para tocá-lo casualmente. Marina decide não comentar nada naquele momento, mas o desconforto começa a pesar.
Durante a tarde, Sávio a convida para explorar uma trilha que leva a uma pequena cachoeira. Eles andam lado a lado em silêncio, a paisagem ao redor é tão majestosa que Marina deixa seus pensamentos vagarem, tentando afastar qualquer insegurança.
Ao chegarem à beira da cachoeira, ela sente que o ambiente é calmo e inspirador, e o peso que carregava parece se dissipar.
— Estou feliz por estar aqui com você — comenta, sentando-se ao lado dele na grama macia e úmida. — Eu queria que as coisas sempre fossem assim, tranquilas.
Sávio a envolve com um olhar carinhoso, segurando sua mão entre as dele.
— E podem ser, Mari. Temos tudo para dar certo. Amo você, e sei que você também me ama. Não há motivo para ter medo — ele sussurra antes de beijá-la com ternura, como se cada toque nos lábios fosse uma promessa de dias mais felizes.
À noite, depois do jantar, eles voltam para o chalé. Sávio decide tomar banho primeiro, enquanto Marina abre o armário e deixa seu olhar recair sobre a lingerie especial que comprou com Andressa. Seu coração b**e mais rápido e, mesmo hesitante, sabe que aquele é o momento certo para dar esse passo no relacionamento. Durante o dia, tudo entre ela e Sávio havia fluído de forma leve e natural, e o desejo de guardar essa lembrança como algo eterno vence sua insegurança.
Quando Sávio sai do banho, nota que a namorada parece nervosa e, intrigado, se aproxima.
— Aconteceu alguma coisa, Mari? — pergunta suavemente, observando-a.
— Não, está tudo bem. Vou tomar meu banho também — responde, sorrindo nervosamente enquanto pega a lingerie discretamente e desaparece para dentro do banheiro.
No chuveiro, a água morna ajuda a relaxar os músculos tensos, mas a sensação de ansiedade ainda pesa.
“Você já tem vinte e dois anos, Marina…”, ela se lembra, tentando recuperar a autoconfiança.
De repente, Sávio b**e na porta e o som interrompe seus pensamentos.
— Oi? — ela responde.
— Os rapazes estão me chamando na recepção. Vou lá rapidinho e já volto, tudo bem?
— Claro — responde, suspirando aliviada por ter mais alguns minutos para se preparar.
Após secar os cabelos e vestir a lingerie, decide passar uma leve maquiagem. Já sentada na cama, tenta aliviar o nervosismo bebendo uma cerveja do frigobar.
Enquanto espera o namorado, o celular vibra e, ao olhar a tela, vê que é uma mensagem de Andressa. Marina lhe conta o que está prestes a fazer, e rapidamente a resposta de Andressa chega:
“Não tenha medo, apenas faça! Você verá que todas as suas dúvidas vão desaparecer.”
As palavras da amiga trazem um conforto momentâneo, mas a incerteza ainda a perturba. Enquanto digita uma resposta, o nome de Lucas — o irmão de Sávio — aparece na tela. Surpresa, atende a ligação, pensando ser algo importante.
— Oi, Lucas.
— Oi, Mari! Desculpa ligar assim do nada. Espero não estar atrapalhando.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira)
Muito chateada comprei as moedas , desconta mas não desbloqueia os capítulos, alguém sabe me dizer se o site é sério?...