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Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 112

Marina não suporta olhar mais um segundo para aquela cena. Com o coração em pedaços e as mãos trêmulas, caminha rapidamente de volta para o quarto. Lágrimas escorrem pelo seu rosto, e ela sente como se uma parte sua tivesse sido arrancada. A imagem de Sávio com outra mulher ainda martela em sua mente, e a sensação de traição é sufocante.

— Como ele teve coragem de mentir olhando nos meus olhos? — sussurra para si mesma, enquanto se esforça para conter o choro.

Com movimentos rápidos, começa a jogar suas roupas na mala, separando apenas o que precisará vestir para sair daquele lugar.

Assim que termina de arrumar tudo, pega o telefone e liga para a recepção, pedindo um carro. A resposta que recebe é um balde de água fria: não há veículos disponíveis para levá-la, dado o isolamento do resort.

Sentindo-se impotente, Marina olha para o celular, o nome de Andressa surge em sua mente, mas logo descarta a ideia de ligar para a amiga, sabendo que ela não poderia ajudar naquele momento. Seus dedos tremem ao percorrerem a tela do celular e se deparam com o nome de Victor. A voz dele ecoa em sua memória, dizendo que ela podia ligar caso algo desse errado. Relutante, pondera por um instante, mas, impulsionada pelo desespero, decide discar.

Em dois toques, a voz grave de Victor responde, fazendo um arrepio percorrer sua espinha.

— O que aconteceu, loirinha? — pergunta ele, direto, como se já soubesse que algo estava errado.

— Você tinha razão — sua voz sai trêmula, tentando conter as lágrimas. — Sávio é mesmo um canalha… me traiu enquanto dizia que me amava.

Há um silêncio breve do outro lado da linha antes de Victor responder, a voz dele está carregada de intensidade.

— Onde você está? — pergunta, com uma firmeza que a tranquiliza.

— Num resort, a quilômetros da cidade — explica, sem esperança.

— Mande-me a localização. Vou te buscar — ele afirma, determinado.

— Eu já disse que estou a uns trezentos quilômetros da cidade — repete, sem acreditar que ele iria até aquele lugar.

— Vai mesmo preferir ficar aí com ele? — pergunta, com uma pitada de sarcasmo atravessando seu tom de voz.

Ela engole seco, mas consciente de que sua única saída era aceitar a ajuda dele.

— Não, eu não quero ficar aqui — revela.

— Mande a localização e me espere na recepção, longe daquele idiota — Victor instrui com firmeza.

— Tudo bem — murmura, desligando a ligação em seguida.

Assim que envia a localização, ouve a porta do quarto abrir.

Sávio entra, com uma expressão relaxada, sem vestígios de culpa, como se nada tivesse acontecido. O cinismo dele e o jeito despreocupado, a enche de indignação.

— Demorei, né? — ele comenta casualmente, sorrindo enquanto se aproxima. — Os rapazes me prenderam na conversa.

Marina o encara, seu estômago embrulha de desprezo e repulsa.

— Aproveitou bastante, Sávio? — questiona, mantendo a voz firme, mas sentindo a ira crescer em seu peito.

— Amor? — ele responde, surpreso com o tom dela. — Está brava porque demorei?

A palavra “amor” dita por ele a faz tremer de raiva.

— Como ousa me chamar de amor? — explode. — Seu desgraçado!

— O que foi, Mari? — ele finge um tom confuso.

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