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Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 115

Victor para por um instante e a olha nos olhos, percebendo o quanto ela está sendo sincera. Ele se aproxima devagar, com os olhos cheios de desejo. Quando seus lábios finalmente se encontram, é como se uma eletricidade instantânea tomasse conta do ar ao redor. O toque inicial é firme, quase urgente, e logo os lábios se pressionam com mais intensidade, reivindicando-se mutuamente.

A mão dele desliza até a nuca dela, segurando-a com uma determinação que a faz sentir-se completamente dominada. Ela sente o peso da possessividade naquele toque, como se quisesse apagar qualquer vestígio de dúvida que pudesse existir. A outra mão encontra sua cintura, puxando-a para mais perto, eliminando qualquer espaço entre eles. Suas respirações se misturam, ofegantes e descompassadas, enquanto o beijo se aprofunda, e as línguas se encontram num jogo intenso de desejo.

Victor a beija como se cada segundo fosse precioso, explorando-a sem pressa, mas com um desejo que é impossível de conter. Sentindo cada movimento, cada toque de seus lábios, Marina se entrega àquele beijo, deixando que ele a guie. Suas mãos, antes hesitantes, sobem até o rosto dele, como se também quisesse marcá-lo, como se quisesse que ele entendesse que ali, naquele momento, ela estava tão entregue quanto ele.

Separando os lábios por um milímetro, Victor murmura, com uma voz rouca e possessiva:

— Então, te farei minha. — Ele sussurra, mas em seguida se afasta, quebrando o contato, deixando um resquício de desejo entre eles. — Porém, não aqui.

Marina o observa, surpresa e com a expressão confusa, tentando entender o gesto inesperado.

— Como assim? — pergunta, piscando várias vezes, sem acreditar que ele realmente interrompeu aquele momento.

Victor sorri levemente e leva uma das mãos ao rosto dela, acariciando-o com ternura.

— Sei o quanto isso é importante para você, e não quero que aconteça em um lugar como esse. — Ele faz uma pausa, deixando o olhar percorrer o quarto modesto, com uma expressão pensativa e determinada.

Mesmo que já tivesse feito aquilo milhares de vezes com mulheres diferentes, sentia que com Marina não seria só mais um momento qualquer, por isso queria caprichar na primeira vez. Depois disso, não importaria onde estivessem — no carro, no escritório, no elevador ou em qualquer lugar onde pudessem se tocar e se ter.

Marina, que antes estava hesitante, começa a compreender o que ele realmente pretendia. Seu coração acelera com as palavras que ouve e uma mistura de surpresa e carinho se espalha em seu peito, percebendo o cuidado inesperado que Victor está tendo com ela.

— Você realmente se importa com isso? — ela pergunta, com um sorriso leve e admirado.

Victor sorri de volta e, com os olhos intensos fixos nos dela, responde com convicção:

— Tudo que vem de você me importa.

Ele sorri ao ver a expressão de surpresa dela.

— Mas… — Marina hesita, ainda surpresa. — Eu não preciso de nada extravagante, Victor… só você — sussurra, entrelaçando os dedos aos dele, como se tentasse convencê-lo.

Ele sorri e a puxa para mais perto, segurando sua cintura firmemente.

— Eu sei, loirinha — responde, acariciando seu rosto. — E não tem ideia de como estou me segurando para não fazer isso aqui, porém… tenho paciência — completa, seus lábios pairam próximos aos dela, como se fosse beijá-la novamente.

Ele se afasta, deixando uma promessa não dita no ar, algo que a faz desejar ainda mais aquele momento. Após perceber que quase havia se entregado para um homem como Sávio, tudo que queria era estar completamente entregue nos braços de Victor, que mesmo não prometendo o futuro, havia lhe respeitado naquele momento chamado “agora”.

— Amanhã à noite, — ele murmura, com um brilho nos olhos. — Vamos fazer isso do jeito certo.

Ao escutar a frase de Victor, seu coração quase sai pela boca. Havia uma ansiedade evidente em seu peito.

Marina engole em seco ao notar o tom de desapontamento e nervosismo na voz de sua mãe. Ela tenta manter a calma, mas as palavras a atingem como um choque.

— Mãe, eu… eu não estou fugindo com ninguém — responde, tentando conter o tom defensivo. — Eu só não queria ficar com o Sávio.

Daniela estreita os olhos na tela, no seu rosto há uma expressão dura.

— Não me venha com desculpas, Marina! Você simplesmente está me desapontando a cada dia que passa.

Marina sente a pressão se acumulando em seu peito, como se cada palavra da mãe a sufocasse.

— Mãe, você não entende — tenta explicar, com a voz embargada de choro. — O Sávio não é quem você pensa que ele é. Ele me traiu, mãe. Eu o vi com outra mulher, e... e Victor apenas me ajudou a sair daquela situação.

Mesmo com a explicação, o rosto da mãe não suaviza.

— E o que você faz com o Victor, Marina? — dispara Daniela. — Acha mesmo que vou acreditar nessas desculpas? Com tantas pessoas para ligar, você escolheu justamente o seu chefe, alguém que não tem absolutamente nada a ver com a sua vida pessoal! Está claro que vocês têm um caso.

— Não! — Marina grita, com a voz trêmula, mas decidida.

— Mentirosa! — grita Daniela. — Você se tornou uma mentirosa desde que se envolveu com esse tal de Victor Ferraz. Acha mesmo que ele vai te assumir enquanto você age feito… feito uma vagabunda como a Andressa?

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