Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 122

Ainda sem entender a situação, Marina permanece em choque, incapaz de reagir. Seu pai, percebendo a hesitação dela, decide tomar a frente da conversa.

— Mari, eu já conversei com o Victor e dei minhas recomendações a ele. Espero que vocês dois respeitem isso — afirma José, com um tom firme, mas ponderado.

— Recomendações? — pergunta, confusa, lançando um olhar para Victor, que apenas a observa com um sorriso discreto.

— Sim, mas vou deixar vocês dois conversarem a sós. Depois discutimos isso com calma — José conclui, dando um leve aceno para a esposa, chamando-a para saírem da sala.

Daniela, com uma expressão de visível desaprovação, hesita por um momento. No entanto, respeita a decisão do marido e sai, deixando Marina e Victor sozinhos. Assim que os pais deixam a sala, Marina se aproxima de Victor, com a expressão de incredulidade ainda marcada em seu rosto. Sentando-se ao lado dele, lança-lhe um olhar direto.

— O que significa tudo isso? — sussurra, receosa de que os pais escutem.

Victor se inclina para ela, deixando um sorriso sedutor brincar em seus lábios.

— Não gostou da surpresa, loirinha? — murmura, inclinando-se ainda mais, como se fosse lhe dar um beijo.

Marina recua ligeiramente, sentindo-se confusa e vulnerável.

— Victor, o que está acontecendo? Que ideia é essa de namoro? — sussurra, com a voz levemente tremida, entre surpresa e hesitação.

Ele dá um sorriso mais amplo e responde com uma tranquilidade que a deixa desconcertada.

— Agora podemos nos ver e fazer o que quisermos, sem que seus pais fiquem no seu pé. — Marina o observa com intensidade, tentando entender o que ele pretendia mesmo com tudo aquilo, então Victor continua. — Isso significa que, se você estiver comigo, não tem que se preocupar com mais ninguém.

Marina sente o rosto corar e o coração disparar.

— Você tem noção do que acabou de fazer? Meus pais agora pensam que estamos namorando de verdade — diz, tentando explicar a situação em que estava se metendo.

Victor estende a mão e segura a dela, com um toque firme e quente.

— E nós estamos… — responde com uma naturalidade que a deixa com a expressão séria e nervosa.

— Meu Deus, eu não acredito que esteja tão calmo com isso.

— Como não ficar calmo, sabendo que agora posso ter você quando e onde quiser.

As palavras dele são como um choque para ela, deixando-a sem ar.

Sem querer que os pais vejam ou escutem uma coisa daquelas, Marina se levanta e puxa Victor pela mão, convidando-o para saírem de casa.

— Vem comigo, vamos conversar lá fora.

Victor a segue com um sorriso satisfeito nos lábios, sentindo o nervosismo de Marina, o que o deixa mais animado. Eles descem as escadas e Marina abre o portão, saindo para a calçada.

Marina sente uma mistura de sensações: a surpresa, o nervosismo e a súbita entrega, deixando-se envolver pelo calor que ele exala. Em um reflexo, tenta conter a intensidade, mas suas mãos acabam se enredando nos ombros dele, como se uma parte de si também estivesse presa naquele momento.

— Victor… — ela murmura, tentando se afastar, o coração está acelerado. — Se comporte, estamos na rua! — diz, com um toque de timidez, desviando o olhar dele, mas sentindo o calor do toque firme de suas mãos.

Ele solta uma risada suave, provocante.

— Então vamos para o carro — sugere, com o olhar ardente.

— Você está louco? — ela pergunta, surpresa, com os olhos arregalados.

— Sim, estou louco por você, loirinha — responde ele, e antes que ela possa protestar, a segura no colo, com uma decisão inexorável, como se cada gesto afirmasse que nada o impediria de estar com ela.

Victor atravessa a calçada e a coloca no carro, sem se preocupar se algum vizinho ou os próprios sogros poderiam ver. No fundo, para ele, era como um ato de afirmação, uma prova de que agora ela era sua. O plano de levá-la a um hotel luxuoso ainda estava em sua mente, mas, por enquanto, o carro serviria como o palco das preliminares.

Ao deitá-la no banco, ele a olha de cima, seus olhos estão escuros e sedutores.

— Não precisa ter medo, loirinha, — ele diz, num tom rouco e controlado, mas deixando claro o desejo contido. — Eu não vou ultrapassar seus limites… — ele pausa, tocando levemente o rosto dela. — Não hoje.

Marina sente o peso das palavras de Victor e sua proximidade, de repente, o ar do carro se torna mais quente. Ela se vê envolvida no olhar firme dele, sem saber ao certo até onde quer que ele vá, mas consciente de que está pronta para descobrir o que ele tem reservado.

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