Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 13

Enquanto sai da empresa, Marina sente que as palavras de Victor ainda ecoam em sua mente como um peso que ela não consegue afastar.

— Por que ele me odeia tanto? — sussurra para si mesma, sentindo o coração apertado.

Sentada no ponto de ônibus, ela observa o céu escurecendo rapidamente. Nuvens densas se acumulando no horizonte anunciam a iminente chegada de uma tempestade. O vento frio começa a cortar o ar, trazendo uma sensação de inquietude.

— Justo hoje que esqueci o guarda-chuva… — murmura, com um suspiro resignado. — Eu só queria ter uma vida normal, será que é pedir demais?

Seu celular vibra, quebrando o silêncio ao redor. O nome de Sávio aparece na tela.

“Quero te ver hoje”

Ao ler a mensagem, fica em dúvida. O polegar paira sobre a tela enquanto decide se responde de imediato ou não.

Mas, depois do caos emocional do dia, ela opta por guardar o celular na bolsa, voltando a encarar o céu, agora carregado de nuvens escuras. A brisa fria toca suavemente sua pele e, sem perceber, sua mente retorna a Victor. A pressão das lembranças é pesada demais, e uma lágrima solitária rola por seu rosto, sendo uma confissão silenciosa de sua exaustão.

— Por que aquele homem não me deixa em paz? — murmura, tentando compreender os sentimentos conflitantes que ele desperta nela.

De repente, um carro luxuoso e familiar para ao seu lado. Reconhecendo o veículo de imediato, seu coração b**e um pouco mais forte. Ela sabe muito bem quem está ali, mas a presença inesperada a desestabiliza. Lentamente, o vidro do carro desce, revelando o rosto sério de Victor. Seu olhar é penetrante e, por um momento, Marina se pega observando os traços fortes de seu rosto.

“Por que o acho tão bonito?”, ela se pergunta, incapaz de desviar os olhos dos lábios dele.

— Entra. Eu te levo para casa — ordena com a voz firme, porém surpreendentemente gentil, o que a faz estremecer de surpresa.

— Não precisa, o ônibus já deve estar chegando — responde Marina, tentando resistir à ideia, mesmo que a curiosidade de entrar naquele carro luxuoso cresça dentro dela.

Há algo sedutor na possibilidade, mas também perigoso.

Victor a observa por alguns segundos antes de replicar com a sua voz carregada do tom autoritário que ele traz como uma segunda pele.

— Estou indo na mesma direção. Não me faça insistir.

Marina reflete.

O céu ameaça uma chuva pesada, e mesmo pegando o ônibus, ela teria que caminhar até sua casa debaixo da tempestade. Finalmente, cede.

— Tudo bem — concorda, levantando-se lentamente e entrando no carro.

Assim que a porta se fecha, a realidade a atinge com força.

“Estou sozinha no carro de Victor. Meu Deus, estou sozinha com o Victor no carro dele”, pensa, sentindo seu coração acelerar descontroladamente.

Tentando controlar o nervosismo, ela desvia o olhar para o interior do carro. O couro macio do banco parece se moldar ao seu corpo de uma forma quase desconcertante. O silêncio entre os dois é palpável, denso, enquanto a proximidade de Victor aumenta sua inquietação. Ela começa a estudar os detalhes do carro, em uma tentativa desesperada de focar em outra coisa além da tensão crescente.

13: Pensamentos que traem 1

13: Pensamentos que traem 2

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