Já é quase manhã, e os primeiros raios da aurora começam a despontar no horizonte. Victor está de pé ao lado da varanda de seu quarto, observando a rua silenciosa e vazia do condomínio. A cidade ainda dorme, envolta no silêncio tranquilo da madrugada. Todos repousam, inclusive Marina, que dorme profundamente na cama com a expressão serena e exausta, resultado de uma noite intensa. Victor, embora desejasse prolongar aqueles momentos a noite inteira, conteve-se, ciente de que ela precisava descansar. Ele a olha com ternura, sentindo uma sensação de paz e realização que poucas vezes experimentou na vida.
No chão, ao lado dos pés da cama, repousa um lençol branco com uma discreta mancha de sangue, um sinal silencioso e irrefutável da inocência de Marina diante das acusações cruéis e infundadas que a atormentaram na noite anterior. Victor fixa o olhar na marca, sentindo uma mistura de alívio e revolta. Lembra-se das palavras cortantes e da expressão fria do pai enquanto lançava as mentiras que quase o afastaram de Marina. A verdade agora pairava diante dele, ao mesmo tempo, dolorosa e libertadora, reforçando em seu coração a certeza de que, apesar de tudo, havia escolhido acreditar nela.
Ele volta a observar o céu, onde a luz do amanhecer começa a tomar forma, projetando uma calma quase irônica diante da tempestade de emoções em seu peito. Victor respira fundo, buscando clareza. Seu pai havia sido frio, calculista, então sabia que, para desmascará-lo junto da amante, precisaria de estratégia e calma, sem levantar suspeitas. Ele esboça um plano silencioso, prometendo a si que fará isso de maneira impecável. Só agiria na hora certa, quando pudesse mostrar diante de todos a verdadeira face de Xavier Ferraz. Porém, seus pensamentos são interrompidos pela voz suave de Marina.
— Victor… — ela chama, com voz suave e ainda um pouco sonolenta.
Quando se vira para olhar para o quarto, ele a vê se aproximar, enrolada em um fino lençol, e olhos brilhando com ternura. Ao vê-la tão vulnerável e perto, Victor sente o coração acelerar. Quando ela se aproxima ainda mais, Victor a envolve em seus braços, puxando-a para si, com uma intensidade que transparece o quanto está excitado com a cena.
Com um gesto firme, mas gentil, ele afasta o lençol que ela usava para cobrir o corpo. Marina cora levemente, seus olhos desviam antes de encontrar os dele, expressando uma mistura de timidez e confiança.
— Por que está de pé tão cedo? — ela pergunta curiosa.
— Me levantei porque, se continuasse naquela cama, não conseguiria resistir a você — murmura, deixando um rastro de beijos em seu pescoço. Ele desce os lábios lentamente até seus seios os explorando com suavidade e desejo.
— Victor… — ela sussurra, enquanto sua respiração acelera e seus olhos semicerram de prazer.
— Não tenha vergonha, amor — ele responde, com voz baixa e carinhosa. — Eu já conheço cada detalhe do seu corpo — completa, deslizando uma das mãos pela curva da sua cintura.
Ao ouvir a palavra “amor” saindo dos lábios de Victor, Marina sente o coração disparar e a intensidade da emoção a faz estremecer. Mesmo assim, percebe o que Victor está prestes a começar a fazer e decide alertá-lo.
— Meu quadril está um pouco dolorido — ela confessa, quase num sussurro junto à timidez.
Victor sorri levemente, deixando sua mão deslizar suavemente pelas costas dela.
— Vou cuidar disso, mas precisa confiar em mim — ele sussurra, com a voz cheia de malícia.
Com um movimento ágil e firme, Victor a pega no colo e a deita cuidadosamente na cama, envolvendo-a com um carinho protetor. Suas mãos iniciam uma massagem cuidadosa e compassada, aliviando a tensão que ela sente. O toque é leve e, ao mesmo tempo, profundo, transmitindo o carinho que sente.
Após alguns minutos de massagem, as mãos de Victor começam a explorar a pele de Marina com uma leveza crescente, desenhando caminhos que a fazem arrepiar e encará-lo com uma mistura de curiosidade e desejo.
— É porque tem, amor — responde, sem perder a expressão descarada. — E eu te prometo que vai ser bom.
O tom baixo e rouco da voz dele faz Marina corar mais uma vez. Ela morde o lábio, contendo o riso, tentando mascarar a excitação que a cada segundo se torna mais difícil esconder.
— Não fala assim — diz ela, desviando o olhar, mas sorrindo. — Fico com vergonha.
— Então vou te fazer perder essa vergonha — ele diz com firmeza, segurando sua mão e a guiando em direção ao banheiro, onde uma suave luz invade o ambiente, prometendo momentos de pura entrega.
Quando a banheira está cheia, Victor se acomoda na água quente. O vapor sobe ao redor dele, enquanto seus olhos não se desviam de Marina. Ele estende a mão com um sorriso acolhedor, num convite que transmite tanto segurança quanto uma pitada de provocação.
— Vem cá, linda — murmura, com voz suave. — Assim que se sentar aqui, vai relaxar como nunca relaxou antes. Prometo — acrescenta, lançando uma piscadela cheia de charme e segundas intenções, que faz o coração dela bater um pouco mais rápido.
Marina hesita por um momento, mas ao ver o calor no olhar de Victor e a paciência em seu gesto, sente-se encorajada. Ela segura sua mão e desliza lentamente para a banheira, sentindo o calor da água envolver seu corpo e a proximidade dele intensificar o momento.
Victor a puxa para mais perto e sem perder tempo algum, sela seus lábios nos dela com carinho.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira)
Muito chateada comprei as moedas , desconta mas não desbloqueia os capítulos, alguém sabe me dizer se o site é sério?...