Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 146

Rapidamente, Victor pega uma toalha e cobre o peitoral exposto, ajustando a câmera para focar apenas em seu rosto. Ele mantém a compostura, apesar da interrupção inesperada. Do outro lado, José o saúda com um leve aceno.

— Boa noite, Victor — diz José, com um tom educado, mas direto.

— Boa noite, senhor, como está? — pergunta, sério.

José suspira, com um peso visível em sua expressão.

— Bem… acredito que a Marina já tenha contado o que aconteceu com a minha mãe.

— Sim, ela mencionou. E como está o quadro de saúde dela agora? — pergunta, inclinando-se ligeiramente para frente, demonstrando genuína preocupação.

— Os médicos continuam avaliando, mas ela está estável no momento. Precisará de mais exames e acompanhamento constante — explica José, carregado de preocupação.

Victor assente, numa expressão séria, mas respeitosa.

— Espero que ela melhore logo, senhor. Se precisarem de algo, por favor, me avise.

José agradece com um leve aceno de cabeça, enquanto Marina, ao fundo, observa a troca entre os dois, visivelmente tocada pela preocupação do namorado.

— Obrigado, Victor. É bom saber que minha filha tem alguém como você ao lado dela — comenta José. — Desde já, quero agradecer por dar uma folga para Mari esses dias, ela gosta muito da avó e tenho certeza de que ficaria preocupada se não estivesse aqui.

— Não se preocupe com isso, eu já disse a ela que pode ficar o tempo que for preciso.

— Mais uma vez agradeço — responde. — Agora deixarei que conversem, não tenho a intenção de atrapalhá-los.

Quando o pai se afasta, Marina olha para Victor com um olhar cúmplice e as bochechas ainda levemente coradas pela situação.

— Você é louco — diz ela, tentando conter um sorriso. — Meu pai quando viu o que não deveria.

Victor dá uma risada baixa, inclinando a cabeça para o lado com um ar despreocupado.

— Mas ele não viu — rebate com confiança. — Não se preocupe, loirinha, prometo que a única pessoa que me verá desse modo é você — assegura, num tom suave, mas firme.

A declaração a pega de surpresa, e Marina sente o rosto esquentar ainda mais. Ela desvia o olhar por um instante antes de responder, tentando manter a compostura.

— Espero que esteja mesmo falando sério — declara, encarando-o novamente com um brilho de expectativa nos olhos.

Victor sorri, um sorriso cheio de charme e certeza.

— Sempre estou, principalmente quando se trata de você.

Marina sente o coração acelerar com as palavras de Victor, mas tenta disfarçar a emoção com um sorriso leve.

— Você tem uma resposta para tudo, não é? — provoca, com o tom descontraído.

— Quando se trata de você, sempre — responde ele, com uma piscadela. — E, falando nisso, como estão as coisas por aí? Seu pai parece estar lidando bem com a situação.

Marina suspira e seu sorriso se desfaz um pouco.

— Ele está tentando, mas dá para ver o quanto está preocupado com a minha avó. A casa está em silêncio a maioria do tempo, e isso só deixa tudo mais pesado — confessa, mordendo levemente o lábio inferior.

Victor a observa com atenção.

— Sei que deve estar sendo difícil, mas você é forte, loirinha. Está fazendo o melhor que pode. E, se precisar de mim para alguma coisa, mesmo à distância, é só me dizer — garante, com sinceridade evidente na voz.

— Eu sei… — Marina responde. — Você já está me ajudando só por estar me ouvindo e isso faz toda a diferença.

Victor sorri, um sorriso mais suave desta vez, e inclina levemente a cabeça, como se quisesse diminuir a distância entre eles.

— E quem está me ajudando é você. Só de ouvir sua voz, meu dia já fica melhor.

Ela ri suavemente, sentindo o constrangimento voltando em suas bochechas.

Um sorriso de alívio surge no rosto de Marina.

— É tão bom ouvir isso… — diz ela, exibindo os olhos brilhando de gratidão.

Victor observa-a por um momento com mais atenção, antes de dizer:

— Ele pediu para te dizer que sente muito por tudo o que aconteceu e está disposto a me ajudar a consertar tudo isso.

Marina sorri levemente emocionada.

— Diga a ele que agradeço por tudo, principalmente por acreditar em mim — declara, com um tom suave.

A voz doce dela o transporta para os momentos passados juntos, enchendo-o de nostalgia.

— Estou com saudades, loirinha… Queria você aqui comigo agora — confessa, com a voz baixa, quase um sussurro.

Marina suspira e seu olhar fica triste.

— Também estou, acho que você me deixou muito mal acostumada no fim de semana, a ponto de sentir ainda mais a sua falta.

Victor solta um pequeno sorriso, apesar da saudade.

— Prometo que logo estarei com você de novo. E, quando isso acontecer, não vou deixar que ninguém nos separe outra vez — assegura, com determinação na voz.

Ela sorri, enxugando uma lágrima que escapa.

— Vou esperar por você, Victor. Sempre.

— Agora, preciso desligar, preciso jantar com a minha família perfeita — Victor ironiza, antes de encerrar a ligação.

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