Enquanto o carro de aplicativo percorre as ruas iluminadas pela noite, Marina observa a cidade passar pela janela, mas sua mente está longe dali. Suas mãos repousam no colo, inquietas, enquanto seus dedos ficam entrelaçados num gesto que não consegue esconder o nervosismo que sente. Ela respira fundo algumas vezes, tentando acalmar o coração acelerado, não só por querer ver Victor, mas pela conversa que teve com os pais.
“Será que fiz certo ao enfrentar minha mãe daquele jeito?” pensa, mordendo levemente o lábio inferior. Embora tenha saído de casa decidida, uma ponta de dúvida e culpa começa, ainda mais sabendo que os pais estão passando por um momento delicado com a avó. Ao mesmo tempo, a ideia de ver Victor novamente, de sentir o calor do abraço dele, faz um sorriso tímido surgir em seus lábios. Ela ajeita a bolsa no colo e olha para o celular, onde uma mensagem recente dele aparece na tela:
“Parece que o relógio para quando sabe que irei te ver.”
Ao reler a mensagem, suas mãos param por um instante, segurando o celular com firmeza. O nervosismo dá lugar a um leve calor no peito. “Vai dar tudo certo,” pensa, enquanto solta um suspiro longo, deixando a ansiedade se dissipar gradualmente.
Ao entrar no hotel, sente o ar condicionado frio contrastar com a noite quente lá fora. O ambiente é elegante, iluminado por um lustre imponente que domina o teto alto. O som abafado de uma música instrumental relaxante cria uma atmosfera tranquila, mas o coração dela está longe de acompanhar esse ritmo. Caminhando com passos rápidos até a recepção, procura por informações sobre Victor. Sua respiração está ligeiramente acelerada, tanto pela expectativa quanto pelo nervosismo que insiste em permanecer.
O atendente atrás do balcão, um homem jovem e sorridente, a saúda educadamente.
— Boa noite. Posso ajudá-la? — pergunta, com uma expressão profissional.
Marina sorri, um pouco hesitante.
— Boa noite. Estou procurando por Victor Ferraz. Ele está hospedado aqui — responde, com a voz baixa, mas clara.
O atendente digita algo no computador à sua frente, deslizando os dedos com rapidez sobre o teclado. Após alguns segundos, ele ergue o olhar.
— O senhor Ferraz está na suíte 305. Deseja que eu o avise de sua chegada?
Pensando por um momento, ela balança a cabeça em negação.
— Não, obrigada. Farei uma surpresa — diz, com um sorriso leve.
O atendente entrega o cartão de acesso do elevador e dá instruções para onde ela deve seguir. Marina agradece, ajustando a alça da bolsa no ombro enquanto se dirige para o elevador.
O silêncio no curto trajeto até o terceiro andar apenas intensifica as batidas aceleradas do seu coração. “Finalmente,” pensa, enquanto observa os números do painel iluminarem-se um a um.
Quando a porta do elevador se abre, ela caminha pelo corredor impecavelmente decorado até a porta marcada com “305”. Parando por um momento, ajusta a postura e respira fundo antes de bater suavemente. A porta se abre quase imediatamente, revelando Victor, vestido casualmente, com uma camisa de linho desabotoada no colarinho e uma expressão que mistura alívio e felicidade.
— Você chegou — diz ele, com um sorriso que faz seu rosto se iluminar.
— Ah, loirinha… Desse jeito, você acaba comigo antes mesmo de começarmos.
Marina sente um arrepio percorrer sua espinha ao ouvir aquelas palavras. Antes que possa responder, Victor já está beijando seu pescoço, com lábios quentes e suaves que deixam sua pele sensível e arrepiada. Ele desce devagar, explorando cada centímetro com beijos e mordidas leves, enquanto suas mãos percorrem as costas dela, firmes e possessivas. O ritmo das respirações acelera quando Victor chega à curva de seu pescoço e desliza para a base dos seios, provocando-a com beijos que a fazem inclinar a cabeça para trás, entregando-se completamente. Marina segura nos ombros dele com força, sentindo cada toque como se fosse fogo contra sua pele.
Com um gesto rápido e ágil, ainda a segurando com firmeza, ele a prensa contra a parede próxima, um braço apoia-a enquanto o outro começa a explorar seu corpo. Ele a olha profundamente nos olhos, numa mistura de desejo e necessidade evidente em sua expressão.
— Que saudade que eu estava do seu gosto — diz, entre beijos e mordidas.
Ele começa a desfazer os botões da roupa dela com movimentos precisos, a cada peça removida, deixa beijos quentes na pele recém-revelada. Marina o ajuda, tirando a camisa dele, suas mãos exploram o peito forte enquanto seus lábios se encontram novamente em um beijo que é tão urgente quanto apaixonado.
O quarto se torna o único mundo que importa, cada toque, cada suspiro, leva-os mais fundo na conexão que compartilham.
Enquanto sente Victor tocar o seu corpo, Marina sussurra.
— Victor, eu… eu te amo — revela, sem se importar com o que acontecerá no futuro.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira)
Muito chateada comprei as moedas , desconta mas não desbloqueia os capítulos, alguém sabe me dizer se o site é sério?...