Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 157

A revelação pega Victor de surpresa, congelando-o por um momento enquanto absorve a informação. Ele ouve atentamente enquanto o detetive continua.

— Tirei fotos de tudo, senhor, e já as enviei com outras evidências para o seu e-mail — informa Fausto, num tom profissional e meticuloso.

— Obrigado pela informação, Fausto. Quero que descubra quem é esse homem e qual é a relação dele com Andressa. Não poupe esforços — ordena, frio e autoritário, mas deixando claro um misto de ansiedade.

— Sim, senhor. Vou cuidar disso — responde o detetive, pronto para cumprir a tarefa.

Após encerrar a ligação, Victor solta um suspiro profundo e desvia o olhar para o lado. Marina continua sentada ao seu lado, observando-o em silêncio. Sua expressão carrega um misto de curiosidade e preocupação, enquanto seus olhos fixam-se nos dele, como se tentassem decifrar o que havia acontecido naquela ligação misteriosa.

— Algum problema? — ela pergunta, com voz suave, mas cheia de apreensão.

Ele sorri, mas não um sorriso forçado ou superficial. É um sorriso cheio de satisfação, como se estivesse finalmente vendo os frutos do que tanto esperou. Sem dizer nada de imediato, Victor a puxa para mais perto, envolvendo-a com firmeza, e sela seus lábios nos dela com um beijo carinhoso.

— Bom dia — ele murmura, deixando o sorriso iluminar seu rosto.

— Bom dia — Marina responde, devolvendo o gesto com outro beijo, ainda mais suave, mas igualmente intenso.

Passando uma das mãos pelo cabelo dela e deslizando os dedos com delicadeza, a encara.

— Dormiu bem? — pergunta, num tom terno.

— Melhor do que nunca — confessa, num leve sorriso.

Ele a abraça, envolvendo-a completamente em seus braços, como se quisesse protegê-la de tudo. Por alguns instantes, permanecem assim, deixando o silêncio entre eles preenchido por uma conexão que dispensa palavras. Mas Victor sabe que precisa quebrar o momento para compartilhar o que está em sua mente.

— Eu estava falando com o detetive que contratei para seguir o meu pai — começa, num tom de voz mais sério agora. — E ele já me deu uma boa atualização.

Marina se afasta um pouco, apenas o suficiente para olhá-lo diretamente nos olhos.

— Sério? O que ele disse? — pergunta, cheia de curiosidade.

Respirando fundo, como se organizasse as informações em sua mente antes, Victor responde:

— Sua ex-amiga e ele estão nos Estados Unidos, vivendo como pombinhos recém-casados — declara, com um leve toque de sarcasmo.

A expressão na face de Marina imediatamente muda. Seu rosto, antes tranquilo, agora se fecha. A raiva começa a borbulhar em seu interior ao ouvir aquelas palavras. A simples ideia de Andressa estar vivendo tranquilamente, sem um resquício de culpa ou arrependimento, é suficiente para deixá-la indignada.

— Claro que ela está — murmura Marina, sentindo-se magoada — Enquanto luto para juntar os pedaços da minha vida, ela está lá, fingindo que nada aconteceu.

Percebendo o nervosismo no rosto dela, Victor segura seu queixo com delicadeza, fazendo-a olhar para ele novamente.

— Ei, não deixe que isso te consuma, loirinha — diz, suavemente. — Isso só mostra o quanto ela é vazia. E, acredite, eles não vão escapar disso. Estou reunindo tudo o que preciso para garantir que ambos paguem pelo que fizeram.

— Olha só para eles. Que atrevimento! — comenta, tingida de desgosto.

Victor continua passando as fotos até chegar às mais recentes. Ele para de repente, franzindo a testa: Andressa, ainda no hotel, recebe um homem misterioso na recepção. Em uma sequência de fotos, os dois aparecem conversando de forma tensa e, por fim, despedindo-se com um beijo na boca.

— Conhece esse homem? — pergunta Victor, inclinando o celular em direção à Marina, atento à reação dela.

Marina estreita os olhos, estudando as imagens com atenção. Ela leva alguns segundos, inclinando-se para observar melhor.

— Não… Eu nunca o vi antes — responde, balançando a cabeça.

Os dois se entreolham em silêncio por alguns instantes, processando o que acabaram de ver. O ambiente fica carregado, até que Victor rompe o momento com uma risada seca, carregada de sarcasmo.

— Parece que não é só a minha mãe que está levando um par de chifres — zomba, deixando a ironia evidente na voz.

Marina o encara, tentando segurar uma risada, mas acaba deixando escapar um pequeno sorriso.

— Como não consegui enxergar esse lado da Andressa? — murmura, balançando a cabeça. — Além de sair com um homem casado, está traindo-o enquanto ele está lá, sustentando o luxo dela.

Victor fecha o e-mail, encostando-se no encosto da cama.

— Isso só me dá mais motivos para seguir em frente com isso — diz ele, agora mais sério. — Quero ver a cara do meu pai se partir em milhares de pedaços com o que faremos.

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