Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 182

Na cozinha, Xavier arremessa Andressa ao chão com brutalidade. Ela cai de lado, gemendo de dor, enquanto ele, sem hesitar, desfere um chute forte em suas costelas. O impacto a faz encolher-se instintivamente, enquanto as lágrimas escorrem pelo rosto.

— Como teve coragem de me trair nos Estados Unidos, hein? — ele grita. — Sendo que fui eu quem te levou para lá!

Andressa tenta se recompor, mas a sua respiração ofegante faz com que as palavras fiquem presas na garganta. Finalmente, ela consegue murmurar, mas a sua voz é fraca demais para conseguir completar a frase:

— Eu não…

Xavier se inclina sobre ela, apontando um dedo acusador, interrompendo-a com um tom ainda mais furioso.

— Não mente para mim, Andressa! Sei muito bem o que você fez! Você levou um homem para o hotel, onde eu estava pagando para você, depois o vistou na casa dele.

Assustada com aquelas revelações, os olhos de Andressa se arregalam de pavor. “Como ele soube disso?”

Ela tenta afastar-se, arrastando-se pelo chão, mas ele a segura pelo braço, impedindo qualquer tentativa de fuga. O medo toma conta dela, e tudo o que pode fazer é implorar com os olhos, esperando que ele pare antes que a situação piore ainda mais.

— Vou te explicar o que aconteceu Xavier, mas por favor não faça nada comigo — pede, desesperada.

— Acha mesmo que alguma explicação fará com que o que aconteceu seja esquecido?

— Sei que não, mas se fizer algo comigo, pode se arrepender depois — comenta, enquanto o vê se afastando. — Xavier… por favor, Xavier, não faça isso — implora, tremendo a voz, enquanto tenta apelar para o pouco de humanidade que talvez ainda reste nele.

— Agora é “por favor”? — Ele zomba com um sorriso cruel. — Mas na hora de abrir as pernas para outro, você nem pensou em mim, não é mesmo?

Antes que ela possa responder, Xavier dá um passo em direção à gaveta da cozinha e a abre com um puxão brusco. Com a mão direita, pega uma faca enorme, segurando-a firmemente enquanto seus olhos se fixam nela com uma mistura de raiva e prazer sádico.

O medo explode dentro de Andressa como uma descarga elétrica. A visão da faca dá forças ao seu corpo debilitado. Mesmo com dores, ela consegue se levantar, seus músculos trêmulos são movidos apenas pelo instinto de sobrevivência.

— Xavier, por favor… — ela começa novamente, recuando lentamente, até as costas colidirem contra a bancada fria.

Ele ergue a faca ligeiramente, o brilho da lâmina reflete a luz da cozinha, enquanto a observa com um olhar que parece atravessá-la.

— Você acha que pode me humilhar assim e sair impune? — diz Xavier, com a voz baixa, mas cheia de ameaça. Ele dá um passo à frente, o olhar fixo em Andressa, como se cada palavra fosse um golpe. — Fiz tudo por você, sua vadia. Te dei tudo o que me pedia, te tratei como uma princesa, mesmo sabendo que merecia ser tratada como uma prostituta. Mas o que você fez? — Ele solta uma risada cheia de sarcasmo. — Sabe, eu até admiro a sua coragem, porque, mesmo sabendo quem sou, você achou que podia me testar.

Andressa soluça, enquanto as lágrimas escorrem livremente pelo rosto.

— Eu não fiz por mal — explica, quase implorando. — Nunca tive a intenção de te trair. Amor, por favor, me escute.

— Amor? — Xavier cospe no chão, cheio de desprezo. — Não tente apelar, Andressa. Cada palavra sua só me deixa mais furioso.

Ela tenta argumentar novamente.

— Acabar com a minha vida? — pergunta ele, entre risos amargos. — A desgraçada da sua amiga foi até a minha casa e me expôs na frente de toda a minha família! — revela, agora com o tom amargo e os olhos fixos nela.

— A Marina voltou? — pergunta incrédula, enquanto a surpresa estampa seu rosto.

Xavier solta uma risada seca.

— Aquela vadia não só voltou, como fez com que Victor armasse contra mim. Meu próprio filho! — ele rosna, com os olhos queimando de ódio. — E para piorar, meu filho mais velho deve me odiar agora também.

Andressa escuta aquilo engolindo em seco, sentindo o peso das palavras dele. Cada nova revelação aumenta o desespero dentro dela.

— Minha esposa não quer nem me olhar, e você tem a audácia de dizer que vou acabar com a minha vida se eu te matar? — Ele ri novamente, mas dessa vez, o sorriso se desfaz rapidamente. — A minha vida já está acabada, sua vadia! Não percebe?

De repente, o tom de voz dele sobe, e seu rosto se contorce em fúria novamente.

— E para piorar, você me faz essa traição, sua desgraçada! — grita, antes de desferir um soco brutal no rosto de Andressa, tão forte que ela cambaleia.

Ele continua, golpeando-a repetidamente com uma força crescente, até que ela não consegue mais se manter de pé e cai no chão. O impacto a faz gemer de dor, mas Xavier não para. Ele começa a chutá-la com violência, atingindo sua barriga com tanta força que Andressa sente o ar escapar de seus pulmões. O gosto metálico de sangue preenche sua boca, e ela começa a cuspir sangue.

— Para, Xavier, para! — grita ela, misturando as lágrimas ao sangue. — Você vai matar o nosso filho! — revela, num grito desesperado.

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