Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 194

Após enviar uma mensagem para os pais avisando que ficaria com Victor, Marina não precisa esperar muito pela resposta. Seu celular vibra e ela lê a mensagem curta e direta da mãe:

“Tudo bem, obrigada por nos avisar.”

Marina suspira aliviada. Desde que sua mãe soube de tudo o que aconteceu e teve a oportunidade de observar o quanto Victor tratava sua filha com respeito e carinho, ela havia se tornado muito mais compreensiva.

Nos últimos dias, Daniela, antes tão protetora e desconfiada, parecia finalmente aceitar que Marina havia encontrado alguém em quem podia confiar. Embora não verbalizasse com frequência, Marina sabia que a mãe enxergava em Victor uma segurança que ela mesma sempre quis para a filha.

Marina guarda o celular na bolsa e olha para Victor, que a observa atentamente.

— Tudo certo? — ele pergunta, com um leve sorriso de canto.

— Sim. Minha mãe respondeu rapidamente. Está tudo bem.

Victor assente, satisfeito, e estende a mão para ela.

— Então, vamos para casa. Acho que nós dois merecemos um pouco de paz depois de tudo isso.

Marina segura a mão dele, sentindo um calor reconfortante ao toque. Juntos, eles saem dali para a casa de Victor, onde poderiam ter algumas horas de paz, antes de encararem mais um dia turbulento pela frente.

Ao chegarem à casa de Victor, o céu começa a clarear com os primeiros raios de sol. O cansaço está evidente nos rostos de ambos, mas o ambiente tranquilo da casa oferece um sopro de alívio após uma noite tão tumultuada.

— Está com fome? — Victor pergunta enquanto caminha em direção à cozinha, já afrouxando o colarinho da camisa.

— Um pouco — Marina admite, encostando-se ao batente da porta. — Mas estou com sono também.

Ele lança um breve sorriso para ela enquanto abre a geladeira.

— Vou preparar algo para você. Apenas descanse — sugere, com um tom suave.

Marina franze o cenho e o segue, cruzando os braços enquanto o observa pegar alguns ingredientes.

— Mas você também está exausto. Depois de tudo o que aconteceu, deveria descansar — comenta, preocupada.

Victor para por um instante, olhando para ela com um brilho tranquilo nos olhos.

— Vou preparar algo rápido. Assim nós dois podemos descansar juntos — diz, com um carinho evidente em sua voz. — O que acha?

Não conseguindo evitar um sorriso, ela balança a cabeça levemente.

— Você realmente é teimoso, sabia? — provoca, mas o tom de sua voz revela o quanto aprecia o gesto.

— Teimoso ou atencioso? — ele rebate, piscando para ela antes de começar a mexer nas panelas.

Ela se senta em uma das banquetas próximas ao balcão, apoiando o rosto nas mãos enquanto observa Victor. O movimento dele pela cozinha é ágil, mesmo estando cansado. Havia algo no jeito como ele insistia em cuidar dela que aquecia seu coração, mesmo depois de um dia tão longo.

— O que você está fazendo? — ela pergunta, com curiosidade.

— Algo simples. Uma omelete com torradas. Nada que vá demorar muito — responde, enquanto quebra os ovos com habilidade.

— Parece perfeito — murmura, observando-o com um sorriso leve nos lábios.

— Sim, eles vão ficar perfeitos — responde Victor, distraído enquanto mistura os ingredientes.

— Sabe que, depois de tudo, ter você aqui comigo faz tudo valer a pena, não é? — diz ele, olhando diretamente nos olhos dela.

Marina sente o calor subir em suas bochechas, mas não desvia o olhar. Sabia que aquele momento era mais do que palavras ou gestos; era sobre o que os unia, mesmo após tantos desafios.

— E eu não trocaria isso por nada — sussurra Marina, com um sorriso suave, enquanto o mundo lá fora parece desaparecer, deixando apenas os dois na cozinha, iluminada pelos primeiros raios da manhã. — Só você, Victor, é o suficiente para mim — completa, sem medo de expor os próprios sentimentos.

Victor a observa por um momento, como se cada palavra dela fosse uma melodia perfeita, ressoando diretamente em seu coração. Então, ele se inclina um pouco mais próximo, fixando o seu olhar no dela.

— Se sou o suficiente para você, então namora comigo? — pergunta, enquanto aproxima o rosto do dela.

Marina pisca, surpresa pela pergunta repentina.

— O quê? — diz, quase sem acreditar, com uma expressão que mistura espanto e expectativa.

Victor sorri, um sorriso genuíno que ilumina seu rosto.

— Isso mesmo que você ouviu — repete, segurando delicadamente as mãos dela. — Eu queria fazer tudo de forma diferente. Preparar algo especial, planejar um pedido digno, mas… não consigo esperar mais. Quero que saiba, aqui e agora, o que quero e o que sinto por você.

Ao sentir o coração acelerar, as palavras dele ressoam profundamente em seu peito. Ela abaixa o olhar por um momento, tentando absorver tudo, antes de erguer os olhos novamente, agora brilhando de emoção.

— Todo lugar é especial, quando estou com você — confessa, sem hesitar. — E sim, eu quero… quero muito ser a sua namorada.

Victor sorri ainda mais amplo, como se tivesse esperado por aquele momento por uma eternidade. Ele a puxa para mais perto, envolvendo-a em um abraço caloroso, o tipo de abraço que parecia selar uma promessa silenciosa entre os dois.

— Não sabe o quanto isso significa para mim — murmura, próxima ao ouvido dela. — Eu te amo, loirinha… te amo mais do que consigo expressar.

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