Aquelas palavras aquecem o coração de Marina de uma forma tão profunda que ela sente todo o peso dos últimos dias se dissipar. Seus ombros relaxam e uma calma serena a invade, como se, naquele instante, nada mais no mundo importasse. Não era relevante o que Xavier e Andressa haviam feito, nem as opiniões duras de Joana a respeito dela. Tudo o que queria, tudo o que realmente fazia sentido, era Victor. Ele era sua âncora, sua paz em meio ao caos.
Soltando-se levemente do abraço, Marina olha nos olhos de Victor por um instante, antes de tomar a iniciativa e selar seus lábios nos dele, com uma urgência que parece carregar todo o amor e desejo que havia contido até então. Victor responde com a mesma intensidade, envolvendo-a em seus braços fortes, como se quisesse garantir que ela nunca sairia de perto dele.
Em um movimento decidido, ele a ergue do chão, segurando-a firmemente, e a coloca sobre a bancada da cozinha. Seus olhos se cruzam num segundo e o calor entre os dois cresce, deixando apenas aquele momento para eles.
Marina passa os braços ao redor do pescoço dele, puxando-o para mais perto, enquanto seus corações batem em sincronia.
Victor se aproxima ainda mais, apoiando as mãos na bancada, deixando apenas alguns centímetros entre eles. Seus lábios encontram novamente os dela, desta vez com menos urgência e mais profundidade, como se quisessem explorar cada emoção que aquele momento trazia.
As mãos de Marina deslizam até os ombros dele, enquanto ela sente o calor dele a envolver completamente. Ele, por sua vez, desliza as mãos pela cintura dela, segurando-a como se ela fosse a coisa mais preciosa que já teve em suas mãos.
— Você não tem ideia do que faz comigo — murmura Victor, com a voz rouca, entre um beijo e outro.
— Acho que tenho, porque sinto o mesmo — ela responde, enquanto o seu sorriso se mistura ao toque suave dos lábios dele.
O clima na cozinha é intenso, o silêncio do ambiente amplifica as batidas de seus corações e os suspiros que compartilham. Marina entrelaça os dedos nos cabelos dele, enquanto ele apoia a testa na dela, respirando fundo.
— Marina, você é tudo para mim — ele sussurra, de olhos fechados, como se quisesse guardar aquele momento para sempre. — Tudo que há de melhor em mim, vem de você.
Antes que ela pudesse responder, um som alto e inesperado corta o ar. O barulho da torradeira anuncia que as torradas estão prontas, trazendo os dois de volta à realidade abruptamente.
Ambos olham na direção da torradeira e, em seguida, um para o outro, compartilhando um olhar divertido que quebra a intensidade do momento. Marina ri primeiro, um riso suave que parece aliviar qualquer nervosismo, enquanto Victor inclina a cabeça para o lado, também sorrindo.
— Parece que nosso café está impaciente — brinca, endireitando-se, mas ainda mantendo as mãos na cintura dela.
— Acho que nos distraímos um pouco — responde Marina, com um sorriso tímido, descendo da bancada com a ajuda dele.
— Tudo bem, vou terminar de fazer as omeletes para acompanhar as torradas. Depois dormimos um pouco, o que acha? — diz Victor, com um sorriso leve enquanto começa a mexer nos ingredientes novamente.
Marina se aproxima, encostando-se ao balcão, observando-o com um brilho malicioso nos olhos.
Marina pega uma das camisas de Victor, que fica larga em seu corpo, mas confortável como um abraço. O tecido macio escorrega sobre sua pele, e o perfume dele impregnado na roupa a faz sorrir. Ela caminha até a cama, onde Victor já está deitado, com um olhar preguiçoso e um sorriso satisfeito ao vê-la vestindo algo dele.
Sem dizer uma palavra, ela se deita ao lado dele, o colchão afunda levemente com seu peso. Victor não perde tempo; ele a puxa delicadamente para mais perto, envolvendo-a em seus braços. Seu toque é protetor, mas, ao mesmo tempo, carrega uma intimidade que só eles dois entendem.
Ele afunda o rosto nos cabelos sedosos dela, inalando o perfume que tanto amava. A suavidade dos fios contra sua pele parece trazer uma calma que sabia que precisava.
— Não sei o que é melhor — ele murmura, com a voz baixa e rouca. — Ter você aqui nos meus braços ou a sensação de saber que você está comigo de verdade.
Marina sorri, fechando os olhos enquanto acaricia levemente o braço dele, que repousa em volta de sua cintura.
— Não precisa escolher — responde ela, num sussurro. — Você pode ter os dois.
Victor ri baixinho, apertando-a levemente contra si. A casa está em silêncio, o amanhecer do lado de fora projeta uma luz suave pelas cortinas. Embora saibam haver vários problemas lá fora, eles decidem deixar as preocupações de lado por um momento.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira)
Muito chateada comprei as moedas , desconta mas não desbloqueia os capítulos, alguém sabe me dizer se o site é sério?...