Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 20

O coração de Marina b**e descompassado, ciente de que Victor está fazendo de tudo para desestabilizá-la. Ela sabe que poderia facilmente dizer que não iria nessa viagem, afinal, não faz parte de suas obrigações. No entanto, se dissesse isso, estaria dando a Victor o argumento perfeito para afirmar que ela não é uma profissional dedicada.

Todos os planos que fez para a semana, imaginando que não precisaria ver Victor na empresa, agora desmoronam. A frustração e a ansiedade a invadem ao perceber que terá que passar mais tempo ao lado dele do que pensava.

— Tudo bem, quando será essa viagem? — pergunta Marina, tentando manter a compostura e esconder a indignação crescente.

Victor, com o olhar provocador e o sorriso irônico que parece nunca deixar seu rosto, responde:

— Hoje mesmo.

O nó em sua garganta aperta, e ela começa a se perguntar se isso não é um plano elaborado para forçá-la a desistir daquele emprego.

— Meu Deus… — murmura baixinho, já antecipando o que a espera no Rio de Janeiro.

Victor, percebendo a expressão dela, não perde a chance de provocá-la ainda mais.

— Alguma objeção? — indaga, observando o rosto dela ficar ainda mais pálido.

— Não, claro que não! — responde rapidamente, forçando um sorriso que mal consegue esconder seu nervosismo. — Estou aqui para cumprir meu trabalho, e se o senhor Rodrigo pediu, farei com prazer.

Victor se levanta devagar de sua cadeira, caminhando lentamente ao redor de Marina como um predador cercando sua presa. O nervosismo dela é evidente, e ele saboreia cada segundo.

— Só fique ciente de uma coisa, loirinha — sua voz baixa, quase num sussurro provocador, intimida. — Durante essa semana, eu serei seu chefe. É melhor não me contrariar.

Marina tenta manter a postura firme, mas as palavras dele a atingem em cheio. Ela se sente desafiada, como se estivesse sendo testada em cada palavra que diz.

— Não se preocupe, senhor Ferraz. Sei muito bem como ser profissional, e espero que o senhor também saiba.

A tensão entre os dois cresce, e ao ver o clima de confronto, Rodrigo, que até então estava em silêncio, volta a se sentar em sua cadeira. Um sorriso discreto se forma em seu rosto enquanto observa o embate entre seu irmão e Marina. Ele aprecia o fato de Marina desafiar Victor, sabendo muito bem do temperamento difícil do irmão. Victor, acostumado a ter tudo ao seu redor sob controle, finalmente encontra alguém que não cede tão facilmente. Rodrigo sabe que Victor quer Marina fora da empresa, mas também entende que o orgulho do irmão não permitirá que ela vá embora sem antes ceder à sua autoridade.

— Como ousa questionar meu profissionalismo? — Victor se aproxima mais, indignado, a raiva transparece em seus olhos. Ele se inclina ligeiramente sobre Marina, tentando intimidá-la, mas ela, sabendo que Rodrigo continua presente, mantém-se firme, sem recuar um milímetro.

— Não estou questionando, apenas o lembrando — responde com calma e mais firmeza.

Victor caminha até a mesa do irmão e o sangue ferve em suas veias ao perceber que Rodrigo se diverte com a situação.

— Não deveria achar graça na insolência dessa garota — declara, claramente irritado. — Se os outros funcionários começarem a achar que podem falar o que quiserem, como ela, esse escritório vai virar uma bagunça.

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