Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 21

Enquanto caminha em direção ao ponto de ônibus, Marina sente uma raiva crescente queimando em seu peito. Ela está convencida de que Victor fez tudo deliberadamente, apenas para pressioná-la a sair da empresa.

— Ele não vai conseguir. Eu me recuso a deixar que ele me vença — sussurra para si mesma, com passos firmes refletindo sua determinação.

De repente, o som familiar de um motor luxuoso chama sua atenção. O carro de Victor para ao seu lado. Fingindo que não o vê, continua andando com o olhar fixo à frente. Mas o estrondoso e longo barulho da buzina que ele aperta de propósito a assusta, fazendo-a tropeçar e cair no chão, deixando o seu sapato direito escapar do pé.

No carro, Victor observa a cena com diversão mal contida. Ele sabe que o nervosismo dela está no auge, e isso só intensifica sua satisfação.

Rapidamente, estaciona o carro e sai, caminhando em direção a ela, que tenta se levantar.

— Precisa de ajuda? — pergunta, segurando o riso que ameaça escapar.

— Não, eu não preciso de nada! — Marina responde, tentando colocar o sapato de volta, apenas para perceber que o salto está quebrado. — Merda, merda, merda! — murmura para si mesma, enquanto a raiva cresce ainda mais dentro dela.

Sem paciência para lidar com as provocações de Victor, ela tira os sapatos de vez e continua andando descalça pela calçada, deixando-o para trás. Mas Victor, teimoso, não desiste. Ele segue seus passos firmes e rápidos.

A cena seria quase cômica, se não fosse a raiva evidente no rosto de Marina, que está à beira de explodir.

— Espera — ele pede, alcançando-a. — Eu te dou uma carona.

— Não precisa. Vou pegar o ônibus — responde, sem sequer olhar para ele.

— Vai mesmo entrar no ônibus nesse estado? — questiona, com os olhos fixos nos pés descalços dela.

Marina para abruptamente e se vira, com o olhar faiscando de irritação.

— Você está se divertindo bastante com isso, não é? — questiona, com a cabeça erguida e o rosto carregado de indignação.

— Eu não estou sentindo nada — responde Victor, mordendo os lábios para conter o riso, mas o brilho divertido em seus olhos o trai.

— O que você quer? — dispara, carregada de frustração. — Me diz por que está me perseguindo se vamos passar praticamente uma semana juntos?

— Só vim me oferecer para te levar em casa — responde, agora mais sério. — Você precisa de tempo para arrumar suas coisas.

Refletindo por um momento sobre as palavras dele, Marina cede, tentando recuperar seu tom profissional.

— Tudo bem — suspira, cansada. — Vamos logo.

Ela passa por Victor em direção ao carro, sem esperar por ele.

Já dentro, Marina sente o desconforto de sua aparência desalinhada. Os cabelos desgrenhados e um pequeno machucado no joelho, resultado da queda, não ajudam a melhorar o seu humor.

Victor a observa de canto de olho e, por um breve momento, sente um leve peso na consciência. Ele não pode ignorar a culpa pelo que acabou de acontecer.

Silenciosamente, desvia o caminho e para em frente a uma farmácia.

— Eu já volto — diz, saindo do carro e deixando Marina perplexa.

Ela o observa sair, curiosa, e minutos depois ele retorna com uma sacola nas mãos.

Sem dizer nada, Victor abre a porta do passageiro e retira um recipiente da sacola. Marina o encara, confusa, mas antes que possa protestar, ele molha um pedaço de gaze e, com delicadeza inesperada, começa a limpar o ferimento no joelho dela.

— Não precisa fazer isso — diz Marina, sentindo-se estranhamente vulnerável, mas Victor a ignora, concentrado no que está fazendo.

Ele finaliza os cuidados soprando o ferimento e colocando um pequeno band-aid no machucado.

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