Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 219

Ainda abraçada ao namorado, Marina confessa, num sussurro suave:

— Não esperava que viesse até aqui hoje.

Victor se afasta um pouco, apenas o suficiente para encontrar o olhar dela, então seus lábios esboçam um sorriso leve.

— Acha mesmo que eu conseguiria ficar longe de você? — pergunta ele, com uma sinceridade que aquece o seu coração. — Ainda mais após nos afastarmos daquele jeito pela manhã.

Marina sente um nó na garganta ao ouvir as palavras dele. Ela sabia que ambos tinham muito para resolver, mas o simples fato de ele estar ali, fazendo questão de consertar as coisas, fazia toda a diferença.

— Eu também não queria que fosse assim — admite, com um brilho nos olhos que mistura emoção e alívio. — Não gosto de ficar distante de você, Victor.

Ele toca suavemente o rosto dela, enxugando os vestígios de lágrimas com o polegar.

— E eu não gosto de te ver chateada, loirinha. Vamos dar um jeito nisso, eu tenho certeza — sugere, num tom reconfortante.

Marina assente, sentindo que, apesar das dificuldades, o vínculo entre eles permanecia firme.

— Meus pais acabaram de sair — ela confessa, casualmente, enquanto limpa os últimos vestígios de lágrimas.

— Eu sei. Eles estavam saindo quando cheguei — responde Victor, com um leve sorriso, tentando aliviar o clima.

Marina se afasta do abraço, caminhando até o interruptor para acender a luz. Quando a sala é iluminada, seus olhos encontram Victor em sua totalidade. As roupas dele estão levemente úmidas pela garoa, o cabelo bagunçado e a expressão no rosto dele é de genuína preocupação.

Seu coração acelera ao vê-lo daquele jeito.

— Está com frio? — Marina pergunta, notando as roupas levemente molhadas de Victor. — Vou pegar uma toalha para você secar o cabelo.

Ela se vira e caminha em direção ao quarto, procurando por uma toalha, mas Victor a segue sem dizer nada. Quando entra no quarto dela, ele para por um momento, observando o ambiente pequeno, mas acolhedor.

O espaço é pintado de um tom suave de rosa, com adesivos decorativos colados no pequeno guarda-roupa de madeira próximo à janela. A cama, com uma colcha estampada, dá um toque simples, quase adolescente, ao cômodo. Prateleiras com livros e pequenos objetos decorativos completam o ambiente, revelando um pouco mais da personalidade de Marina.

Victor olha ao redor com curiosidade, enquanto um sorriso discreto surge em seus lábios.

— Esse quarto… é tão você — comenta, quebrando o silêncio.

Marina, já com uma toalha nas mãos, se vira para encará-lo.

— E o que isso quer dizer? — pergunta, arqueando uma sobrancelha, intrigada.

— Que ele é cheio de personalidade. Acolhedor. — Ele caminha até a janela, observando o céu ainda chuvoso lá fora. — Dá para sentir que é o seu espaço, sabe?

Ela sorri, embora ligeiramente tímida.

— É pequeno, mas é confortável. Gosto dele assim.

Victor se aproxima e pega a toalha de suas mãos.

— Obrigado, loirinha. — Ele esfrega o cabelo com a toalha enquanto continua observando os detalhes ao redor. — Sabia que nunca imaginei você num quarto cor-de-rosa?

Marina ri baixinho, cruzando os braços.

— Eu tinha uns 15 anos quando escolhi a cor. Nunca me preocupei em mudar, acabou ficando.

O calor de suas palavras percorre o corpo de Marina, fazendo-a arrepiar dos pés à cabeça. O tom baixo e intenso dele a desarma completamente, e ela sente o coração acelerar.

Antes que pudesse responder, ele a envolve com mais firmeza e, em um movimento brusco, captura seus lábios em um beijo profundo e apaixonado. As mãos dele deslizam suavemente por sua cintura, enquanto ela se entrega ao momento, esquecendo de todas as preocupações que a atormentaram durante o dia.

Victor interrompe o beijo por um breve instante, encostando a testa na dela, enquanto ambos tentam recuperar o fôlego.

— Eu te amo, loirinha — sussurra, com a sinceridade transbordando em cada palavra.

Marina sente os olhos marejarem, mas desta vez, não é tristeza ou insegurança, e sim um sentimento profundo de amor e gratidão.

— Eu também te amo — responde ela, antes de puxá-lo para outro beijo.

Victor a deita com cuidado sobre a pequena cama de solteiro, o colchão range levemente sob o peso dos dois. Seus olhos permanecem fixos nos dela, transmitindo uma intensidade que faz o coração acelerar ainda mais. Com movimentos delicados, ele começa a despi-la, como se cada peça retirada fosse parte de um ritual íntimo e significativo.

Lá fora, a chuva aumenta, caindo com força contra a janela e criando uma trilha sonora natural para o momento que compartilham. O som rítmico das gotas se mistura com as respirações entrecortadas deles, enquanto Victor desliza as mãos suavemente pela pele de Marina, como se estivesse gravando cada detalhe em sua memória.

— Você é perfeita — murmura.

Marina, ainda corada, não consegue desviar o olhar. Há algo no jeito que ele a olha, como se ela fosse a única coisa que importasse no mundo inteiro, que a faz se sentir completamente segura e amada. Ela toca o rosto dele, acariciando sua mandíbula marcada, e sorri levemente, apesar da timidez.

— Amo você, Victor — sussurra, e suas palavras parecem carregar todo o peso do amor que sentem um pelo outro. — Amo tudo em você, mas… — pondera, um pouco apreensiva. — Tenho medo de que os meus pais cheguem e nos encontrem assim.

Ele se inclina e declara:

— Não tenha medo de nada. Quero que o mundo inteiro saiba que você é minha… só minha!

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