Um chefe irritante e irresistível romance Capítulo 221

As palavras dele atingem-na como uma onda de calor, dissipando qualquer sombra de insegurança que ainda pudesse carregar. Seus olhos brilham com a emoção, e ela sente que, naquele instante, tudo o que importava no mundo estava ali, diante dela, na forma do homem que tanto amava.

— Isso foi lindo — diz ela, com a voz suave e emocionada. Seu coração parecia correr em disparada, acelerado pelo impacto das palavras que ouviu.

Victor sorri, claramente apaixonado.

— Lindo é tudo o que estou vivendo com você — rebate, antes de inclinar-se para beijá-la.

Enquanto a beija, a segura com firmeza, suas mãos envolvem-na com uma intensidade que fazia parecer que ele queria fundir suas almas naquele momento. O aperto em sua cintura, a forma como seus corpos se conectavam, transmitiam mais do que desejo; era como se ele quisesse que Marina sentisse o quanto ela significava para ele, cada emoção, cada batida do seu coração.

Marina, completamente entregue, entrelaça os braços ao redor do pescoço dele, correspondendo ao beijo com a mesma paixão. Ali, os dois ficam vendo o nascer do sol por alguns minutos, antes de se deitarem e dormirem um pouco.

Quando acordam, o sol já está alto no céu, preenchendo o quarto com uma luz vibrante. Victor, com a leveza de quem queria viver um fim de semana perfeito, prepara algo para eles comerem antes de saírem. Marina observa, encantada com a dedicação dele em cada detalhe.

Após comerem, ele a surpreende ao mudar o roteiro inicial. Antes de irem à praia, ele a leva para fazer compras. Marina sente as bochechas corarem ao perceber o quanto ele se esforçava para mimá-la, escolhendo roupas e acessórios com cuidado, insistindo que ela deveria estar confortável e bem-vestida para o fim de semana.

Uma das paradas foi em uma loja de grife no shopping. Assim que entram, Marina sente um desconforto imediato. Os olhos da atendente percorrem-na rapidamente com um olhar crítico, antes de se fixarem em Victor, com um sorriso exageradamente atencioso.

— Boa tarde, senhor, em que posso ajudá-lo? — pergunta a mulher, ignorando Marina quase completamente enquanto ajusta a postura para parecer mais atraente.

Marina aperta os lábios, tentando disfarçar a irritação. O comportamento da atendente era tão evidente que até Victor começa a notar. Ele, porém, mantém a compostura, pegando um vestido na arara e mostrando-o para Marina.

— O que acha deste? Acho que vai ficar lindo em você — comenta ele, sorrindo de forma genuína.

— É bonito… — responde ela, com um tom hesitante, ainda sentindo os olhares de desdém da atendente.

A mulher interrompe, falando diretamente com Victor, ignorando Marina novamente.

— Temos peças ainda mais exclusivas, senhor. Se me permitir, posso mostrar o que combina perfeitamente com o seu gosto refinado.

Percebendo o tom e a atitude dela, Victor franze a testa. Ele coloca o vestido de volta na arara e encara a atendente, com o sorriso desaparecendo de seus lábios.

— Eu não estou comprando para mim. Estou aqui para a minha namorada — diz ele, firme, apontando para Marina. — E acredito que ela pode escolher muito bem o que quer, sem a sua interferência desnecessária.

Marina sente o rosto esquentar, desta vez pela satisfação de ver Victor colocar a atendente em seu devido lugar. A mulher, visivelmente sem graça, tenta se recompor.

— Claro, senhor. Como desejar.

Victor se volta para Marina, segurando sua mão e sorrindo de forma reconfortante.

— Se não gostar de nada aqui, podemos ir para outro lugar onde você se sinta confortável — diz ele, num tom de voz suave e cheia de consideração enquanto segura a mão dela.

Ela o olha, surpresa pela sensibilidade dele em notar seu desconforto. Apesar do incômodo com a situação, a forma como Victor lidou com tudo a fazia se sentir valorizada.

— Não, está tudo bem — responde ela, com um sorriso tímido. — Quero dar uma chance.

Victor assente, sem soltar sua mão, transmitindo segurança.