Mesmo após o contratempo de uma rapidinha clássica, os dois finalmente chegam à praia. Sob um guarda-sol, Victor relaxa com um copo de água de coco gelada, misturada com um toque de rum premium. Enquanto observa Marina ao longe. Ela caminha pela areia, filmando a paisagem ao redor, provavelmente para mostrar aos pais o lugar deslumbrante onde estava.
Ele a observa com atenção, admirando sua alegria genuína. O sorriso dela parecia iluminar tudo ao redor, e sente o coração se aquecer. “Como tive tanta sorte?” pensa, enquanto percebe o quanto Marina, com sua inocência e sinceridade, era alguém por quem valia a pena lutar. Ela não apenas fazia parte de sua vida; ela fazia com que ele quisesse ser melhor a cada dia.
Enquanto Victor observa Marina, seu semblante tranquilo se transforma em alerta ao notar um homem sem camisa, exibindo uma tatuagem de leão nas costas, caminhando em direção a ela. O desconhecido tem uma expressão de quem claramente possui segundas intenções.
O homem para próximo dela, seus olhos a percorrem dos pés à cabeça com um sorriso malicioso. Marina, distraída com as gravações da praia, não percebe a aproximação. Ele se aproveita disso e, sem qualquer cerimônia, segura sua cintura por trás, como se fosse algo natural.
Victor aperta o copo da bebida em sua mão, sentindo o sangue ferver. Ele se levanta rapidamente, com passos firmes em direção à namorada, enquanto a cena à sua frente o enche de indignação. “Ninguém toca nela desse jeito,” pensa, com o coração disparado.
Marina sorri, filmando o céu, quando sente a mão em sua cintura. Ela pensa que é Victor e vira-se sorrindo.
— Ei, gata — diz o homem, inclinando-se um pouco mais perto. — Uma mulher tão linda como você não deveria estar sozinha nessa praia.
Surpresa com a aproximação inesperada, sua expressão mistura confusão e desconforto enquanto tenta se afastar.
— Me solte — pede ela. — Eu não estou sozinha — responde, tentando manter a compostura e a educação.
O homem ignora completamente a rejeição explícita, inclinando a cabeça e soltando um riso despreocupado.
— Não vi ninguém por perto, e, se estivesse, acho que não cuidaria tão bem de você quanto eu poderia — diz ele, apertando um pouco mais sua mão na cintura dela.
Antes que Marina possa reagir com um tapa no rosto daquele assediador, Victor chega com passos firmes, sua presença imediatamente impõe respeito. Ele segura o pulso do homem com força, afastando sua mão da cintura de Marina.
— Tire as mãos dela, agora — diz Victor, já desferindo um soco na cara do homem.
O homem cambaleia, mas tenta manter a pose de despreocupado. Porém, a sua postura de confiança vacila um pouco.
— Calma aí, cara. Só estava sendo gentil com a moça. Não precisa ficar assim.
Victor dá um passo à frente, ficando cara a cara com o homem. Sua expressão é de puro ódio e desdém.
— Gentil? Tocar na cintura dela sem permissão e incomodá-la é ser gentil? — rebate, com a voz firme e cheia de raiva contida.
— Relaxa, meu irmão. Foi só uma brincadeira — responde o homem, levantando as mãos como se estivesse se rendendo.
— Se não sumir agora, eu vou quebrar a sua cara na “brincadeira” também — retruca Victor, estreitando os olhos. — Agora, saia daqui antes que eu te faça sair.
O tom de Victor não deixa margem para discussão. O homem, percebendo não haver espaço para prolongar o embate, dá alguns passos para trás, murmurando algo inaudível antes de se virar e ir embora.
Victor respira fundo, virando-se para Marina, que o observa em silêncio, ainda processando o que aconteceu.
— Você está bem? — ele pergunta, suavizando a voz ao olhar para ela.
— Desse jeito, vou acabar me acostumando a frequentar lugares assim — brinca, enquanto leva à boca um gole de Château Margaux, um dos vinhos mais prestigiados do mundo.
Victor sorri com o comentário.
— E deve mesmo se acostumar. Essa é a vida que terá de agora em diante — afirma ele, como se fosse uma promessa.
Ela o observa por alguns segundos, sentindo o peso das palavras dele, e hesita antes de perguntar.
— E se eu me acostumar e depois tiver que voltar à minha realidade? — murmura, temendo o que o futuro poderia reservar.
Segurando a mão dela com delicadeza, Victor entrelaça os dedos como se quisesse assegurar que ela nunca estaria sozinha.
— Não tem como retroceder, loirinha. Você será minha para sempre — responde num sussurro.
— Tem certeza de que não se cansará de mim? — ela insiste, numa seriedade incomum, enquanto seus olhos procuram os dele, tentando encontrar alguma garantia mais profunda naquela conversa.
— Como eu poderia me cansar de você? — responde ele. — Você não é só a mulher que eu amo. É minha paz, minha alegria e, acima de tudo, a pessoa que me faz querer ser melhor todos os dias.
Marina tenta desviar o olhar, envergonhada pela intensidade das palavras, mas Victor não a deixa escapar.
— Eu não escolhi você por acaso. Escolhi porque sei que é com você que quero viver, construir, compartilhar minha vida inteira. Cansar de você? Nem daqui a mil anos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira)
Muito chateada comprei as moedas , desconta mas não desbloqueia os capítulos, alguém sabe me dizer se o site é sério?...