Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 223

No domingo, Victor decidiu aproveitar o último dia do fim de semana para surpreender Marina mais uma vez. Ele a levou para um passeio de barco pela Baía de Guanabara, um cenário que mesclava o brilho do sol com a brisa refrescante do mar. Marina, deslumbrada com a vista do Pão de Açúcar e do Cristo Redentor ao longe, sentiu-se como em um sonho.

— Você realmente pensa em tudo, não é? — comenta, sorrindo enquanto observa o reflexo das águas cristalinas.

— Quando se trata de você, loirinha, cada detalhe importa — responde, com um tom que a faz corar levemente.

Depois do passeio, ele a levou para um almoço em um restaurante flutuante, onde o cardápio era repleto de frutos-do-mar frescos. A experiência era única e inesquecível, com o balanço suave do barco ao fundo e o som das águas os cercando.

Enquanto Marina degustava uma taça de vinho branco gelado, ela observava Victor. A forma como ele planejou tudo com cuidado e fazia questão de vê-la feliz tornava aquele momento ainda mais especial.

— Está pensando em quê? — pergunta ele, percebendo o olhar dela.

— Em como esse fim de semana está sendo realmente perfeito — confessa, com um sorriso radiante. — E em como você é perfeito por me proporcionar tudo isso.

Victor sorri de canto, aproximando-se para beijá-la.

— Só estou começando, loirinha. O melhor ainda está por vir.

Ele a envolve em um abraço apertado enquanto ambos permanecem em silêncio, admirando a vista deslumbrante à sua frente. O brilho do sol sobre a água parecia refletir a calmaria do momento, mas, por trás de suas expressões serenas, ambos sentiam um peso silencioso.

A realidade estava à espreita, lembrando-os do que estava por vir. Naquela semana, o julgamento que os colocaria em lados opostos finalmente aconteceria.

Marina suspira levemente, encostando a cabeça no peito de Victor, enquanto seus pensamentos vagam entre o amor que sentia por ele e a responsabilidade que carregava como advogada de Dona Valquíria. Ela sabia que estava defendendo algo que considerava justo, mas isso não diminuía a dificuldade de ter que enfrentá-lo no tribunal.

Victor, por sua vez, mantém os braços firmes ao redor dela, como se quisesse protegê-la de tudo, mesmo sabendo que, dessa vez, ele era parte do desafio que ela enfrentaria. Seus pensamentos eram uma mistura de preocupação e determinação; ele queria vencer, mas não ao custo de magoá-la.

— Está tudo bem? — ele pergunta suavemente, inclinando-se para olhar nos olhos dela.

— Como não ficar bem estando ao seu lado? — responde Marina, com um sorriso que ilumina seu rosto.

Os dois pegam o avião de volta do Rio à noite, e Victor a deixa em casa. Quando estaciona em frente à casa dela, ele a olha com uma mistura de carinho e relutância.

— Me dói me despedir de você assim, sabia? — confessa, segurando a mão dela antes que desça do carro. — Por que não termina a noite comigo, na minha casa? — ele sugere, com expectativa.

— E eu também te amo, loirinha. Mais do que posso expressar. E um dia, espero que seus pais vejam que eu não quero apenas ser seu namorado. Quero ser o homem que estará ao seu lado para sempre.

As palavras dele fazem as pernas dela fraquejarem, ao sentir que estavam falando de um futuro mais real e próximo do que jamais imaginou. Sentindo o coração pesado de emoção, ela se despede com um beijo suave e desce do carro.

Victor observa enquanto ela entra em casa antes de dar partida em direção à sua própria. Ao chegar, após um banho relaxante, ele caminha pelos cômodos vazios, cada um carregando um eco de solidão que antes ele não percebia. A casa, que havia comprado para o seu refúgio e símbolo de liberdade, agora parecia fria e desprovida de vida.

Sentia-se vazio, como se algo essencial estivesse faltando. A presença de Marina parecia ser o que dava vida e sentido àquele lugar, especialmente naquela casa, que testemunhou o auge de suas emoções e a profundidade dos sentimentos que compartilhavam. Aquela casa parecia incompleta sem ela.

Caminhando até o quarto, ele se deita na cama, o silêncio ao seu redor pesando mais do que nunca. Pegando o celular, começa a deslizar pelas fotos que tiraram juntos no fim de semana. Cada imagem trazia um sorriso involuntário ao seu rosto, mas também um desejo crescente de tê-la ao seu lado novamente.

Enquanto observa uma foto de Marina sorrindo à beira-mar, Victor sente o peito apertar de saudade. “Não quero mais ficar longe dela,” pensa ele, percebendo que, mais do que nunca, ela era a peça que faltava para preencher os espaços vazios, não apenas na casa, mas em sua vida.

Entretanto, sabia que, para tê-la inteiramente ao seu lado, precisava conquistar a aprovação total dos pais dela. E, para isso, apenas um casamento parecia a solução definitiva. Ao pensar na ideia de se casar, percebeu algo que o surpreendeu: não sentiu nenhum nó na garganta, nenhum calafrio percorrendo seu corpo. Não houve qualquer impulso de se esquivar ou de achar a ideia absurda. Pelo contrário, a possibilidade lhe pareceu natural, quase como se já fizesse parte de seus planos.

“E se eu pedir a loirinha em casamento?”, se pergunta, fechando os olhos e deixando sua mente pintar o cenário. Ele imagina Marina surpresa, os olhos dela brilhando de emoção enquanto ele segura sua mão com firmeza e declara seu desejo de passar o resto da vida ao lado dela. Um sorriso suave surge em seus lábios enquanto a cena toma forma em sua mente. Pela primeira vez, a ideia de um casamento não lhe parece intimidante ou distante, mas sim algo natural, quase como o próximo capítulo inevitável da história deles.

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