Um chefe irritante e irresistível romance Capítulo 231

Assim que Victor desaparece de vista, Joana, tomada por uma raiva incontrolável, empurra a delicada xícara de porcelana sobre a mesa, que se estilhaça no chão com um som ensurdecedor. Em seguida, ela se levanta bruscamente, jogando a bandeja com o restante da louça refinada no chão, onde os cacos se espalham pelo piso. O grito que escapa de seus lábios é repleto de fúria e desespero.

— M*****a! M*****a! — vocifera, enquanto caminha de um lado para o outro. — Está querendo roubar o meu filho de mim!

Ela passa as mãos pelos cabelos, em movimentos rápidos e descontrolados, como se tentasse encontrar algum alívio para a tempestade que se forma em sua mente.

— Isso não vai ficar assim! — declara para si mesma, com a voz rouca de raiva. — Ele é meu filho, meu! E não vou permitir que aquela desqualificada o leve de mim.

Joana respira fundo, tentando conter as lágrimas misturadas à tempestade de emoções. Contudo, seu olhar permanece fixo no vazio, carregado de determinação.

— Adelina! — grita Joana, cheia de urgência.

Em questão de segundos, a fiel empregada aparece na porta, com a expressão apreensiva.

— Sim, senhora?

— Chame o motorista e diga para ele estar pronto com o carro em vinte minutos — ordena, sem sequer olhar para a funcionária, enquanto pega o celular com movimentos rápidos.

— Sim, senhora — responde Adelina, inclinando levemente a cabeça antes de sair apressada para cumprir a ordem.

Com os dedos tremendo de indignação, Joana disca o número do piloto do jato particular da família.

— Preciso de um voo rápido. — Anuncia com a voz cortante. — Prepare tudo para decolar em uma hora. Não quero atrasos.

Do outro lado da linha, o piloto prontamente responde afirmativamente, enquanto Joana termina a ligação e se volta para os cacos espalhados pelo chão.

— Isso não vai ficar assim… — murmura para si mesma, com os olhos fixos no vazio. — Se eu não posso ter meu filho ao meu lado, então você também não o terá!

Após algumas horas de viagem, Joana finalmente chega à casa que herdara de sua mãe, localizada no litoral. A construção, isolada e cercada pela vegetação, exalava a tranquilidade que ela estava longe de sentir. Quando entra, encontra Xavier parado na sala, com o olhar confuso ao notar sua expressão tensa e os passos apressados.

— Aconteceu alguma coisa? — ele pergunta, preocupado, enquanto caminha em sua direção. — Descobriram o meu paradeiro?

Joana balança a cabeça, mas sua expressão não suaviza. Ela fecha a porta atrás de si com um movimento firme e passa a mão pelos cabelos, tentando organizar os pensamentos antes de responder.

— Não, ainda não. Pelo menos, não até onde sei. — responde num tom seco, mas o nervosismo é evidente.

Xavier estreita os olhos, desconfiado.

— Então o que está te deixando assim? Você parece prestes a explodir.

— Victor… — ela começa, as palavras saem com dificuldade, enquanto tenta conter a onda de emoções que a consome.