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Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 258

Ela caminha apressada pelo corredor em direção à UTI, seu coração b**e acelerado. Ao entrar na sala, seus olhos se enchem de lágrimas ao ver Victor na cama, com os olhos meio abertos, como se estivesse tentando focar em algo. Ele a vê se aproximar e um leve sorriso se forma em seus lábios.

— Loirinha… — ele sussurra, com a voz rouca, mas terna.

Segurando a mão dele com delicadeza, Marina sente a conexão entre eles voltar com uma intensidade inexplicável.

— Estou aqui, amor. Sempre estive… — ela diz, tentando conter as lágrimas.

Ele tenta apertar a mão dela, embora seus movimentos sejam fracos.

— Eu sabia… que você estaria — murmura, com os olhos brilhando.

— Você não imagina o quanto esperei por esse momento… — confessa, com a voz embargada pela emoção de estar ao lado dele.

Victor a observa por alguns segundos antes de sussurrar:

— Me responde uma coisa, a gente está casado, não está? — pergunta, com a voz ainda fraca, mas cheia de curiosidade.

Surpresa com a pergunta repentina, Marina leva um instante para responder.

— Claro que estamos… — afirma, com um sorriso suave, embora a emoção ainda transpareça em seus olhos.

Ao ouvir a confirmação, Victor retribui com um sorriso cansado, mas sincero.

— Que bom… Achei que tudo não havia passado de um sonho — comenta.

Marina aperta suavemente a mão dele, sentindo o calor e a vida retornando àquele toque. O momento é interrompido quando a porta do quarto se abre e uma enfermeira entra, segurando um tablet e um estetoscópio.

— Com licença, preciso verificar os sinais vitais do paciente — informa com profissionalismo, mas em um tom gentil.

Marina se afasta um pouco, permitindo que a enfermeira faça seu trabalho, mas seus olhos permanecem fixos em Victor. Agora, ela sente uma segurança renovada, como se aquele momento fosse uma confirmação de que as coisas finalmente estavam começando a se ajeitar.

Victor a observa com o canto dos olhos enquanto a enfermeira ajusta os aparelhos.

— Não saia daqui, tá? — ele pede.

— Nem por um segundo — responde, reafirmando o que ele já sabia: ela nunca o deixaria sozinho.

Após a verificação, a enfermeira se retira e, pouco tempo depois, o médico entra no quarto com sua prancheta em mãos. Ele observa Victor com atenção, analisando sua recuperação.

— Como está se sentindo, senhor Ferraz? — pergunta, enquanto examina os dados do monitor ao lado da cama.

— Me sinto um pouco fraco — responde.

Marina observa de perto, tentando captar cada reação do médico.

— É normal se sentir assim, afinal o senhor ficou duas semanas desacordado — comenta o médico, anotando algo em sua prancheta. — Vamos solicitar alguns exames complementares para garantir que tudo está nos conformes. Se os resultados forem tão bons quanto estamos esperando, acredito que o senhor poderá sair da UTI em breve.

Ao ouvir aquilo, Marina suspira aliviada, como se uma enorme carga tivesse sido retirada de seus ombros. Ao notar os olhos marejados de Marina e o leve tremor em suas mãos, o médico sorri com empatia e comenta:

Enquanto é acomodado na cama cuidadosamente, Rodrigo ajusta as almofadas para que ele se sinta mais confortável. Eles conversam por alguns minutos, aliviados por finalmente poderem compartilhar um momento tranquilo após semanas de estresse. Entretanto, Rodrigo percebe os sinais de cansaço em Marina, que se esforça para manter-se firme ao lado do marido.

— Mari, agora que o Victor está aqui, que tal você ir descansar um pouco? — sugere Rodrigo, olhando diretamente para ela. — Vá com a Valen. Eu fico aqui com ele.

Hesitante, Marina quer recusar. No entanto, ela sabe que Rodrigo está certo. O corpo e a mente dela clamam por um momento de pausa, e talvez Victor precise mesmo de um tempo a sós com o irmão.

— Tudo bem… — responde finalmente. — Vou para casa e quando eu voltar, trarei algumas peças de roupa para o Victor também. Qualquer coisa, me liguem.

Ela se inclina sobre a cama, dando um beijo suave na testa do marido.

— Pode descansar, prometo que não sairei daqui — ele brinca, com um sorriso fraco.

Quando ambos os irmãos ficam a sós, o silêncio se instala por alguns segundos. Victor, com um olhar sério e uma segurança calma, encara Rodrigo. Ele sabe que as respostas que tanto procurava estavam ali, a poucos metros dele, durante todo aquele tempo.

— Qual dos dois fez isso comigo? — pergunta finalmente, num tom de voz firme, apesar do peso da pergunta.

Ficando em silêncio por um momento, Rodrigo desvia o olhar antes de voltar a encará-lo. Ele respira fundo, sabendo não haver como contornar a verdade.

— Os dois… a mamãe pediu ajuda do papai para acabar com a Marina, mas o Xavier… bem, acho que ele concluiu que você fora do caminho seria mais conveniente — admite, com dificuldade. — Não queríamos te contar ainda, mas acho que você merece saber toda a verdade.

Fechando os olhos por um instante, Victor absorve as palavras do irmão. Quando os abre novamente, comenta:

— Ainda bem que fizeram isso comigo… — pondera, reflexivo. — Porque se algo de ruim tivesse acontecido com a loirinha, eu juro que não responderia por mim.

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