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Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 259

Rodrigo se aproxima da cama, tocando o ombro do irmão.

— O julgamento começará no próximo mês, e eu pedi que os nossos melhores advogados criminais cuidassem disso.

— Você fez bem, Rodrigo… — Victor diz, após um longo suspiro. — Até lá, creio que eu já esteja bem o suficiente para assistir a esse show de horrores pessoalmente.

Rodrigo hesita por um momento, mas logo responde, preocupado:

— Victor, não creio que seja uma boa ideia você ir até lá.

Erguendo uma sobrancelha, Victor encara o irmão com firmeza.

— Por que não? — questiona. — Meu pai e minha mãe planejaram acabar com a minha vida e a minha felicidade, e você acha que vou simplesmente ignorar isso?

Rodrigo tenta argumentar, com uma voz cautelosa.

— Não estou pedindo para ignorar… Só acho que, agora, sua saúde e seu bem-estar deveriam vir em primeiro lugar. O tribunal, a mídia, tudo isso pode ser um peso desnecessário para você.

Victor faz um gesto com a mão, interrompendo-o.

— Eu sei. Mas não se trata apenas de mim. Preciso olhar para os dois, cara a cara, enquanto ouvem suas condenações. Quero que saibam que falharam em seus planos. Que sobrevivi e que estou mais forte do que nunca. E, principalmente, que o único legado que eles deixaram foi um rastro de destruição, humilhação pública e os laços irreparavelmente rompidos com os próprios filhos.

Observando o irmão por alguns segundos, Rodrigo nota a força que ainda residia nele, mesmo após tudo o que havia passado. Ele sabia que Victor estava decidido, e qualquer tentativa de dissuadi-lo seria em vão.

— Se é isso que você precisa para encerrar esse capítulo, estarei ao seu lado, maninho — comenta. — Mas não faça nada que vá te prejudicar ainda mais. Pense na Marina… ela também precisa de você.

Victor assente, suavizando o olhar ao mencionar Marina.

— Eu sei. Ela é minha força agora… e minha esposa — pontua. — Tudo o que faço é pensando no futuro que teremos juntos.

[…]

Assim, os dias se seguem, trazendo progresso e esperança. Cada manhã, Victor demonstra mais força e sinais de recuperação, surpreendendo até os médicos com sua firmeza. Marina, sempre ao seu lado, comemora cada pequena vitória como um grande marco. Rodrigo e Valentina também são presenças constantes, oferecendo apoio e cuidado incondicional.

Finalmente, a tão esperada notícia chega: a alta médica. Quando o médico entra no quarto com um sorriso, todos os olhares se voltam para ele com expectativa.

— Victor, é com grande satisfação que informo que você está pronto para ir para casa. Sua recuperação está indo muito bem, e acredito que o ambiente familiar contribuirá ainda mais para o seu progresso — anuncia o médico.

A alegria no quarto é evidente. Marina segura a mão do marido com força e os olhos marejados.

— Estava tão ansiosa quanto a esse dia — declara, com a voz embargada.

Batendo palmas, Rodrigo exibe um grande sorriso.

— Isso é incrível! Vamos preparar tudo para que você tenha o melhor retorno para casa possível.

Emocionado com o entusiasmo da família, Victor sorri, sentindo o alívio de deixar finalmente o hospital.

— Obrigado a todos. Eu não teria conseguido sem vocês.

Valentina se junta à comemoração, sugerindo:

Ainda visivelmente desconfortável, Victor entra no veículo com a ajuda da esposa. Assim que as portas se fecham, ele solta um longo suspiro e passa a mão pelo rosto dela, que parece tenso.

— Você foi incrível lá fora, diante disso tudo ainda conseguiu fazer uma promessa de amor para mim… — comenta, suavizando a expressão.

— Promessa? — ela pergunta confusa.

— Sim. Você disse que ficará comigo até o último dia de sua vida, então é melhor cumprir a sua promessa.

Marina solta uma risada leve, ainda tentando aliviar o nervosismo que o encontro com os repórteres havia causado.

— Ah, amor, você sabe que eu só disse a verdade — responde, virando-se para ele com um olhar carinhoso. — Não foi uma promessa, foi apenas a reafirmação do que já sinto por você.

Ele sorri, suavizando ainda mais o olhar enquanto observa a mulher que sempre o surpreendia.

— Para mim, soa como uma promessa, sim — diz, segurando delicadamente a mão dela. — E, para ser sincero, é a melhor promessa que alguém já me fez.

Mesmo sentindo as bochechas corarem, Marina não desvia o olhar.

— Então prometo de novo, Victor Ferraz — declara, com um sorriso. — Estarei ao seu lado em cada passo que dermos daqui para frente. Nos dias bons e ruins, nas vitórias e nos desafios, na saúde e na doença.

Emocionado, Victor leva a mão dela aos lábios e a beija suavemente.

— Não sei o que fiz para merecer você, loirinha, mas vou fazer o possível para retribuir cada segundo ao seu lado — afirma, sincero.

— Você já faz — responde ela, com um brilho nos olhos. — Só por estar aqui, comigo.

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