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Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 285

Ao entrar no quarto, Victor se senta na beira da cama e, com um gesto rápido, afrouxa a gravata, soltando um suspiro pesado. A conversa dos filhos ainda ecoa em sua mente, deixando-o visivelmente incomodado.

— Onde já se viu… — murmura para si, balançando a cabeça em descrença. — A minha menininha apaixonada?

Franzindo a testa, ele se levanta e caminha lentamente até o banheiro, sentindo o peso da preocupação nos ombros. Retira a roupa com movimentos automáticos, como se tentasse se livrar dos pensamentos incômodos junto com as peças de vestuário. Tudo o que deseja é que a água quente do banho leve consigo aquela inquietação que teima em não deixá-lo em paz.

Após alguns minutos no banho, Victor sai, sentindo o calor da água amenizar levemente suas preocupações. Caminha até o closet, vasculhando as prateleiras em busca de algo confortável e informal. Escolhe uma calça jeans preta e uma camisa de manga curta azul, vestindo-se com rapidez.

Ao retornar ao quarto, encontra Marina, que acaba de entrar. Ela está deslumbrante, com os cabelos sedosos caindo suavemente sobre os ombros e uma maquiagem impecável, realçando ainda mais a beleza atemporal que os anos não foram capazes de apagar.

— Chegou cedo — observa ela, com um sorriso discreto ao vê-lo já pronto e de banho tomado.

— Sim, cheguei… — ele responde, aproximando-se e depositando um beijo suave em seus lábios. — Mas, sinceramente, preferia não ter chegado.

Marina franze a sobrancelha, intrigada.

— Por quê? — pergunta, analisando-o com curiosidade.

— Encontrei as crianças brigando e quando perguntei o motivo, o Arthur disse que a Amelie está apaixonada por alguém — confessa, fazendo uma careta que evidencia o quanto aquela conversa o incomoda.

— Apaixonada? — Marina sorri, refletindo sobre a situação.

— Por que você está rindo? — ele questiona, com a expressão séria e ligeiramente irritada.

— E por que você não está? — ela rebate, observando o semblante tenso do marido. — Amor, eles não são mais crianças. Era só uma questão de tempo para isso acontecer.

— Não me venha com essa conversa, está me ouvindo? — resmunga Victor, cruzando os braços. — A Amelie é a minha princesinha, e eu vou protegê-la de tudo e de todos.

— Ai, amor, para com isso! — Marina toca o ombro dele suavemente. — Eu sei que, para você, ela sempre será sua princesinha, mas ela já tem dezesseis anos. Não se esqueça disso.

— Como posso esquecer? — murmura, com um suspiro frustrado.

— E o que você disse quando o Arthur soltou essa bomba? — pergunta Marina, divertida, já imaginando a reação exagerada do marido.

— O que acha que eu disse? — ele responde, indignado. — Falei que não queria saber dessas coisas, que nessa idade o foco deve ser apenas nos estudos e nada mais.

Ela estreita os olhos azuis, claramente insatisfeita com a resposta.

— Você acha mesmo que essa é a melhor abordagem? — questiona, enquanto sua voz ganha um tom mais firme.

— O que você queria que eu dissesse? “Vá em frente, filha, e viva o amor?” — ironiza, jogando as mãos para o alto.

— Não, Victor! — rebate, nervosa. — O que quero é que você converse com ela de forma compreensiva, pergunte o que realmente está acontecendo. Você não pode simplesmente se fechar como um pai autoritário que não escuta. Se agir assim, nenhum dos dois confiará em você, e um dia vão começar a esconder as coisas. É isso que você quer?

Suspirando, pensativo, ele responde.

— É claro que não.

— Ótimo. Então, da próxima vez, pense antes de sair assustando nossos filhos — conclui Marina, levantando-se decididamente.

— Aonde você vai? — ele pergunta ao vê-la abrir a porta do quarto.

— Vou conversar com a nossa filha e entender o que está acontecendo de verdade — revela, saindo com passos firmes.

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