Quando Daniel entra na sala, é recebido por sua namorada, que o envolve em um abraço caloroso, acompanhando-o com um sorriso radiante. Seu entusiasmo transparece, deixando evidente o quanto estava feliz por vê-lo ali. Logo depois, Amelie segura sua mão, puxando-o suavemente para dentro, como se quisesse guiá-lo com confiança.
Daniel corresponde ao gesto, adentrando a sala com um sorriso tranquilo, mas sua expressão logo se desfaz ao cruzar o olhar severo do futuro sogro. O semblante fechado do homem faz seu estômago revirar e um nó apertado se formar em sua garganta. De repente, o nervosismo se instala nele.
Sentindo o ambiente ficar pesado, Marina, ao lado do marido, toca-lhe discretamente o braço. Com um olhar sutil, mas firme, pede que ele contenha aquela hostilidade.
— Pai, mãe… — começa Amelie, quebrando o silêncio. — E Arthur — ela acrescenta, revirando os olhos. — Esse é o Daniel.
Arthur é o primeiro a se aproximar de Daniel, estendendo a mão com um sorriso travesso.
— Olá, cunhadinho — diz ele, em um tom descontraído. — Seja bem-vindo.
Daniel retribui o gesto, apertando sua mão com um sorriso discreto, embora sinta um leve desconforto com a recepção. Ainda que estivesse preparado para aquele momento, a formalidade da situação o deixava um pouco constrangido.
Em seguida, Marina se aproxima com elegância e o cumprimenta com um beijo no rosto.
— Seja bem-vindo, Daniel. Amelie nos falou muito bem de você — comenta, com um olhar gentil.
Aproveitando a oportunidade para amenizar a tensão, Daniel sorri e responde:
— Obrigado, senhora. Ela também me contou muito sobre a senhora… e sobre sua beleza.
Embora sua intenção fosse apenas quebrar o gelo, suas palavras fazem Victor ficar inquieto, claramente incomodado. Em um gesto quase instintivo, ele caminha até eles, estreitando os olhos para o rapaz.
— Já não basta a minha filha, quer cantar a minha esposa também? — murmura, baixo o suficiente para que apenas Daniel ouça, antes de soltar um seco: — Bom dia.
Ele então estende a mão para o rapaz, mas seu aperto é firme — mais forte do que o necessário. Um recado silencioso, mas claro: ele estava no controle daquela situação.
— Bom dia, senhor Ferraz. É um prazer conhecê-lo. — Daniel responde tentando tirar a sua mão daquele aperto.
Observando-o por um instante, com um olhar analítico, Victor arqueia uma sobrancelha antes de soltar em um tom irônico.
— E não vai comentar sobre a minha beleza também?
O silêncio que se segue é interrompido apenas pelo som de Marina e Amelie arregalando os olhos, completamente incrédulas com a pergunta. Arthur, por sua vez, precisa morder a própria língua para não cair na risada.
Pego de surpresa, Daniel olha de relance para o futuro sogro, para a namorada e depois para Marina, como se procurasse uma saída. Percebendo que Victor ainda o encara, ele hesita, coça a nuca e decide que o melhor é dizer algo.
— O senhor é... mais jovem do que eu imaginava.
Victor cruza os braços, analisando a resposta, e um pequeno sorriso satisfeito surge no canto de seus lábios.
— Hum, boa tentativa.
— Não dê ouvidos ao comentário do meu marido — Marina intervém rapidamente, tentando contornar a situação. Ela lança um olhar significativo para Victor antes de se voltar para Daniel com um sorriso acolhedor. — Fique à vontade.
Ainda um pouco sem jeito, Daniel sorri de volta e se senta no sofá, ciente dos olhares atentos da família de sua namorada.
— O almoço já deve estar quase pronto. Vou dar uma olhada. — Marina avisa, caminhando em direção à cozinha.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira)
Muito chateada comprei as moedas , desconta mas não desbloqueia os capítulos, alguém sabe me dizer se o site é sério?...