No dia seguinte, a casa da família Ferraz estava mais uma vez movimentada. O jantar daquela noite seria especial, os convidados eram ninguém menos que os pais de Daniel, namorado de Amelie.
Pela casa, Amelie caminhava de um lado para o outro, incapaz de esconder o nervosismo. Seu estômago estava um nó, e suas mãos suavam levemente. Conhecer os sogros pela primeira vez já seria intimidador por si só, mas saber que tudo isso foi ideia de seu pai tornava a situação ainda pior.
Impaciente, ela entra no quarto da mãe, cruzando os braços e fazendo uma careta nada empolgada.
— Por que o papai foi inventar isso? — reclama, indignada.
— Meu amor, você sabe como seu pai é desconfiado. — Marina diz com a voz serena, tentando acalmar a filha. — Ele só quer ter certeza de que os pais do Daniel são boas pessoas e que criaram um filho responsável.
Ela toca de leve a mão de Amelie, oferecendo um sorriso tranquilizador, na esperança de suavizar o nervosismo da filha.
— Mas isso está soando tão estranho, mãe! — Amelie protesta, jogando as mãos para o alto em frustração. — Parece até que estamos prestes a casar e esse jantar é para marcar a data do casamento!
Ela solta um suspiro pesado, ainda incapaz de aceitar a situação, enquanto se j**a na poltrona do quarto da mãe, cruzando os braços novamente com um olhar indignado.
— Olha, pelo lado bom, você finalmente vai conhecer a família dele também. — Marina diz, tentando trazer um pouco de leveza à situação. — Afinal, você mesma me disse que nunca viu os pais dele.
A jovem suspira, refletindo por um momento.
— Sim, isso é verdade… — murmura, pensativa. — De certa forma, isso é bom, pois tornará o nosso namoro ainda mais sério.
Sorrindo satisfeita por vê-la enxergar um ponto positivo, Marina concorda.
— Exatamente, meu amor. Pense pelo lado bom de tudo isso.
— Tudo bem, mas isso não me impede de estar nervosa. — Amelie declara, esfregando as palmas das mãos. — Será que eles vão gostar de mim?
Segurando delicadamente as mãos da filha, a encara com ternura.
— Por que não gostariam? Você é doce, amável, inteligente… é impossível não gostar de você.
Ela pisca encorajadoramente e Amelie sorri, um pouco mais tranquila, embora a ansiedade ainda estivesse ali, apertando levemente seu peito.
Uma batida na porta faz com que ambas desviem a atenção. Marina ergue o olhar no exato momento em que uma das empregadas entra no quarto.
— Com licença, senhora. — Dayane, uma das funcionárias mais antigas da casa, anuncia com a voz respeitosa.
Marina se ajeita na poltrona, com seus olhos atentos.
— Entre, Day. — diz calmamente, mas logo percebe a expressão séria da mulher. — Aconteceu alguma coisa?
Dayane hesita por um instante antes de revelar:
— Chegou mais um daqueles envelopes, senhora.
O mundo de Marina parece pausar por um segundo. Seus olhos, antes serenos, perdem um pouco do brilho, e seus lábios entreabrem como se quisesse dizer algo, mas lhe falta coragem.
Percebendo o olhar confuso da filha, ela rapidamente se recompõe e, com a voz suave, pede:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira)
Muito chateada comprei as moedas , desconta mas não desbloqueia os capítulos, alguém sabe me dizer se o site é sério?...