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Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 31

Após conversar com a mãe por um tempo, Marina toma um banho relaxante e se deita na cama. Embora o estômago reclame de fome, o cansaço a domina e ela prefere não sair do quarto para evitar encontrar Victor, especialmente após a estranha conversa que tiveram mais cedo. O relógio marca quase nove da noite, e o sono começa a tomar conta de seu corpo. No entanto, quando está prestes a adormecer, um som alto e repentino na porta a faz pular da cama. Assustada, Marina corre para abrir a porta e se depara com Victor.

Ele está com o cabelo molhado e a barba recém-feita. Usa uma toalha em volta do pescoço, evidenciando que acabou de sair do banho. A aparência relaxada e confiante dele lhe deixa fascinada.

“Tão sexy”, pensa, embora rapidamente tente afastar essa ideia.

Ele observa que os olhos de Marina estão vermelhos, e então resolve questionar:

— Estava chorando?

Ela sorri, lembrando-se da conversa intensa que teve com a mãe.

— Não — diz, querendo evitar entrar em detalhes.

— Você não vai jantar? — pergunta, notando que ela o observa de um jeito diferente.

— Eu estava quase dormindo — responde, tentando disfarçar o nervosismo. — O cansaço foi mais forte que a fome.

Victor cruza os braços, olhando-a com um semblante que mistura curiosidade e provocação.

— Não deveria pular as refeições. Ainda mais porque teremos um dia agitado amanhã — aconselha, com um tom de seriedade, mas deixando transparecer um leve sorriso.

— Eu sei… — responde Marina, ponderando. — Já que me acordou, vou aproveitar para comer um pouco.

Ela tenta sair do quarto, mas Victor continua próximo à porta, dificultando sua passagem. O clima entre os dois fica tenso, com a proximidade incomodando ambos.

— Tem certeza de que não aconteceu alguma coisa? — Victor pergunta, percebendo que ela está estranha.

— Não, nada… — responde rapidamente, afastando-se e passando por ele.

Enquanto caminha pelo corredor em direção à cozinha, ouve os passos dele logo atrás. O silêncio entre os dois é espesso, e se sente nervosa na presença dele. Havia algo no ar, como se uma mudança sutil houvesse ocorrido desde que chegaram ao apartamento.

Marina serve sua comida em silêncio e se senta à mesa da cozinha, tentando manter uma postura casual. Victor, por sua vez, pega sua comida e vai até a varanda, preferindo o ar noturno para relaxar.

A noite está quente e o clima do Rio só aumenta a sensação de desconforto que Marina sente. Quando termina de comer, ela limpa a cozinha e começa a caminhar em direção ao seu quarto. Mas, antes que possa chegar, a voz de Victor ecoa da varanda.

— Venha até aqui! — a ordem é clara e direta, como sempre.

Odeia o tom autoritário dele, mas, suspirando, caminha até a varanda. Ao chegar, encara-o com uma expressão de leve desaprovação. Victor, no entanto, não deixa de sorrir, achando graça na resistência dela.

— Revise alguns papéis comigo — pede, colocando algumas pastas sobre a mesa da varanda.

Resignada, Marina se senta e começa a revisar os documentos. Ela organiza as folhas com uma agilidade surpreendente, separando as informações e os papéis por ordem de importância e por dias do julgamento. Victor observa com atenção, admirando o quanto ela é eficiente, mas não diz nada.

Os dois trabalham em silêncio, e o tempo passa sem que percebam. Victor sente o cansaço começando a vencê-lo.

— Acho melhor pararmos por hoje — diz ele, fechando o notebook e esticando-se na cadeira.

Victor a encara com um olhar curioso, mas logo um sorriso malicioso surge em seu rosto.

— Você está corada… Por acaso, estava pensando em algo pervertido? — provoca.

Marina arregala os olhos, surpresa e envergonhada.

— Claro que não! — responde defensivamente. — Se não precisa mais de mim, vou indo…

Antes que possa sair, Victor segura seu braço, fazendo-a parar. O toque faz o coração dela acelerar ainda mais.

— Por que está tão nervosa? — ele pergunta, inclinando-se para perto dela. — Está assim só porque está no meu quarto?

— C-claro que não — Marina tenta manter a compostura, mas sua voz falha.

Victor, percebendo o desconforto dela, se aproxima mais, seus rostos são separados por poucos centímetros.

— Percebi que você não parava de olhar para a minha cama… Quer se deitar nela para ver se é confortável? — provoca, com a voz carregada de insinuação.

Marina o encara, surpresa e sem palavras.

— O que você está insinuando? — ela finalmente pergunta, com voz baixa, mas firme.

— Não seja inocente, Marina, sabe que eu te acho muito bonita e sei que quando está perto de mim não consegue manter o controle… — afirma, deixando que o seu tom de voz saia mais provocador. — Se quiser ficar, não farei objeções — sussurra em seu ouvido, depois desliza os lábios sobre o pescoço dela.

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