A respiração de Marina se torna ofegante, e seu corpo se arrepia com o convite provocador de Victor.
É a primeira vez que um homem é tão direto com ela, revelando suas intenções de maneira tão clara. O toque de seus lábios em sua pele a faz arrepiar e a proximidade a deixa nervosa e excitada, o que não pode negar. Seu peito sobe e desce de forma frenética, e mesmo que saiba qual deve ser a resposta ideal para dar, sente as palavras escaparem de sua boca.
Sem pensar, Marina empurra Victor com força, afastando-o. O gesto é tão rápido que surpreende tanto a ela quanto a ele. Com o coração disparado, ela gira nos calcanhares e sai apressada do quarto, seus passos ecoam no corredor enquanto tenta processar o que acabou de acontecer.
Victor, por sua vez, sorri ao vê-la se afastar sem dizer uma palavra. Ele sabe que sua proximidade teve o efeito desejado. “Isso será mais fácil do que imaginei”, murmura para si mesmo, caminhando de volta à cama e se deitando com um ar satisfeito. Embora faça aquilo por pura provocação, o cheiro do perfume suave de Marina continua impregnado em seu consciente. No fundo, gostaria que ela aceitasse o seu convite, nada melhor do que a cama, para colocá-la em seu devido lugar.
Já no quarto, Marina fecha a porta com um baque, encostando as costas contra ela, enquanto tenta controlar sua respiração acelerada. Suas mãos tremem levemente, e seu peito continua agitado pela provocação que acabou de enfrentar.
“O que ele pensa que está fazendo?”, sua mente grita, enquanto tenta entender os próprios sentimentos.
Invadida por uma mistura de raiva, nervosismo e algo mais profundo que não quer admitir, Marina leva as mãos à cabeça e, após se levantar e trancar a porta, se j**a na cama. Seu corpo está tenso, a mente confusa. O toque de Victor, a proximidade, as palavras insinuantes — tudo a desequilibra.
Ela se senta na cama, abraçando os joelhos e enterrando o rosto neles, tentando se recompor. Mas sua mente continua voltando àquele momento. O coração b**e tão forte que parece preencher todo o quarto com suas pulsações, lembrando-a da proximidade de Victor, do cheiro dele, do olhar penetrante que a fez se sentir tão vulnerável.
“Por que ele me provoca tanto? Por que me tira do sério assim?”, pensa, sentindo a frustração aumentar dentro de si. Marina sabe que Victor adora testar seus limites, mas desta vez parece diferente. Há algo mais profundo em suas provocações, algo que mexe com ela de uma forma que não consegue controlar.
Ela se levanta e vai até a janela, buscando um alívio na vista lá fora. O ar quente da noite carioca não ajuda a esfriar o calor que sente por dentro. Seus pensamentos estão emaranhados, mas é impossível ignorar a faísca de atração que Victor acendeu nela. E essa percepção a deixa ainda mais inquieta.
“Eu não posso deixar que ele me manipule assim”, murmura para si mesma, apertando as mãos contra o peitoril da janela. “Eu sou forte. Não cairei no jogo dele.”
Mesmo tentando afastar esses sentimentos, Marina sabe que algo dentro dela mudou. A tensão daquela noite ainda pulsa em suas veias e, por mais que tente, não consegue esquecer a imagem de Victor, a sensação de sua proximidade.
Exausta e ainda confusa, se deita novamente, tentando fechar os olhos e dormir. No entanto, o sono não vem. Tudo o que ela consegue pensar é nele e na vontade crescente que tem de entrar naquele quarto para saber o que aconteceria se deixasse os seus impulsos a controlarem. Como deve ser estar com ele? — sussurra, mas sua mente a corrige, formulando uma nova frase. “Como deve ser estar na cama de um homem?”
Suas bochechas coram, ao notar que, desde que conheceu Victor, sua mente, que era voltada apenas para o trabalho e a família, de repente começou a deixar que outro desejo a consumisse.
Tentando dormir, se questiona em como vai encará-lo no dia seguinte, depois do que aconteceu.
[…]
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira)
Muito chateada comprei as moedas , desconta mas não desbloqueia os capítulos, alguém sabe me dizer se o site é sério?...