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Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 34

O homem passa rapidamente por Marina e sai do local, deixando-a assustada. Ela procura por Victor e o avista no final do corredor.

Caminhando em passos rápidos até ele, Victor logo percebe que algo está errado.

— Aconteceu alguma coisa? — pergunta, com uma voz carregada de autoridade.

— Um homem acabou de me ameaçar — responde ela, ainda ofegante.

Victor levanta uma sobrancelha, surpreso.

— Onde ele está?

— Ele saiu rápido — explica, tentando recuperar o fôlego. — Mas ele estava na audiência, tenho certeza de que isso tem a ver com o caso.

Victor olha ao redor, procurando o homem que Marina mencionou, como não o encontra, se dirige ao segurança do fórum e expõe a situação.

— Vamos revisar as câmeras — diz o segurança.

Victor deixa seu contato e pede para ser informado de qualquer novidade.

Quando chegam ao apartamento, já é noite. Embora cansada, Marina vai direto para a cozinha preparar o jantar.

— Não precisa fazer isso, posso pedir algo — sugere Victor, observando sua determinação ao abrir a geladeira.

— E arriscar receber mais ameaças ou comida envenenada? — retruca Marina. — Não, muito obrigada! Prometi aos meus pais que viveria o bastante para tirá-los da vida dura que levam — diz, começando a descascar batatas.

Vendo que não conseguirá convencê-la, Victor caminha para o quarto em busca de um banho relaxante.

Após uma hora, ele sai do quarto e segue o cheiro tentador vindo da cozinha. Ele encontra Marina preparando a mesa, ainda com a roupa que usava no tribunal.

— Passou todo esse tempo na cozinha? — pergunta surpreso.

— Sim, mas agora que o jantar está pronto, vou tomar um banho — responde com um sorriso leve. — Por favor, deixe um pouco para mim — brinca, antes de sair da cozinha.

Victor a observa enquanto ela se afasta. Ele volta o olhar para a mesa arrumada impecavelmente e destampa as panelas, revelando estrogonofe, arroz e batatas fritas.

— Uau — murmura, impressionado, mas rapidamente retoma sua expressão séria para não colocar o orgulho à parte.

Enquanto Marina toma banho, lava os cabelos, deixando a água fria acalmar seu corpo tenso. Tudo parece acontecer rápido demais. Há pouco mais de um mês, começava a trabalhar na firma de advocacia dos seus sonhos, e agora… tudo parece uma corrida desenfreada.

Novamente, se lembra de Victor.

— Quero ser assim — murmura, lembrando-se do desempenho dele no tribunal. Sua articulação impecável e sua postura confiante revelam que ele nasceu para aquela profissão.

Envolta na toalha, Marina sai do banheiro, mas logo se assusta ao ver Victor sentado em sua cama. O choque faz com que sua toalha caia, revelando seu corpo nu.

Victor fica imóvel por um instante, deixando os seus olhos deslizarem pelo corpo dela, mas consegue disfarçar rapidamente, desviando o olhar.

— O que está fazendo aqui?! — grita ela, ainda em choque, voltando a se enrolar na toalha.

— Decidi esperar por você para o jantar — responde casualmente, como se a situação fosse completamente normal. — Tive uma certa desconfiança de que você possa ter colocado algo na comida.

— O quê? — Marina mal consegue acreditar no que está ouvindo.

Sua face cora de vergonha e seu desejo é se trancar naquele quarto e nunca mais sair dali. Entretanto, com o resto de dignidade que lhe resta, veste sua roupa e segue para a cozinha, determinada a colocar Victor em seu lugar.

Ao entrar, encontra-o sentado calmamente, saboreando uma taça de vinho.

— Até que enfim! Achei que teria que invadir seu quarto novamente — provoca, sem tirar o sorriso debochado dos lábios.

— Então assume que invadiu o meu quarto, senhor Ferraz? — pergunta numa voz provocadora.

— Após uma tentativa de contato falha — explica com um sorriso. — Como você não respondeu quando bati na porta, me preocupei e entrei no quarto para conferir se estava tudo bem.

Ela sorri nervosa, ao ver que Victor diz tudo aquilo com a cara mais desavergonhada do mundo.

— Você não é nem louco de fazer isso mais uma vez — comenta, cruzando os braços.

A cara de indignação de Marina o diverte, e ele sente que a provocar daquele modo está sendo mais divertido do que brigar com ela.

— Por que não? Já vi tudo o que não deveria. Não faz diferença se eu entrar lá de novo, não acha? — responde ele, desconcertantemente.

A boca de Marina se abre, chocada pela audácia de Victor.

— Não tem vergonha de dizer isso?

— Não seja infantil, loirinha. Está agindo como se eu fosse o primeiro homem a te ver nua — diz ele, observando as bochechas de Marina ficarem vermelhas.

Victor nota a reação dela e, por um instante, uma dúvida real surge em sua mente: isso não seria verdade, seria?

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