Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 37

Victor caminha pela sala enquanto ouve Raul do outro lado da linha. A tensão aumenta a cada palavra, e ele tenta processar as informações rapidamente, mas a gravidade da situação é inegável e real.

— Como assim, o que aconteceu? — pergunta, com a preocupação evidente em sua voz.

— Victor, foi horrível. Eu estava saindo de casa, indo para o carro para jantar na casa de um amigo, quando ouvi o disparo — a voz de Raul treme, ainda assustada.

— Isso aconteceu dentro da sua casa? — questiona Victor, intrigado.

— Isso mesmo, dentro da minha residência, cercado por seguranças armados e câmeras. Entende como não posso confiar em mais ninguém nesse momento?

Victor aperta o telefone contra o ouvido, seus olhos ficam sombrios enquanto caminha de um lado para o outro. Seu maxilar trava de frustração e preocupação.

— Eles te atingiram? — pergunta com a voz baixa e firme.

— Não, mas a bala… ela passou raspando no meu braço. Se eu não tivesse me abaixado, provavelmente teria me acertado em cheio. Um segurança que estava comigo revidou. Foi isso que fez o atirador fugir. Ele não esperava que houvesse alguém armado comigo naquele momento.

Victor para de andar, cerrando os punhos. O fato de terem chegado tão perto de Raul o deixa inquieto. A situação está escalando mais rápido do que imaginava e isso não é nada bom.

— Onde você está agora? — pergunta, tentando manter a calma enquanto a raiva lateja sob a superfície.

— Estou no hospital — Raul responde, ainda com a voz abalada. — Não foi nada grave, mas estou aqui por precaução. O médico disse que foi apenas um arranhão, mas… eu nunca estive tão assustado, Victor. Eles não estão brincando. Querem me matar, e possivelmente até aqui no hospital estou correndo risco de vida.

O silêncio entre os dois fica pesado, enquanto Victor digere a gravidade do que Raul acaba de dizer. O peso da situação recai sobre ele, e sabe que não pode deixar isso passar sem tomar as providências necessárias.

— Vou até aí — declara Victor, com a sua voz firme e decidida. — Fique onde está. Não se mova até que eu chegue. Peça para vigiarem a porta e não deixem ninguém entrar.

— Obrigado, Victor… Eu realmente não sei o que fazer agora — Raul responde, deixando o medo claro em sua voz.

— Não se preocupe, vou cuidar disso — promete, desligando o telefone com um suspiro pesado.

Victor respira fundo, tentando afastar a tensão antes de agir. Ele sabe que a visita a Raul é crucial, mas há algo inacabado que o incomoda. Seu olhar volta-se para Marina, que está próxima à porta da cozinha, observando a conversa com uma expressão apreensiva, entendendo a gravidade do que acabara de ouvir.

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