Decidido a não desistir de suas intenções, Victor b**e na porta do quarto de Marina, com firmeza, na tentativa de acordá-la.
— Marina, já cheguei, abra a porta! — ordena, com uma voz autoritária, mas tudo o que ouve é o silêncio do outro lado.
A falta de resposta o irrita profundamente, e seus pensamentos começam a questioná-lo.
“Pelos céus, Victor, está mesmo correndo atrás de uma mulher?”
Percebendo o quanto está vulnerável, de pé, na porta de um quarto trancado, por uma mulher, ele tenta se recompor. Tomado pelo orgulho ferido, se afasta da porta, volta para o seu quarto e se j**a na cama. Com os pensamentos fervilhando, pensa se deve ou não terminar aquela madrugada na mão.
[…]
Na manhã seguinte, Marina acorda com a lembrança de ter ouvido a voz de Victor batendo em sua porta na noite anterior. O medo do que poderia acontecer caso ela tivesse aberto a porta a dominou, e foi por isso que escolheu ignorá-lo, pensando na própria proteção.
Ela se levanta devagar e começa sua rotina matinal, vestindo um vestido longo e solto, buscando se sentir confortável. O julgamento começará à tarde, então ela tem a manhã para colocar suas pendências em ordem.
Ao abrir a porta do quarto, seus olhos vão diretamente para a porta de Victor, que continua fechada. Marina deseja, com todas as forças, que ele continue dormindo. Ela não está pronta para encará-lo, não depois do que aconteceu na noite anterior.
Lentamente, caminha até a cozinha, tentando não fazer nenhum barulho, mas, ao atravessar o batente da porta da cozinha, se depara com Victor sentado à mesa, já acordado. O coração dela dispara.
O semblante dele é sério e a expressão tensa, como se estivesse irritado com algo que ela não compreende. Tentando manter a calma, respira fundo e, com um tom cordial, o saúda.
— Bom dia, Victor — diz, tentando soar firme, embora a tensão a consuma por dentro.
— Bom dia? Só se for para você — responde ele, com a voz carregada de frieza.
A raiva dele é palpável, e Marina fica confusa, sem saber se a irritação de Victor vem do caso de Raul Vilela ou do fato de ela não ter aberto a porta.
— Por que você não abriu a porta ontem à noite quando te chamei? — Victor vai direto ao ponto, sua frustração é evidente.
“Então é por isso”, pensa ela, mordendo o lábio.
Ela caminha até o armário, pega uma xícara e se senta à mesa, tentando agir com naturalidade.
— Você me chamou? — pergunta, fazendo-se de desentendida, na tentativa de desarmá-lo.
A resposta apenas alimenta a irritação de Victor. Ele se inclina sobre a mesa, com os cotovelos apoiados, sua postura intimidadora assume o controle da situação.
Antes que Marina pudesse processar o que ele disse, Victor varre todos os objetos da mesa com um só movimento e, em um gesto rápido e firme, a ergue, colocando-a sobre a mesa. A atitude repentina a pega completamente de surpresa, e seu coração dispara com a intensidade do momento. O modo como Victor a segura, com autoridade e desejo, a deixa em choque.
O olhar dele, carregado de fome e urgência, a faz estremecer. Seus olhos escuros brilham com uma intensidade crua, e a respiração de Victor é ofegante, demonstrando sua ansiedade. Ele a beija com força, sem nenhuma suavidade, seus lábios colidem com os dela, como se tivesse aguardado aquele momento por tempo demais. Suas mãos fortes percorrem a cintura de Marina, puxando-a para mais perto de si com firmeza, como se quisesse fundir seus corpos. Deixando claro que ele não cogita parar tão cedo.
A boca de Victor é feroz, devoradora, carregada de um desejo reprimido, e Marina sente cada parte de seu corpo responder. Seu coração b**e descompassado, e um turbilhão de emoções toma conta dela. A língua de Victor explora cada centímetro de sua boca, e o toque dele em sua pele provoca um calor avassalador.
Suas mãos deslizam até a nuca dela, enroscando-se em seus cabelos enquanto ele a puxa levemente, inclinando sua cabeça para intensificar o beijo. A respiração dele é pesada, quase desesperada, e há uma necessidade palpável em seus movimentos.
Marina, ainda em choque, mal consegue raciocinar. Tudo o que ela sente é o toque possessivo das mãos dele deslizando por sua coxa, tentando levantar seu vestido, quando, de repente, o toque agudo do celular invade o momento.
— Porra, de novo! — pragueja Victor, irritado, deixando a sua voz ecoar pela cozinha.
Ambos olham para o telefone ao mesmo tempo, e veem o nome “José” piscando na tela.
— É o meu pai — diz Marina, já recuperando o fôlego. — Preciso atender, ou ele ficará preocupado.
Ela se afasta dele, pega o telefone e atende, deixando Victor frustrado, mais uma vez, pela interrupção.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira)
Muito chateada comprei as moedas , desconta mas não desbloqueia os capítulos, alguém sabe me dizer se o site é sério?...